quinta-feira, 10 de julho de 2025

Desejo Profundo

A sensação de provar
O desejo pela primeira vez,
É indescritível,
Principalmente, quando a pessoa
Decide ficar para sempre.
Eu o amei deste o primeiro instante,
Fui amada tão intensamente,
A água nos envolveu
Feito um abraço de carinhos líquido,
Eu quis mais que isso.
De início
Não sabia falar,
Não sabia como pedir,
Mas, de alguma forma
Ele soube bem dirigir,
Fez parte de nós,
Veio de dentro
E aflorou por fora.
Gemi baixinho
Contra seus lábios,
Senti vergonha
Ao olhar em seus olhos,
Mas, ele sentiu tanto afeto
Quanto o meu,
Então, timidez e desejo
Se misturaram em nossos
Corpos.
Pressionei seu corpo másculo,
Sem saber como pedir carinho,
Nem quais eu queria,
Já que era meu primeiro prazer,
Também era o dele,
Tanto mais aprofundamos,
Mais tomávamos consciência
Do que era
E até onde poderíamos ir.
Ele me beijou
Devagar no começo,
Depois mais profundo
E apaixonado,
Meu peito inflou,
E me sento levitar.
Tudo que sentia
Era desejo de completar
O ato que por si mesmo
Era completo,
Havia uma busca,
E um encontro
No mesmo instante,
E tudo ficava mais profundo,
Mais latente.
Beijei seus lábios
Como se minha vida
Dependesse daquele afeto,
E por muito tempo
A própria lembrança
Me sustentou,
Até que ele me procurasse
Outra vez,
E outra vez nos entregássemos
Ao que sentíamos
Um pelo outro.
Nunca fui o tipo de garota
Que possui casos,
Nem ele gostou da ideia,
Ficamos juntos.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Uma Corrida de Barco

Romulo e Remanula
Convidaram a vizinha Vanilda
Para irem andar de barco
A motor no rio
Próximo as suas casas.
Vanilda era amiga inseparável
De Remanula,
Não se recusou ao convite,
Vez que a amiga
Iria levar apenas o irmão.
- Vamos nós três?
Indagou,
Descendo os degraus
Da escada de casa,
Amarrando o biquíni
Na cintura sob a camiseta
Rosa comprida.
- Sim, eu, você e meu irmão.
Ele liga e desliga o motor
Pra nós e pilota,
Nós não sabemos.
Explicou Remanula.
- Verdade, só nós duas
Não conseguimos.
Concordou Vanilda e sorriu.
Os três se deram as mãos,
Descendo o caminho
Que levava até o porto
Feito irmãos.
Havia cinquenta metros
De descida em terra e gramado
Antes do porto feito de pedras
Lisas e coloridas.
- entrem garotas,
Eu desamarro o barco.
Gritou Romulo
Indo até o tronco da árvore
Para desatar o nó da corda
Que mantinha o barco.
Vanilda e Remanula
Se sentaram no meio do barco,
Que logo foi solto,
Teve seu motor ligado
E foi guiado para o meio do rio.
No meio do rio,
Eles atracaram o barco,
Soltando uma pedra
Amarrada a uma corda
Até o fundo,
Instante em que ele ficou
Parado na água.
Os três mergulharam juntos,
Contudo Vanilda continuou
De camiseta insegura
Quanto a mostrar o corpo
De doze anos.
Após mergulharem até cansar,
Subiram no barco
E decidiram ir mais para cima
Ladeando o rio.
Assim fazendo,
Encontraram um pé de manga
Carregado de frutas maduras,
Desceram para tirar as frutas,
Jogando-as dentro do barco.
Eram muitas frutas,
Grandes e deliciosas,
O pé estava muito a margem
Do rio,
Perto dele havia muito mato,
Seria difícil retirar suas frutas
Sem que fosse pela água,
Talvez impossível,
Então, tiraram o máximo
Que puderam.
Como encheu muito o barco
Romulo optou por
Levar a irmã primeiro
Até o porto,
Ela cuidaria das mangas
Caso ventasse
E o barco ameaçasse virar.
Remanula pulou no barco
E partiu para o porto
Com o irmão.
Lá tirou todas as frutas,
Isto requereu horas
De seu tempo.
Vanilda sentiu muito medo,
Agachada na beira do moro
Ladeado por mato e urtiga.
Decidida a se socorrer,
Subiu no galho da mangueira
E ficou lá,
Descascando manga
Com as unhas e comendo-as.
Uma aranha caiu
Do galho sobre a água
E pôs-se a nadar
Com muita naturalidade,
Ela movia as patas,
E erguia-se para cima
Isto lhe soou estranho
E ameaçador.
Mas, ela não poderia
Seguir pela beira do rio
Até o porto havia muito mato.
Assim esperou Romulo.
Quando o viu,
Sorriu e acenou feliz,
Quase mergulhou até ele,
Não fosse o medo da aranha
Teria feito,
Todavia, permaneceu no galho
Comendo manga.
Romulo chegou por baixo
Do galho,
Ergueu os braços
E pediu para Vanilda descer,
Ela se soltou nos braços dele,
E teve sua camiseta
Puxada para cima,
Feito uma carícia.
Romulo aproveitou-se
Que Remanula estava longe
E rasgou a calcinha de Vanilda,
A jogou no chão do barco
E forçou relação sexual
Com ela.
Ela chorou,
Mas ele não ouviu,
Ele pôs uma mão
Em sua boca
Para impedir gemidos
Ou gritos,
Ela não entendeu
O motivo de ele agir
Desta forma.
Mas ele arrancou o biquíni
Enquanto a forçava
Na relação,
Limpou sangue de sua genitália,
E jogou no rio,
A deixou nua por baixo
Da camiseta.
Vanilda se sentou
Sobre o banco do barco
Depois que ele
Retirou o pênis
De dentro dela
E introduziu em sua boca,
Gozando o mais puro prazer,
E abraçou o corpo
Sobre a camiseta
Sentindo-se triste.
Romulo seguiu com o barco
Carregando um sorriso
Em seus lábios carnudos.
Assim que Vanilda
Chegou ao porto
Ela agachou-se rapidamente
Para pegar algumas mangas
E correu para casa.
- me espera Vanilda.
Gritou a amiga.
- não posso amiga.
Ela respondeu.
Mas, seu coração pulsou
De maneira intensa e triste,
Talvez, tivesse que contar
O que houve
Para a amiga.
Não sabia de onde
Retiraria coragem
Para olhar para Romulo
De volta
Depois do que houve.
Uma lágrima correu por sua face,
Xixi escapou por sua vagina,
Em pé,
Enquanto caminhava,
Ela sentia-se ardendo,
E dolorida,
Parecia que não iria passar.

