terça-feira, 19 de março de 2024

Te amo

Há o abraço apertado,
O abraço caloroso,
O que você nunca mais quer,
E o que queria que fosse com ele.
Idealizado, sonhado, imaginado.
Há, então, o que houve.

O que houve é o mais incrível.
Não somente por ter sido tão querido,
Mas porque foi apertado, franco, caloroso.
Do que se imaginou foi melhor.
Parece que o sonho se desprende.
Torna-se real.
Perfeito.

Sonhado e conquistado.
Cumpre saber qual o propósito,
Se dura para sempre,
Ou se não passa de instantes.
Depois do tanto querer,
Não deseja-se que acabe.
O acabar é quase um não existir,
Não poder gabar-se ou repetir.

Acredita-se que abraçar é simples.
Engano.
Abraço é mais que encontro,
Demonstração de carinho e amizade.
É desprender-se para tocar o outro.
Ganhar por dar-se em liberdade.

Tem coisa mais inexplicável?
O ter.
Ficar.
Pertencer.
O abraço,
Já não sabe a quem mais satisfaz.

Debaixo de sonhos idealizados.
Enfim, o tornar-se realidade.
Verdadeiros temores doentios
Sopram aos ouvidos,
Eriçam os pelos,
Fazem apertar-se mais e ficar.

O deixar torna-se tão horrível
Que quase fecha-se os olhos para não ver.
O soprar dos sonhos sobre os cabelos é outro.
É um calor de palavras e respirar.
Senti-lo absorver o ar que eu respiro,
O cheiro que transpiro é surreal.
Outros ares queimam.
Ressoam feito demônios aproximar-se.

Fundo-me a ele e nenhum outro.
O quero perto.
Este respirar quente me reaviva.
Me faz sorrir,
Me traz felicidades incontáveis.
Turbilhão que atira-se aos meus cabelos
E acaricia a pele.

Me sinto tão pequena
E seu amparo me faz tão grande.
Me faz juras que não me atrevo,
Promessas que não sou capaz de dizer.
Eis aí um Deus quente e carinhoso
Que vem realizar meus sonhos.

Sente-se em tudo isso grandes felicidades.
Sinto nele toda a paz e conquistas.
Existem amores de fazes
E o que é para a vida.
Sua respiração é cheia desse mistério.
Do mesmo modo seu abraço.
Ambos seus e meus - nossos.

Também seu calor me é encantador.
Debaixo de seus beijos
Sou a mais desinibida.
Há amores que se reconhecem,
Vejo isso nele.
Ele compõe-se de tudo.
E de amor é o mais atraente.
Mais profundo.
Mais senhor do que desperta.

segunda-feira, 18 de março de 2024

Amar

Uma vez adquirido um coração,
É difícil viver sem,
Creio que não volta a emoção,
Acho que é difícil esquecer.
Ou não.
Será que sentimento é de se crer.
Com mero descrer se esquece.
Assim, tudo se acaba.
Simplesmente, acontece.
Desacontece da mesma forma.

As bênçãos de amar vem aos montes,
Feito um prato cheio,
Alimento para a mente,
Força para seguir um destino.
Não há nada a se ganhar
Ao fugir dos sentimentos.
Amar é bom
E valora a vida.

Sou humanamente incapaz de esquecer,
Negar o que houve
Ou me arrepender,
Eu gosto muito do que foi 
Mesmo que não queira nunca mais,
Gosto por ter acontecido,
E do que me tornei a partir.

Por conta própria,
Me sinto perdida sem aquele que amo,
Por amar a ele de forma desmedida,
O vejo como benção e relíquia,
Religião, alimento.
É um amor novo sob véu antigo,
Com ele sinto que nunca houve outro,
É como se ele estivesse a me esperar,
E eu em sua procura.

Em dezenas de amigos,
O vejo como a um Deus,
Viveria sob diversos afagos,
Mas não como com ele.
Ele é diferente.
Eu sinto isso.
Elevo meu coração ao alto,
E ele é mais alto.
Sorrio.

No meio do esplendor da magnitude
De um céu de março,
Eu espero a chuva para molhar a terra,
Ver as plantas crescerem,
E nossos sonhos virem junto.
Mas se tudo se fosse,
Ainda assim restaria algo.
O amo.
E não gosto da ideia de que outro…
Queira me amar,
Sentir ou que eu retribua-o.
Não há ou haverá outro como ele.
Homem é um só.
É ainda possível ver um belo dia.

