sábado, 19 de fevereiro de 2022

Gostaria do Seu Beijo

 

Olhei para o seu olhar,

Sim, fui um pouco além da cor dos seus olhos,

Azuis um tanto acastanhados, sei lá,

Queria ver algo mais profundo de nós,


O sol refletia em sua pele num tom perfeito,

Nunca o vi mais bonito, o sol, me refiro,

Quanto a você, só tenho a falar

Que melhora a cada dia,


Bem, é o que penso, por isso falo,

Espero que entenda a minha ousadia,

Ou as palavras, caso estejam mal colocadas,

Diante de ti, o dia se ofusca mesmo,


Não poderia dizer coisa diferente dessa,

Mas, olho para o sol ainda assim,

Tento, ao menos um pouco fugir de ti,

É que este seu fascínio que você exerce

Ele me deixa sem saber como reagir,

Creio que você me entenda, bem, espero que sim,


Dou um passo adiante, e aí está você,

Desde antes sentia o seu cheiro, mas agora,

Bem, ele está um pouco mais inebriante,

Há um mistura de sentimentos nisso tudo,

Não sei se seria clara o bastante se o dissesse: amor,


Por isso, me perdoa mas nem o tento dizê-lo,

Há algo no seu interior que me chama,

Me puxa com certo magnetismo,

O fato dos seus braços parecerem perfeitos,


Acredite em mim, não muda nada quanto ao que eu penso,

É certo que já me imaginei encaixada neles,

Um pouco mais de uma vez,

Devo confessar,

Este seu interior ofusca o que há lá fora,


Ou afasta o que não é bom,

Quanto a este fato eu não poderia dizer outra coisa,

Sinto uma certa segurança ao seu lado,

Poderia até mesmo definir conforto,

De imediato o digo: amor – sim, não resisto,


O digo e se precisar eu repito,

Amor, meu querido, é tudo que sinto,

Não olho para nenhum outro lugar,

Apenas encaro-o no fundo dos seus olhos,


Penso como seria estar em sua alma,

Sei que não iria querer sair de lá,

Me indago será que haveria chances de estar nela mesmo?

Não ouso indagar em alta voz, me calo,


Bem ali, diante dos seus olhos, o encaro silenciosa,

Ele me indaga um tanto repentino,

- Bem querida, o que você gostaria de aprender-,

Sacana, acho que sabe bem o que sinto,


- O caminho da sua vida é o bastante –

Mordo o lábio trêmulo, queria contê-lo,

Mas, percebo que é o coração que está no comando,

Então, não há mesmo o que ser feito-,

Um segundo ao seu lado é meu horizonte,

Quem seria eu para pedir um beijo seu?-


Dou um segundo passo para frente,

Me encosto nele a ponto de senti-lo,

Mas, não ainda tocá-lo,

Apenas sinto mais forte o seu calor, seu cheiro imponente,

- Mas, querido, não se ofenda com o que digo,


Faça silêncio, caso discorde,

Não mais que isso,

Sobre o beijo, não o pedindo: você me daria?


Querido Amor

Amor, não me veja agora,

Te peço apenas isso nada mais,

Olhe para o outro lado, lá atrás,

Qualquer coisa que te impeça de me ver,

Sim, você olhou, eu disse amor, não,

Estou de joelhos o que irá fazer?


Quedar-se ao meu lado esquerdo?

Ou então, irá por acaso me dar a mão,

Mesmo tendo passado por tudo que me culpo

De tê-la feito passar em vão,

Querida, não significa que seja pouco o que sinto,


Não por favor, não me olhe agora,

Também não seja dessa forma tão compreensiva,

Se me cansei de lutar sozinho por nós?

Sim, estou de joelhos cabeça inclinada,

Perdoe-me por não poder olhar em seus olhos,

Me deixaram dessa forma, ora veja –jogado,


Estendo uma mão ou devo escondê-la?

Se desejo vê-la entrelaçada a sua,

Oh, por Deus, o quanto desejo, então você imagina?

O rubor de sua face escorria por entre os dedos,

Vermelhos e trêmulos como o medo que sentia,

Que, pouco a pouco se esvaia,


Mas, nem por isso o erguia – inclinado,

Impassível? Não, isso não o definiria,

Voltou a si, parado e incontido,

Tinha uma chance agora, diria tudo,

Sem esconder vírgula ou ponto,

Mas, ousar erguer-se e encará-la,


Será que teria forças para tanto?