Lindo Abraço

Passei os olhos
Pelo corpo masculino dele,
Tão solitário no salão
De festas,
Olhos atentos e escuros,
Cabelos sedosos na mesma cor
Usando um penteado próprio.
Ele era realmente incrível,
Um físico intenso
De tirar o fôlego,
Ombros retos e firmes,
Quadris seguros e retos,
Músculos poderosos
Poderiam ser desenhados
Naquele corpo
Sem despir-lhe de seu efeito devastador.
Sem exagero de palavras,
Um homem encantador,
Aline, poderia ter ficado ali
Por horas, apenas
Observando Rahat,
Fazia tanto tempo
Que não olhava para um homem.
Talvez anos.
Todavia, nunca havia visto
Ou mesmo imaginado
Homem tão perfeito,
De traços tão poderosos,
Rahat, parecia uma escultura,
Tão lindo
Que era quase dolorido
Olha-lo,
Ciente de que
Ele poderia nunca pertencer-lhe.
Ora, homens tão perfeitos
Não ficam sozinhos,
Eles escolhem entre suas opções,
E são tantas,
Contudo, Aline arriscou-se,
Lhe convidou para um beijo,
Um sorriso encantador
Surgiu em seus lábios,
E em meio ao frio
Que descia pelos alicerces
Da noite gelada,
Ela ganhou um intenso abraço,
Apertado e seguro,
Destes que não querem soltar,
Sinceros e profundos.
Ela o amou,
Assim que o viu de perto,
Tanto quanto
O amou ao observa-lo.

