quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Amo Você!

Ora, meu bem,

Não defina coincidência a ideia de pessoa

Mais ser humano,

O fato é que quando beijei sua face,


Amei-o e descobri-me como mulher,

O que invariavelmente aponta para uma dissolução,

A de que eu pessoa perda minha individualidade,

Sim, lhe digo cansei de me ver com a mesma emoção,


De olhar minha face e não te ver,

Prefiro que em meu semblante eu o reflita,

Que ao escolher fazer algo eu o veja,

Bem, o que diria se eu o fizesse de objetivo?


Se o visse acima de todo o ser ou indivíduo,

Não defina isso de funcionarização,

Ou seja, aquele tipo de pessoa que presta-se,

Eu sou mais que uma prestabilização,


Queria ser a única a lhe aquecer a pele,

Aquela que é mais que um pedaço de algo,

Sabe, quero ver-me por inteira em você,

Desejo tanto que me veja da mesma forma,


Seria estranho se eu lhe pedisse para fazer parte,

E se neste fazer parte da sua vida eu me desse por inteira?

Bem, as palavras se colocam a esmo,

As note, meu bem, mas neste esmo há um destino,


Que não seja ao final, é pedir muito?

Gostaria de um agora para nós dois,

É tão difícil a dor que só se cala ante a morte,

Tão intolerável que se prefere nela um aceleramento,


Bem, não quero senti-la,

Quero esquecer que um dia sofri a espera-lo,

Prefiro me entregar a você sem a ideia de um fim abstrato,

Antecipar o fim de um destino é traiçoeiro,


Aqui expresso as palavras nas quais traço um caminho,

Frases negativas se atraem,

Meu bem, odiaria em você o pessimismo,

A incurabilidade é um dos conceitos mais duvidosos,


Acha que há nela um amor irremediável?

Uma espécie de sentimento que não se acabe,

Vejo isso em sua face,

Não me indague se estou doente,


O amo, veja isso está descrito em cada frase,

Prolongar a vida também é viver,

Mas porquê adiar o que não se pode evitar,

O amo e quero estar com você,


Me desculpa se desejo que sinta o mesmo?

Odiaria ver em nós dois campear a impunidade,

Um amor que ama e outro que sofre...

Talvez, se você desistisse de olhar para os lados,


De procurar por sentimento de onde não vem,

Quem sabe se me visse por inteira...

Não me veja como um amor fraco,

Onde qualquer desviar de olhos leva-o ao fracasso,


Se algum dia desviar dos meus lábios seus beijos,

Desde que não procure outra boca é claro,

Não irei cair,

Não, eu não seria capaz de fazê-lo sofrer assim,


Mas veja meu bem, aos fracos provêm os vícios,

Não faça do torcer o rosto um costume,

Não, entenda eu não me recuso a estar aqui para sempre,

Mas, existem coisas incuráveis no destino,


Quem desvia facilmente erra o caminho,

Um esbarrão e será então maior que uma ameaça,

É assim o amor não é?

Ele é mais que uma espada de Dâmocles,


Talvez seja uma ordem de entrega imediata,

Mais que uma assinatura de garantia,

O que rouba o beijo espera,

Mas depois se desespera,


Assim o é, então não me vira o rosto,

Quando eu for beijá-lo,

Se o for você me promete não se desviar?

Se uma vez sua boca for silenciada,


O beijo não se é dado feito uma dívida,

Se é amor opto sempre por lhe absolver,

Beije-me com toda alma,

Apenas e sempre que o quiser,


Quem ama alguém cuida,

Aplica em cada instante o verbo cuidar,

Aliás, meu bem: Amo Você!

Que esta frase não se sirva da loucura,


Caso contrário,

Junte cada uma destas letras,

Sopese-as uma sobre a outra,

Então, as guarde na sua carteira,


Sempre vejo nela o que mais lhe importa,

Porém, caso deixe de importar...