Tudo está nublado.
Calor em excesso e frio estranho.
Não me assusto.
No horizonte pássaros voam aos bandos.
Dirijo-me para a terra e não sinto medo.
Por que estaria errado ama-lo tanto?
Me sinto em ódio ante a ideia de outro.
Não haverá como.

Não há outro como ele.
Ora, ele é Rahat.
O príncipe.
Meu amparo.
Não me sinto insegura em definir o que sinto.
Ele não desperta medo de perde-lo,
Ele deixa a traição distante.
Ele é um cara louco.
Eu gosto muito que esteja perto.
Gosto de fazer sexo.
Acordar e ver ele.
Ele lava bem a louça.
Sabe levantar o copo de um jeito bonito.

Dança legal.
Cuida muito bem dos nossos filhos.
Se eu tenho medo.
Ele está comigo.
Não sei porque me escolheu.
Mas eu gosto disso.


domingo, 17 de março de 2024

Carta

Haveria coisa difícil a ele.
Deixar-me.
Nunca me foi possível.
De joelhos a implorar-lhe.
Fique.
Não me deixe.

Só hoje.
Não faço por ele.
Faço pelo que sinto.
Estou louca e a solidão me adoece.
Ele não precisa falar muito.
Dividir os afazeres.
Me pôr em suas preces.
Me queira.
Não quero ser aquela a estar a espera.
Fique.
Apenas.

Mas e [mesmo assim] ele fez isso.
E quando não está.
Sinto que morro.
Preciso vê-lo.
E ver não basta.
Preciso senti-lo.
E perder não adianta.

Sua graça é suficiente.
E seu amor é meu auge.
Não me deixe, por favor.
De joelhos e lágrimas no rosto.
Imploro sem orgulho ou dor.
Tenho medo de sua ausência.
Do tempo em que não o tive comigo.
Sou fraca.

Você nunca soube o quão perto estive de morrer,
Talvez está conversa seja antiga.
Mas, agora resplandecem outras possibilidades,
De outrora era minha favorita.
Você me dá alternativas.
E eu gosto daquela em que estamos juntos.
As outras eu dispenso.
Meu pressuposto.
Exposto.

Motive-se de seus desejos.
Sonho em ver-me por objetivo.
E que minha ausência não o faça mudar de idéia.
Não se afaste.
Me alegra e espanta.
De que céus me cai em mãos está garrafa?

Nela uma carta.
Para ve-la eu perco o frasco.
Vidros espalhados.
Escritas desconhecidas.
Não deveria me interessar.
O interessa menos.
Mas, eu abro a carta e a leio.

sábado, 16 de março de 2024

Seu Sorriso

Contudo me pergunto se posso sobreviver,

Olho direto no rosto dele,

E penso se não me quer,

Antes de tudo como sobreviver,

Não importa o posterior,

O amo com certeza de profunda estranheza.


O amor sabia que eu amaria,

Outro alguém não duvidaria,

Mas eu jamais acreditaria,

Não havia como antecipar…

Simplesmente aconteceu,

Eu perdi o controle e não sei recuperar.


Ele sabia que eu esperava,

É o tipo de homem que é munido de certezas,

E eu nunca quis mais mentir como naquela hora,

Só quis apagar suas certezas,

Roubar suas rédeas que me prendia,

Escapar, fugir e me entregar.

Feito uma caça liberta,

Que foge apenas para ser presa.


Quase corri ao seu encontro para dizer que o amava,

Que o esperava,

E nunca quis mais que ser sua.

Mas nenhuma mulher segura

Quer seu homem no controle,

Não tanto.

Não era o orgulho que me feria,

Não era sua pele simples e vibrante,

Nem aqueles lábios cheios e petulosos.


Eu o amor,

Pronunciado em baixa voz,

Que até seus ouvidos se esforçariam para ouvir,

Fronte baixa e segura,

Quis pôr uma sombra sobre meu rosto,

Esconder a insegurança,

Mas eu não era como as outras.

Não tanto.


A admiração que sinto por ele e seus modos,

Rapidamente sinto por sua família,

Nutro por ela respeito,

Sem ama-los não poderia ama-lo tanto.

Não seria suficiente.

Quero ser melhor para ele.

E este sentimento estende-se,

Como amar o bastante…


Em sua boca o adorável,

Perigosos e esplendorosos lábios cheios,

Chocolate quente percorre-os,

Me sinto queimar em fome.

Devora-los, beija-los até me saciar neles.

-Esta moça seduz-me a matar.

Diz -me.

Me vejo a implorar.

Favorece-o.

Sim.

Meu desejo o favorece.


A beleza basta ser bela para ser suficiente.

Mas ele é mais, muito mais que pele.

