Aconteceu que apesar de sagrada,
Nem toda história está escrita nas estrelas,
E tendo Deus recusado a mostrar sua face,
Moisés passou a cultuar imagens de bronze,
Costurando vestes como símbolo de honra e dignidade,
Cultuando um Deus Corrompido, adorado através de sangue e
carne,
E o número doze que representava o coração humano,
Foi resumido a doze pedras preciosas identificadas por
um selo,
Onde foi gravado cada um dos nomes dos representantes de
suas doze tribos,
E o milagre Divino foi diminuído ao valor do ouro,
A custa do sofrimento vertente no suor humano,
O amor foi tão proibido à raça humana
A ponto de um santuário ser erguido sobre a terra
Para representar um distanciamento
Entre as pessoas e o
Deus Salvador,
A prata que comprava o perdão,
Era a mesma que dilacerava o coração,
Ao entregar o coração como sentença,
O povo ofertou suas vidas a um falso profeta,
Que se perdeu na fala do diabo
E conduziu a raça humana para o inferno,
Um ditador que via no olhar do menino
A possibilidade de construir um exército,
E no exército a probabilidade de domínio,
E o amor, foi condenado ao impuro,
Pela voz e força de um ditador profano,
E o povo que viu o inimigo cair á espada,
Feliz pelo Divino ter quebrado suas algemas,
Agora se via exposto à terra desértica,
Que feito à lâmina de uma lança os ameaçava devorar,
Sedenta por vida em semelhança daquelas pessoas,
E a fartura Divina outrora prometida,
Diante do olhar da serpente valiosa,
Consumia a alma da raça humana e engolia suas vidas,
Apesar de doze bandeiras ostentarem os emblemas de cada
família,
Não se podia considerar que era o sopro da vida que
alimentava suas narinas,
O nome do Deus foi profanado pelo custo do ouro,
E da carne e sangue humano,
A ganância satisfeita por lágrimas humanas,
As palavras sagradas desvirtuadas por mentiras,
O fogo maléfico usado para conter o pranto da raça
humana,
Forjadas como flechas no fogo da batalha,
Mas ao retornarem á travessia do Mar Vermelho,
Nenhum Deus abriu suas águas,
Por lhes faltar um coração íntegro.