Ah, lembrei de algo a lhe dizer,

-Deixe de sentar-se sobre ela,

A carteira e bem, com ela a frase.


domingo, 12 de fevereiro de 2023

Eu Gosto de Você

 


Descobri que há muito de amor no beijar,

Que a distância é capaz de chamar,

Decora nomes como nenhuma outra circunstância,

E que a língua tem o dom de errar,


Põe você em cada palavra,

Clama ou necessita em te lembrar,

Amarga é a morte da mulher que se serve

Do laço em que abriga aquele que ama,


Apenas, para, em triste saudade,

Se engatilhar nele até sangrar,

Sabe-se que os braços que abrigam

São tão capazes de ferir quanto de guardar,


Guardo neles o seu cheiro,

Nos meus lábios abrigo o seu gosto,

Não, não irei me ferir com o que lhe protegi,

Também não farei da boca que jurou apaixonada,


Lugar de palavras que lhe firam,

Ferir não é para o que eu fui feita,

Você sabe: foi o primeiro que eu amei,

Se me fiz de você,


Por quê motivo, hoje iria me retrair,

Voltar ao tempo em que você nunca esteve,

Ou pior tentar apagar o que foi bom,

Não como se não tivesse existido,


Mas conturba-lo até deixar tudo ao avesso,

O coração que abriga não se torna armadilha,

As mãos que seguram aquele que querem,

De forma alguma se tornariam correntes,


Veja, elas se fecham no seu entorno,

Mas sabem bem como te deixar ir,

Claro sua saída eu não facilito,

Mas, ai de mim tentar te impedir,


Sim, sem você minha busca não termina,

Na distância não faço mais que busca-lo,

Entre mil homens você é o mais digno,

Justa é a boca que lhe fala bem,


Correto é o coração que se entrega a você,

Mas entre as mulheres não encontro uma sequer,

Que saiba ser melhor que eu possa ser,

Desculpa a sinceridade,


É que esforço também se mede,

Assim, me esquivo da conclusão de perde-lo,

Se Deus lhe fez e o colocou entre os justos,

Não será você o que se encantará com a mentira,


Preferirá o falso a aquela que ainda lhe jura,

Bem, aqui onde vivo cultivo bananas,

Eu gosto de bananas e você?

Há sempre alguma próxima...


Você não acharia isso impossível,

Desculpa da última vez você recusou a fala,

Lhe ofereci a palavra e você ignorou-a,

Não digo que te olho hoje da mesma forma,


Mas veja as bananas estão ainda lindas,

Você acha que há sempre algo que se aproxima

Quando você pensa em me virar a cara?

Espero que este algo seja bom,


Você espera o quê quando se distância?

Bananas são raras e são especiarias...

Creio que o sejam,

Dizem que o que faz bem não faria o contrário,


O faria?

Você pensa nas coisas quando não está por perto?

E que coisas são estas?

Veja, as bananas: eu gosto de bananas e você gosta?


Eu gosto de você,

Sobre as bananas você tem alguma preferência?



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Apago o Pesadelo, Nele a Outra Frase

 


Este é o meu conselho:

-Me dê valor amor,

E lhe juro haverá de tudo um pouco,

Menos o arrependimento.


Você me conhece bem,

Não sou perfeita veja em meu rosto,

Eu não tento negar isto,

Tenho culpa se me apaixono e o busco,


Chego perto, lhe puxo para o meu abraço,

Tenho problemas e lhe peço socorro,

Desculpa se sou rápida demais no que faço,

Não tento esconder nem me omito,


Nisto o busco então, o beijo,

Absorvo seu cheiro,

Mergulho dentro dos seus lábios,

Sinto sua língua, sua doçura – o amo!