Maldita Rejane: Te Quero no Inferno

Meus doze anos
Foram difíceis,
Posso dizer: cruéis.
Eu tinha um sentimento
De união familiar
Estranho para se falar,
Pois faltariam provas
Que levassem qualquer
Um a crer,
Mas, eu cria.
Minha família e eu
Morávamos ao lado
Dos meus tios,
Entre o meio deles,
De frente e lados,
Atrás havia um rio,
Eu também o via
Como melhor amigo.
Neste contexto,
As árvores frutíferas
Quando davam frutos
Dividíamos entre todos,
Mas, um dia,
Meu tio comprou uma
Árvore de cáqui.
De casa,
Eu cuidei quando frutificou,
Quando ficaram todos vermelhos,
Eu corri lá para tirar,
Não pensei que causaria
Irritação ou desafeto.
Peguei uma madeira grande
Que estava próximo
E chacoalhei contra a árvore,
Conforme era de costume,
Colho três e retornei.
Minhas primas
Da frente de casa viram,
E eu contei: sim. Peguei.
Retornei para casa
E meu tio mandou a filha
Dois anos mais velha resolver.
Ela correu por trás de mim,
Me pegou pelo pescoço,
Deu socos contra a minha cabeça,
Me deu tapas no rosto,
E enfiou os dedos
Contra a minha pele,
Puxou meus cabelos,
E me mordeu.
Eu consegui acertar
Um único soco
Em seu rosto no lado
Esquerdo
E ela chorou.
Meu tio desceu da carroça,
Atiçou o cachorro
Contra eu,
Jogou pedras contra
Meu corpo,
Contra a minha casa.
Eu senti pavor,
Eu tremi e implorei
A minha prima
Para ela me bater,
Ela acertou um soco
Contra o lado esquerdo
Do meu rosto,
Eu cambaleei para trás,
Ela me pegou pela cintura
Tentando me derrubar no chão,
Me acertou no peito,
Na coluna,
Depois me pegou
Pelo lado direito da testa,
E me manteve de costas
Contra o corpo dela,
Me prendendo pelo pescoço,
Com a outra mão
Contra meu olho e rosto.
- você merecia
Que meu tio
Te pegasse com uma
Bala no cu.
Ela disse
Com a sua voz fina
De prostituta
Que transava com os pais,
Os irmãos
E quem mais quisesse-a.
Ela feriu meu pescoço,
Feriu minha autoestima,
Feriu meu corpo,
Puxando ele para o lado,
Como se quisesse
Rasgar minha carne,
Me mordeu por toda parte.
Depois, me soltou
E saiu andando
Com sua bunda mole,
E aquele cu de canhão.
Hoje, meu esposo a matou,
Hoje me vi livre dela,
Após trinta anos,
Ela casou-se e teve filhos,
Casou com um primo,
Estuprou casa filho,
Só hoje,
Foi eliminada.
O mundo gosta de prostitutas,
As pessoas apoiam estupros,
Violência psicológica e física,
Eles gostam de ver
Estes canhões de músculos
Fodidos andando ao seu redor.
Nós não,
Nós odiamos estupradores,
Eu prefiro todos no inferno,
Eu nunca lembrei
Minha história de infância,
Nunca alguém se interessou,
Ela se tornou a boa garota,
A mulher prendada,
Aos dezesseis se casou,
Teve seus filhos e estuprou,
Estas são as incentivadas,
Aquelas que o povo gosta
De manter,
De dar existência.

Parabéns Rahat

Ra- então, nos encontramos,
Ha- você é meu sorriso,
T- Te amo mais que o mundo!
Ah- Você é muito especial,
Me- Meu maior sonho,
D- Desejos e realizações
Se misturam entre nós.
Razão do meu existir,
Amor pra vida inteira
Hoje me sinto segura,
Amigo e parceiro pra
Toda hora.
Anjo que Allah me colocou
Hoje me vejo realizada,
Mais que sonhei,
Encontro no seu abraço,
Deixo sob suas forças.
Rio do passado,
Antigas coisas que me feriam
Hoje não me tocam
Antes me levava a loucura
Tanta coisa da qual você
Me salvou
Que não sei ser sozinha,
A verdade chega e bate,
Você vem e retira o véu da face,.
Amo você em tudo,
Hoje quero ser melhor,
Meu amor,
Em você encontro amparo,
Depois de você,
Eu me vi tão grande,
Tão realizada,
As simples coisas,
Meu amor,
Deixam de ser simples
Para serem esplendorosas.
Feliz oito de julho,
Feliz ano,
Feliz aniversário,
Feliz estamos juntos.

Feliz Aniversário Rahat

Hoje comemoramos
Mais uma data no calendário,
É difícil precisar qual dia
Não teríamos o que festejar,
Mas, o hoje realmente é especial:
Seu aniversário.
Sou grata por estar ao seu lado,
Nunca imaginei conhecer
Um anjo feito você,
Um homem íntegro e bom,
Um garoto que me fez única,
Viu minha força
E me fortaleceu mais ainda.
Você chegou pra dar brilho,
Trazer vida a estes dias
Tão difíceis de se viver,
Você é meu maior acerto,
Meu sonho consumado,
O ápice de tudo que sempre sonhei.
Agradeço a Deus
Em casa dia por estarmos juntos,
Eu jamais poderia pôr em palavras
O quanto você significa pra nós:
Éramos eu e o Wolverine,
Hoje somos em uma família enorme,
Porquê você nos abraçou,
Nos amou, amparou
E deu sustento para nossa existência.
Obrigada, Rahat,
O Bruh reza por você papai,
Papai a mamãe te ama,
E o Wolverine também reza,
E te ama muitao,
Somos felizes todos juntos,
E a comida é a melhor do mundo!
Estão são também
As palavras das crianças,
São as minhas,
E te amamos demais
Meu amor.