De mãos vazias, porém, cheias,

Cheias do tanto que andaram escondidas,

Sem ter as dela entre as suas – desprotegidas,

Havia um grito a ecoar por entre os seus lábios,

Mas, este grito seria guardado – última alternativa,


Suado e trêmulo, talvez, um tanto gélido,

Disse para si, com um pequeno sussurro – amo-a,

Repetiu outra vez, então, ergueu o olhar,

Ela o olhava de frente agora – parada,

Como se não soubesse como reagir,

Ou apenas não esperasse por tudo isso,

- Sim, meu amor eu a amo e nunca a esqueci,


Não ouviu o tremor na voz que saiu junto,

Nem mesmo se o sonido ficou bom,

Mas, falou tudo o que mantinha guardado,

A mão ainda estendida e sozinha,

Agora tinha a dela solta feito uma carícia,

Segurou-a firma, de joelhos e arrependido,


Algum tempo depois do longo beijo,

Foi que percebeu que juntou forças para se levantar,

E que a tinha por entre os seus braços,

Enquanto todos os sentidos estavam inquietos,

Sussurros diziam o quanto a amavam,

Depois que voltou a si,

Despediu-se sem saber porquê,


Apenas não estava preparado,

O medo havia se dissipado,

O amor voltou à tona como nunca imaginou,

Mas, havia algo que o distanciava,

Algo que o levava para um outro lugar,

Pelo menos, por aquele momento,


Limpou um resquício de poeira dos olhos,

Agachado por tempo demais naquele chão,

Não cuidara quando o sol se pôs,

Mas tinha certeza sobre o quanto amava seu coração.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Abraço Apertado

Ele olhou direto em seus olhos,

Decidiu que não iria perdê-la,

Um rubor tomou levemente o seu rosto,

Se a culpa pertencia a alguém - assumi-la-ia,


Onde houve sua carícia pairava a lembrança

Daquela que tanto ama a centímetros de distância

De ser, ainda, sua ou então perdê-la,

- Eu te amo, preciso de você comigo, agora,


Não digo amanhã ou depois, mas nesta hora,

E se possível, meu amor, por toda a vida,

Concluiu a voz mais macia que pretendia,

Não sabia o motivo mas queria ser comedido,


Acreditava que pecava pelo exagero,

Que em algum dos passos que dera a ela,

Um destes, ao menos um, fosse em falso,

Tocou seu rosto uma, depois segunda vez,


Queria manter seu toque ali para sempre,

Senti-la na carícia dos seus dedos – minha,

A lentidão com que a trouxe para si

Disse muito, mas pouco do que pretendia,


Sentiu seu cheiro, o calor que emanava,

Com os lábios trêmulos aproximou-a de sua boca,

Um roçar de lábios e um eu te amo foi derramado

A iniciar por uma lambida a contorná-los,


A encerrar por penetrar sua língua até o fundo,

Não queria menos que sua alma,

Tomava para si, muito mais do que pretendia,

Ela entregou-se a curva do seu corpo – um apenas,


O abraço que a contornou a desenhava,

Moldava-se a ela com perfeição desmedida,

Você pode fugir de tudo que sente,

Pode até jurar amor em falso,


Mas, não consegue fingir quando o rubor toca a face,

Quando mãos hábeis a puxam para si mesmo,

Sem jura alguma, mas com força suficiente

Para sentir em si mesma – não ser solta,

Não desprender-se nunca.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Porta Aberta

 

A casa estava vazia,

Mas, algo a observava,

Talvez, fosse o que sentia,

Aquela vontade de buscar que não se sacia,


Com pouco custo admitiria,

Não sabia nem ao menos o que buscava,

Mas, algo dentro de si não estava bom,

Havia um quê de insatisfeito,


E algo precisava ser feito,

Não usou a escada,

Pulou a janela, era baixa,

Não tinha um motivo, mas, o fez,


Ela parecia levar a algum lugar,

A um passo de tocar o céu e nada mais,

Quem sabe, fosse apenas isso,

Tocar um ponto mais alto,


Que não podia, não ainda.

Ignorou por completo a porta aberta.