Nisto, dentro em pouco,

Sem mais ou menos,

Você se afasta a um ponto dos meus olhos,

Me exalto, meu coração perde o compasso,


Quando o procuro,

Por Deus já não o acho,

Ali está uma criança mas mantem seus olhos,

Sei que é você e não nego,


Então, você se oprime e foge mais um pouco,

Nisso, já não consigo fingir e me altero,

Está a minha frente um bebê e eu me afasto,

Viro rosto me sinto em perigo,


Sinto nisto em todos que amo,

Você me busca e consegue meu colo,

Procura meu beijo,

Eu sinto seu carinho em meu rosto,


Mas por Deus o olho e não é mais que um menino,

Um bebê e seus olhos inocentes e límpidos,

Meu Deus eu não amo um homem – é um menino!

Ele tenta me tocar ainda com seu esforço,


Está em meu joelho,

Já não alcança meu peito,

Põe a mão dentro da boca e cabe tudo,

Eu me esquivo e me assusto,


Tento com minha mão em meus lábios,

E vejo que sou a mesma que ele nisto,

Cabe tanto nele e em mim tanto,

- O que é isto?


Me esquivo e me resguardo,

Em verdade sinto que morro,

-Não Josy, Não Josy, Não Josy eu grito no sonho,

Acordo e o grito paira no alto,


Não você não está comigo,

Foi um pesadelo e pronto.

Abro a rede social encontro quem amo,

Aquele que estou conhecendo


E não nego já me apaixono,

-Meu Anjo (seu nome é pronunciado),

Identifico pela primeira vez depois de mil vezes falado,

Meu anjo (e o nome de quem amo),


Percebo que acho que estou rezando,

Ou fazendo algo como um pedido,

Meu anjo proteja (e digo seu nome),

Eu não posso estar com ele neste segundo,


Mas este anjo poderia e faria por aquele que amo,

Fecho os olhos e ligo para este namorado:

-Meu anjo (digo seu nome) com um sorriso,

Não sei se ele entende mas sinto que está comigo,


Eu não posso cortar ou encurtar caminhos,

Mas este anjo pode então ele o faz e eu acredito.

Apago o pesadelo...

Apago a frase que eu teria dito a este namorado,


Mantenho o que sinto.

-O amo e quero que esteja comigo!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Saudade

Raramente, esta que sou pensa no que acabou,

Volta-se para trás,

Numa espécie de reprise do que vivemos,

Mas, hoje, não é um dia normal,


Remei meu barco,

Estagnei em meio ao rio,

E fiquei parada, apenas vendo a água passar,

Pensei em quantas vezes sonhei em estar ali,


Nas inúmeras que sonhei em dividir isso com você,

Imaginei como ficaríamos,

Até as conversas, brincadeiras e beijos,

Me peguei deitando e olhando para o céu azul,


Sentindo o sol queimar a pele,

Vendo os pássaros voarem e os peixes,

Sim, até eles voavam no meu redor,

Ainda tinha as águias que os predavam,


Como é breve a vida,

Mas, não o que sentimos,

Beijei-o por poucos segundos,

Mas acho que Deus estava ocupado,


Quis repetir isso mil vezes em minha alma,

Até que, talvez, um dia,

Ele nos presenciasse de novo,

Vi ainda árvores crescerem ao sol,


Não com tanta alegria no coração,

Isso pesa bastante no que refere-se ao abrir da flor,

Deus deve rir sobre isso,

Ao que meus olhos desejavam não faltava nada,


Mas, quanto aos meus lábios,

Como eu gostaria de senti-lo!

Mas Deus, agora, não me permite desfrutar de quem amo,

Neste instante ele está distante,


Eu confesso que a brisa fria me faz tremer,

E não é porque o barco está descendo o rio sozinho,

Tomando rumo próprio e curso incerto,

Temo outra desfrutar dele em meu lugar,


Isso não faz tanto sentido mas produz dor terrível,

Ah, querido Deus, antes o tivesse esquecido!