terça-feira, 8 de julho de 2025

No Caico

Ela teria deixado
De remar,
Até que a correnteza
Decidisse qual o ponto
De assusta-la
Para que a acordasse
Do transe de olha-lo,
Sem poder desviar,
Para retornar a remar
E seguir até a margem.
Porém, a água estava turva,
Ventava forte,
Seus cabelos amparados
Num coque se desprenderam
E voavam para seu rosto,
E o caico seguia muito rápido,
Um deslize
E estaria distante demais
Para ter força suficiente
De voltar ao ponto de partida.
Neste instante,
Enroscou o remo na saia
Esvoaçante amarela,
Praguejou em silêncio,
E percebeu olhando
Para os lábios macios
E bem feitos em frente a ela
Que “voltar ao ponto de partida”
Jamais seria possível.
Então, desenroscou a saia,
Notou um estrago na roupa,
E permitiu ser guiada,
O caico foi rápido para o leito,
Bateu contra o Sarandi
Da barranca e teria derrubado,
O homem másculo,
De músculos torneados
E cabelo escuro e curto
Que não parava de olha-la,
Porém, ele parou,
Desviou o olhar para baixo,
Depois para o galho
Da árvore e segurou-se nele.
-esta com medo?
Ele indagou,
Sem olha-la.
Ela andou cinco passos
Chegou próxima a ele,
E estendeu o braço
Para pegar no dele.
- por quê estaria?
Ela indagou.
- medo de mim.
Ele respondeu,
No mesmo instante
Em que se voltou,
E levou o corpo
Até roçar nos seios fartos
De Nadira,
Fazendo seu peito arfar,
E ela se aproximar
Mais ainda dele.
- não entendi.
Ela respondeu em evasiva.
Ele levou o rosto até o dela,
Tocou seus lábios com a boca.
- de eu desejar te beijar.
Ela falou arfante.
Mantendo um braço
No galho da árvore,
Sem permitir que o caicó
Seguisse para muito longe.
- não.
Ela respondeu,
E tocou seus lábios
Contra o dele,
Tornando o contato
Mais forte e possessivo.
- você é forte e corajosa.
Ele falou,
Levando o braço disponível
Para o contorno da cintura
De Nadira.
- eu ainda não sei seu nome.
Ela continuou.
Mudando dois passos curtos,
Até sentir seu corpo colar
Ao dele,
Nunca agiu assim tão furtuita,
Mas o desejou de maneira
Desconhecida,
E sentiu um calor
Que a afogueou
Como uma espécie de possessão
Que não poderia resistir.
-Mirceu.
Ele respondeu entre
Os lábios dela com doces beijos.
Depois ele a soltou.
Se desvencilhando do galho
Com um empurrão
Para o meio,
Permitindo a ela voltar
A remar.
-eu gosto de você Nadira,
Mas suspeito não ser o único...
Ele falou em tom sério,
Que não admitia equívocos.
- é, você poderia ser
Um dos meus adoradores,
Eu não me oponho.
Ela respondeu,
E virou as costas
Para Mirceu para voltar a remar,
Reordenar o caico
No meio do rio.
- você disse que ouviu
Quando seu cachorro
De estimação latiu
Para estes lados da propriedade?
Ela indagou.
- sim, preciso reencontra-lo,
É meu menino.
Ele disse angustiado,
Se pondo para o meio
Do caico e firmando as vistas
Para ambas as margens.
-não será difícil encontrar.
Ela respondeu,
Depois voltar a olha-lo,
Ficando próxima demais,
Quente demais
Para ver qualquer coisa
Que não fosse Mirceu.
Ele a puxou para seu peito
Sem aviso,
Lhe beijou intenso e ardente.
- gostaria de encontrar
Outra coisa,
Na verdade quero ver você
Mais tarde.
Ele disse entre beijos.
- não sei se é possível.
Nadira concluiu.
- esforce-se.
Mirceu respondeu,
Erguendo a saia de Nadira,
Lhe acariciando as nádegas,
E as cochas,
Então, pondo-a sentada
Sobre o banco do caico,
Enquanto se afastava
Para chamar o cão,
Que punha-se a nadar até ele
Sem aviso.
Mirceu estalou os dedos
Para Milinho
Que parecia sorrir
Da superfície da água,
Nadando rápido
E decidido até o caico.
Mirceu se agachou 
Para esperar o pequeno rottweiler.
Um cardume de peixes
Passou por baixo do caico,
Mirceu baixou os dedos
Para a água 
E pode sentir suas caudas
Enquanto eles subiam
Para algum lugar.

Saudades Valdez

Meu querido Valdez, Se não conseguiu Dormir noite passada, A culpa é minha, Faz três noites Que não durmo E o chamo. Desc...