Não fora medo o que via em seus olhos,

Nada do que disse a convenceria disso,


Mesmo que refletisse por toda a sua vida,

Que mil vezes repensasse o mesmo assunto,

Não avistaria nada disso, era outra coisa,

Quase que uma segurança desmedida,


De quem tem controle sobre todo o redor,

E isso me incluía e eu não via com bons olhos,

Havia uma emoção escondida,

Claro que havia,


Contava com uma carta na manga,

Ou ignorava tudo que eu sentia e mais nada,

A princípio. Alguns passos após,

Longa conversa depois, mesmo que em monossílabos,


E havia algo, um tanto mais palpável,

Mais perceptível, mas, não comentado em alta voz,

Porém, quanto mais gastava seu tempo

Com este assunto, mais se sentia exausta,


Mais parecia andar a esmo,

Sem um caminho ou ponto de chegada,

Não imaginava que fosse fingimento,

Não considerava isso para nenhuma das promessas,


Mesmo aquelas já esquecidas no tempo,

Nutrir amor não esbarrava em castigo,

Não quando sempre exista uma alternativa,

Ama-se pelo gosto do beijo que fica na boca,


Pela companhia de estar com quem se gosta,

Na ausência do beijo, o diálogo até o encontro,

Afinal de contas ele havia lhe jurado amor,

E isso não poderia ser negado de forma alguma,


Ainda podia lembrar enquanto contava os passos,

Andando por entre uma calçada e outra,

Eu te amo ele dissera,

E daquele tempo não transcorrera muito.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Mãos Dadas

 

Apalpei sua mão, estava escorregadia,

Seus olhos incertos em outro lugar,

Ele parecia incapaz de se esquivar,

Mas fugia de nós, parecia não querer estar,

 

Segurei-a firme, a trouxe para os meus lábios,

Beijei um beijo delicado e molhado,

Um tanto indigesto ou deliberativo,

Como se o quisesse dizer fala algo,

Seja, repulsivo ou impulsivo, mas não cala,

Qualquer coisa que me traga a calma,

 

Isso em pensamento, porque em verdade,

Não fiz nada, apenas a segurei firme,

Tentei afastar o pensamento do inseguro,

Pôr uma tranca naquilo que o afastava,

Puxei sua mão para o meu colo,

A coloquei de encontro com minha perna,

 

Quis dizê-lo, amor me sente ainda,

Com isso, não fui capaz de conter o suspiro

Que trouxe uma lágrima serena no meu olhar,

Não a deixei cair você não merecia isso,

Vê-lo sofrer não me faria ficar melhor,

Te aproximar por meios sórdidos não parece uma saída,

 

Depois de tanto tempo juntos,

Não saber como nos aproximar,

Levantei o olhar para o alto,

Com um sutil virar de cabeça,

Encontrei seu olhar,

Mas apenas depois de dizer, meu amor eu o amo,

 

Senti o seu impulso de resistência,

Mantive a firmeza das palavras ao te encontrar,

O amo como nunca pensei que amaria,

Coloquei uma mão na janela da porta,

Tranquei aquela que já estava trancada,

Não queria sair dali, deixá-lo sozinho: nunca,

 

Encontrei dificuldade em sustentar algo verdadeiro,

Pareceu-me que o falso sempre foi mais convidativo,

Talvez, fosse porque vivi de enganos por uma vida,

Afirmar meu amor e sustentá-lo em seu olhar

Não era nada fácil, tive medo do que poderia vir,

Como reagir depois de se entregar de alma nua?

 

Haviam riscos, sempre há. Tive medo com todo o coração,

Mas, acima de tudo amo-o com sôfrega paixão,

Do tipo que sufoca-se em dor, mas não sabe dizer não,

Aquela que entrega seu último suspiro pela emoção,

De simplesmente estar ali, tê-lo naquele segundo,

E fim, sabê-lo, fora meu e o terei para sempre no coração,

 

Pisquei buscando as palavras,

Uma infinidade de frases cruzou meu caminho,

Mas, nenhuma sabia o que dizer para trazê-lo,

Sim, o amo, repeti: te amo e te amo,

Baixei o olhar para o coração que respondeu num pulo,

Te amo e não sei o que fazer para dizê-lo,

 

No desfile de frases mil pareciam bonitas,

Mas, nenhuma adequava-se. Todo esforço e nada.

Trouxe sua mão aos meus lábios, beijei-a,

Quente e úmida, o amo saiba sempre disso,

Seria pouco dizê-lo que preciso de você comigo,

Ele apertou minha mão e respondeu: amor, basta isso.