Abro meus olhos e vejo o azul incandescente,

Não, não, mil vezes o tê-lo comigo,


Apagar o que vivemos não me faria bem,

Isso que sinto me percorrer,

É o bastante, mesmo que não o tenha,

O amor não nasce em vão,


Não parte para tão longe,

Nada que eu não possa buscar com paixão,

Se é amor então que não resista,

Seu nome não me passa despercebido,


O que sinto é verdadeiro,

Não há por que deixa-lo escondido,

Embora, jamais tenhamos dormido juntos,

Eu não descanso de amá-lo,


Pois de que me valeria dois mil anos,

Se em nenhum destes eu pudesse o conhecer?

Vivi este amor por pouco tempo,

Mas foi em verdade,


Afinal, o destino para todos não é o mesmo?

Algo toca no barco,

Eu o sinto sacolejar,

Então acordo destes pensamentos indistintos,


Tomada pelo medo de não o ver,

E o risco de que ele queira isto,

Sinto em evidencia,

Que nem um destes dois sentimentos são capazes de ferir,


Mas a solidão fere e sangra,

Sim, esta sim!


 

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Um Novo Beijo

 


Então, passei a refletir no seu amor,

No beijo e na carícia,

De todas as bocas que beijei,

Refleti que melhor era a sua,


Afastei todos os rostos e suas juras,

Fiquei apenas com ele a me sussurrar,

Recordei mil e milhões de vezes – sua!

Até que passei a dizer o nome dele,


Procurei notícias suas,

Desejei que nunca iria esquecer,

E qualquer outro até aquela hora,

Jamais seria recordado muito menos voltaria,


Abri meus lábios,

Coloquei dois dedos neles,

Apertei-os até sentir aquele beijo,

Nenhum outro me tomaria a pele,


O que fazer quando o amor guarda sucessor?

Quando vive-se tudo com aquele alguém,

Mas de repente dá tudo errado,

O amor acaba e a distância vêm,


Vê-se você endoidecida querendo esquecer,

Até achar-se em outros braços e os querer,

Fecha-se os olhos não se quer recordar o passado,

Mas que triste é quando a solidão se acolhe,


Chama o passado sem que se queira,

Ou se quer?

Não se faz mais a repetir o que já foi feito...

Beija por beijar mas busca o mais que isso,


Abraça, acaricia forte,

Até despertar o cheiro,

Quer-se a todo custo afastar o que se passou,

Absorve cada cheiro em seu íntimo,


Deseja-se absorver o esforço que há no outro,

A entrega que há nele,

Quer-se sim: esquecer!

O homem sábio tem olhos que enxergam,


Mas ele me beija de olhos fechados,

Não beija?

Penso que isso é bom,

Assim, não saberá o que penso,


E o quanto me esforço neste ato de entrega,

Mas e se ele abrir os olhos,

A qualquer momento isso pode e irá acontecer,

Será que irei avermelhar,


Por Deus, penso em tudo que devo dizer!

Se ele souber do quanto me esforço seria melhor?

Eu sim, poderia estar com outro,

Poderia pertencer ao passado e pronto!


Há tantos que mendigam amor e dá certo,

Mas eu o quero, sim o quero,

Me convenço disso e busco a entrega com esforço,

Ah, como é tolo o que anda nas trevas,


Será que se eu me esforçar mais eu choro?

E se for menos?

Penso se ele me acolheria,

Imagino se aceitaria saber que o beijo,


Porém, que em minha mente há outra boca,

Tola boca a que me busca

Sabendo que jamais voltarei a ser sua,

Mas ela busca, insiste e me atrapalha,


Todavia, acho que ambos temos o mesmo destino,

O que beija de olhos fechados prestes a abri-los,

E a que não os fecha de medo de perde-lo,

Sim, o quero manter comigo,


Tenho medo que busque uma alternativa e suma,

Sinto receio de que não me entenda,

Aí fico pensando,

Entre todas as carícias,


Quem é que poderia resistir a isso?

O que acontece ao tolo que nunca descobrirá?

Não, não busco fugir, não mais,

Quero sim que ele saiba,


Então, me esforço como nunca faria,

Entre os sussurros e os beijos lhe conto tudo,

Aproveito a intensidade e o trago para dentro,

Sim, não penso em fugir ou ser frívola,


Se agora for o nunca mais que o seja por inteiro,

Sofrer em pedaços é covardia,

Que proveito tenho em ser o sábio?

Será que o fui ou foi ele quem me ganhou?


Talvez, ele nunca tenha passado despercebido,

Quem sabe sempre mediu cada gesto,

Então, eu disse – isso não faz o menor sentido,

E antes que ele tivesse qualquer reação,


Completei – meu amor, por favor, case-se comigo!

O sábio ou o tolo,

Ambos serão um dia esquecidos,

Mas o amor? Este é o que permanece,

Como pode o amor morrer como o passado morre?


segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Deixo dos Céus

 


Tudo que é feito debaixo do céu,

Que fardo pesado aos desígnios de Deus,

Tudo que é feito debaixo do sol,

Não é inútil, não é corrida contra o vento,


Lutar contra força superior é que é tolo,

Acreditar que amar de chave trancada é bobo,

Chorar debaixo da chuva para não ser visto,

Negar amar de frente aquele que é amado,


Para esconder-se e sofrer em segredo.

Ora, que coisa inútil aos olhos,

O que não é dito então, não pode ser contado?

Pede a Deus e tudo ele fará,


Aguarda por ele e a porta fechada se abrirá,

Então, nesta hora o que você dirá?

É preciso haver preparo para amar,

Mas, também o que se revela pode ser inútil,


Concluí após pensar tudo isso,

Que estava louca que não seria retribuída,

Por que mereceria o amor pelo qual esperei toda a vida?

Penso, me olho no espelho,


Então, procuro o meu diferencial,

Bem, meu diferencial foi individualiza-lo,

Escolher ele quando poderia ter todos,

Esperá-lo a porta trancadas,


Quando ele não era mais que um homem nas ruas,

Manter minhas chaves mas guardar uma cópia,

Nisso, vi tudo que gostava nele,

Refleti que não era tanto mais do que eu tinha,


Passei a gostar de mim e do que sou,

Esta luta de gostar-me não parece ser apenas minha,

Eu, hoje, queria apenas saber o que vale a pena,

Debaixo dos céus,


Parece tão pequeno os detalhes da vida humana,

Não neguei-me a nada do que os olhos desejaram,

Apenas guardei para o coração o que era de mais sagrado,

Com isso, ele soube escolher o sagrado do profano,


Me indago o que é profano,

Quando, aqui sozinha, ainda não estou com quem amo,

Talvez, eu possa ter feito tudo errado,

A espera se apresenta como algo de resultado inesperado,


Mas, mesmo agora não me recuso a dar prazer ao coração,

Fecho meus olhos espero seu beijo,

E passam-se as horas e o tempo e não á com menos paixão,

Na verdade, me alegro por tê-lo tido,


Me sinto feliz por cada um dos nossos segundos,

Esta foi toda a recompensa pelo meu esforço,

Muitas foram as que quiseram estar em meu lugar,

Poucas foram dignas de mais que eu,


Ser sua e estar com você por onde quer que vá,

Mas, veja, acho que ainda te amei mais que todas,

Contudo, quando avalio minhas mãos,

E vejo no calejar macio delas todos os meus esforços,


Enxergo o quanto de trabalho me desconfortou,

Mas, o tanto que isso em honra te recompensou,

Percebo que não foi tudo inútil,

Que nunca lutei contra o vento,


Nem corri atrás dele em busca do perdido,

Há proveitos em cada coisa que se faz,

E há você,

Aquele que é digno de toda a nota,


Aquele por quem respeito,

A quem amei e amo,

Não estou ao seu lado,

Mas em tudo que fiz coloquei muito esforço,


Quase ouço o tilintar de chaves à porta,

Vejo que se abre e não parece ser a mesmo,

Já não levo nenhum susto,

Eu, hoje, sei o quanto a deixei – esqueci – aberta.


domingo, 29 de janeiro de 2023

Não Disse que Te Amo!