domingo, 6 de fevereiro de 2022

Na Madrugada

 Entre as duas e três da madrugada,

Não antes, nem mais tarde,

Seu cheiro chegou até as minhas narinas,

Bem, é certo que eu poderia chama-lo saudade,


Mas, prefiro cheiro, quase um gosto,

Pois, recordo que teve o efeito do seu beijo,

Bloqueou cada objeção minha,

Cada pensamento de um coração descompassado,

Chegou ao calor pungente da minha língua,

E não fez mais, foi descendo,


Ganhou o rumo da garganta e não quis outra coisa,

Alcançou o coração que pulsava e pedia,

"Volta amor, preciso de um tempo a mais ao seu lado,

Um abraço ou um sorriso de longe,

Sob a luz ofuscante do alvorecer,


Qualquer coisa que me faça acreditar em nós,

Que, mesmo que para tudo tenha um tempo certo,

Para nós será diferente,

Faremos da forma que melhor convier,

Para que tudo se sobressaia ao corriqueiro,


Sem o beijo esperado do bom dia,

Mas com a calma e tranquilidade de sua companhia",

Esse cheiro, tinha um gosto e nele um calor,

Que agora preenchia cada espaço vago,


Um coração que antes pulsava,

Agora existia, mais forte, muito mais determinado,

Apalpei o travesseiro, recostei-me na coberta,

Não fazia frio, mas precisava de um quê em que me segurar,


- Você -, eu lhe disse aquela hora:

“Querido, há coisas que escapam pelos dedos,

E outras que derramam-se porque precisam disso”,

Tudo bem, você disse - "amor seu tempo é mesmo assim, rápido"?! -


Eu lhe respondi: “querido, como você consegue este efeito?”

Um segundo de pensamento,

Um mundo de transbordamento,

O amor que agora pulsava mais calmo,


Mantém-me firme a te esperar aqui no quarto,

Não desejei estancar nada do que sentia,

Se me magoasse, tudo bem, nem uma palavra eu diria,

Aquele instante era meu e seu também,


Você foi o motivo, a razão da qual nunca esquecerei,

Recorda? Eu lhe falei: "olha amor, você é para sempre!"

Não precisei dar passo algum para trás,

Os pensamentos estavam alinhados e íntegros,

Havia o desejo de espera e há amor nisso tudo que digo,


Recostei-me um pouco na porta,

Queria sentir o seu impulso ao abri-la,

Com um sorriso nos lábios gostei deste pensamento,

Um suspiro de amor incontido permanecia no ar,

Identifiquei o último não lembro quando foi o primeiro,

Talvez, sobre aquele instante em que você me abraçava,


Ou sei lá, recorda da forma como você procurava as palavras?

Bem, depois disso você sorriu genuíno, poderia esquecer?

Então, "querido: você é para sempre!"

Fechei os olhos tranquila com o que pensava,

Disso tudo, não disse até agora única palavra,

Eu lhe disse, lembranças e um cheiro bom me silenciava,


Porém, nossos momentos corriam diante de mim,

Em cada pensamento de alguém que não estava ali,

Porque, em algum lugar, não muito longe,

Havia um alguém que se importava e não tardaria,

Parecia haver um algo a encurtar distâncias,


O amor, talvez seja isso,

Bem, concordo com seu esforço em manter aparências,

Mas, amor eu não me convenci disso,

Você tranquilo comigo aqui sozinha?


Meu sorriso foi diminuindo sem que eu percebesse,

Mantinha os olhos fechados e os pensamentos obedientes,

O sono me abraçou e os sonhos me acordaram pela manhã,

Seu cheiro forte em mim, então, você pode imaginar...

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Uma Promessa

 

Havia uma promessa silenciosa

Por trás de todo o tempo que passara,

Uma voz macia e teimosa,

Que teimava em retornar


Mesmo quando a noite dormia,

Falava de algo a não ser esquecido,

Uma única frase ao pé do ouvido,

Não importava tempo ou distância,


Não era esquecida,

Nem ao menos ressonava em noites vazias,

Simplesmente vinha,

Noites essas que jamais seriam feito as de outrora,


Por volta das duas horas da tarde,

Um vento ressoava ao longe nas árvores,

Podia-se ver suas folhas balançar,

Algumas a cair por entre a terra fofa,


A ressoar a saudade que não pedia licença,

Mas que contrária ao vento guardava uma diferença,

Ela não caía, acontecesse o que fosse, não partia,

Não mantinha distância segura,


Apenas falava deste amor que, mesmo desfeito,

Não fora capaz de apagar-se único dia,

Mesmo lá onde folhas balançam ao vento,

Ou ali dentro onde nada mais dormia,


Não calava de tanto que sentia,

Uma árvore se quebra e queda inerte,

Nada consegue fazer nem ao menos por si mesma,

A moça se levanta, de onde está nada se vê,


Abre a janela e contempla,

Fosse o que fosse talvez não se demorasse,

Não importava, se esperaria ou buscaria,

Algo se avistava e exigia atitude diferente,

Não importava mais, não se compadeceria.

Rádionovela da Vida Real

Jhonatan aproveitou Sua destreza com o teatro E iniciou um trabalho em rádio, Para fazer rádionovela, Com base no seu sistem...