Que grande inutilidade,

Guardei o batom com o qual o beijei,

Não o vi nem toquei sua face,

Porém, o batom guardei!


As palavras da jura de amor

Diziam: te verei, não te esquecerei.

Hoje abro e fecho o batom,

Levo-o a boca e sinto seu cheiro,


Queria mesmo sentir seu gosto,

Contudo, a coragem me foge aos olhos,

Queria vê-lo,

Nada mais que isso,


Se pensamentos tivessem poderes,

Se ele pudesse se voltar

E querer me ver apenas uma outra vez,

O que eu ganho com tantas lembranças,


De quê me adianta guardar tudo com carinho?

Vejo o papel do doce guardado,

Até a estrela que vi naquela noite

Ainda parece brilhar da mesma forma,


Todavia, se encontra mais perto agora,

Não foi aqui que o beijei,

Mas ela está tão próxima,

Parece ter se movido,


Mas, não duvidaria que,

Se eu estivesse em mesma hora e lugar,

Eu a veria, como se nunca tivesse saído,

Que há com ela?


Será que me busca por sentir sua falta?

Horas vem e horas se vão,

Mas seu beijo permanece para sempre,

Mesmo reflexo é tão cheio de emoção,


Até o espelho o nota em minha pele,

É como se seu calor ainda estivesse aqui,

O sol se levanta e o sol se põe,

Depressa retorna para onde iniciou,


Não torno a fazer o caminho que fazia antes,

Sinto medo de descobrir que você mudou o trajeto,

Bem, é sabido que conversas andam,

Você sabe, notícias sempre chegam,


Não significa que você seja a primeira conversa

Nem ao menos que é a última,

Mas, você atendeu o telefone uma vez,

Bem, você errou a colocação da frase,


Acho que a resposta dela ao telefone foi não...

Me perdoa, mas chorei, senti dor,

Como pode não reconhecer seu valor?

Seu adeus que não foi falado não me foi ouvido,


Embora, eu não o busque, eu te guardo,

Espero que não se importe com isso,

Nada faz sentido!

O que um coração ganha com tanto trabalho,


Será que eu ganharia mais se o esquecesse

E apenas perambulasse como anda o sol?

O vento que vem do sul hoje está para o norte,

Me desculpa se estou com a janela aberta,


Você fala num tom alto o bastante,

Daqui eu posso ouvir cada palavra sua,

Me perdoa se descordo com cada resposta evasiva que você ganha?

Me desculpa, se acho errado que você não seja entendido,


Entenda, o que não dói em você me sangra,

Bem, já estou com dor no ouvido...

-Ela, se recusou a vê-lo, como pôde?

Por Deus, eu nunca teria forças o bastante!


Por favor, não queria me procurar agora,

-Eu não disse que te Amo!

Desculpa se aquela hora bati a porta,

Me perdoa se você olhou para fora sem vazão,


Eu não tenho única desculpa para dar até agora,

Mas não, meu bem, eu não entendo porque aquela disse não...

“Era desespero aquilo que vi naquela hora?”

Foi desespero o que enxerguei no seu olhar,


Por favor, não queira me ver agora,

Me perdoa, se absorvi todo o seu cheiro como se fosse morrer naquela hora?

Me desculpa, se ainda o guardo comigo,

Se até então não absorvi outro ar?


Você não sabia o que fazer na frente das pessoas,

Parecia que estava todo mundo olhando?

E então, meu amor, como você está agora,

Da que eu era eu não mudei muito,


Não pense que estou triste se você vive dos meus sonhos,

Mas, deste não que você recebeu eu não entendi o após.


 

Busca aos Peixes

Masharey acordou, Subiu na alta cadeira Feita de pneu usados, E cantou alto: - estou no terreiroooo! Em forma de canto. Após iss...