O amor em mim o rodeia,

Circunda cada detalhe e o deseja,

Preciso de sua humanidade para ser feliz,

Contempla-lo é viver!

Te-lo é plenitude!


Ele tem um sorriso

Que por todos os motivos do mundo

Diminuem o sofrimento,

Amena o ocioso,

Aquieta o tormento.

Quer que fale sobre?

É divino!

É um menino ainda

E eu nem sei porque razão!


Distribui seus sorrisos sem ideia de domínio,

Mas eu a tenho e o sigo,

Persigo e amo-o com todo o medo do mundo.

Há uma coisa parecida com seu sorriso.

É seu abraço!

Apertado, caloroso e próximo.

Me encaixo e fico.

Olho em seus olhos e o vejo.

Profundo, seguro e íntegro.


Rahat tem esse sorriso,

Tem o abraço,

Segurança, integridade e profundidade,

Quem o vê sabe,

Quem se aproxima entende.

-Ele é doido por gostar de mim.

Eu sou apenas comum e simples.

Ele é que é meu característico.

Outro tão lindo quanto seu sorriso,

Seguro e profundo como seu abraço

É te-lo abrigado ao meu colo.

Se tem mais perfeito?

-Ah, o sexo!

quinta-feira, 14 de março de 2024

Beijo

Eu escolhi obedecer e acreditar,

Seria uma conversa social,

Com o trivial, sexo passageiro,

Mas, seu olhar me pediu mais que isso.

Eu não consegui resistir,

Meu olhar não pedia exigia você aqui.


Convidei- querido, vamos ficar juntos?

Peguei sua mão esquerda

Retirei-a de sua postura e a trouxe para meu seio,

Deslizei apenas um pouco,

Recostei ao meu coração.

-me entenda, é bem mais forte que eu.

Aqui de pernas trêmulas não posso 

Para de olhar em seus olhos.


Imaginar sua boca

É mais que lhe dar crédito,

Não consigo vencer o que sinto.

-Vamos ficar juntinhos,

Tipo assim, mais íntimos.

Soltei sua mão em minha perna direita,

Levei-a para a frente.

Lhe fiz me tocar,

Sou confessa,

Me desculpa.


  • É tolice obedecer a um olhar?

Que droga,

Seu olhar me exigiu tanto de sentimento.

Quis protege-lo,

Ter você comigo,

Transar com você por horas e horas.

-Rahat.

Eu disse para mim

Olhando o chão,

Contemplando meus pés cansados.


Foi o primeiro nome que tive comigo,

Ele, o primeiro, grande cara que desejei,

Suor, lágrimas e outras coisas.

Quis provar do que antes não queria.

Virei para ele toquei seu rosto e o trouxe,

Pareceu tão fácil

Que não ousei tocar mais forte,

Fiquei sorvendo seu cheiro,

E sua saliva.

-Sede!

Eu disse e mais nada.


-Dê quê?

De viver, provar, intensificar.

-Sede de amar.

Jamais esquecer, errar ou ficar distante.

Ilusão, fadiga, opressão.

Que droga o direito parecia gritar ao ouvido,

Tanto tempo entregue a estudos,

Agora, então, o amor!

Ora, o tolo, ingênuo e nada simples amor!

Nada mais sórdido que se apaixonar tão fácil.

Querer, exigir, estar, pertencer…


-Rahat não me fez senão bem.

Amei-o tanto, tão rápido e fácil

Que tudo gritava aos meus ouvidos,

Irritava e era diferente,

Eu não sabia reagir,

Querer tanto,

Ser possuída e não possuir.

O ato de ser de alguém é complicado.

Não o beijei.

Vingava-me de quem despertava tanto amor.


Vingava-me de todos os que um dia 

Eu tentei sentir afeto,

Cada beijo ou carinho inventado,

Vingava-me de mim por ser tanto

E tão terrivelmente sua!

Eu precisava do gosto do perder,

Imaginar não te-lo,

Não ser,

Já não me pertencia,

O solo em que eu estava sedia,

O anterior todo se rompia,

E ele, íntegro e passível ao meu redor.


Quem pensasse mal dele me feria,

Me vi obrigada a reprimir-me.

-Por que sentir desta maneira?

Eu o indago em voz alta.

Quero uma resposta sobre eu mesma,

Entender solo que tanto pisei

Se apresentar tão desconhecido.

-Ora, eu desperta por um homem!

Irônico, estúpido, desmedido.


Cativa deste homem.

Serva do sentimento pertencer,

Amar um bem-querer

Mais que ama-se a liberdade.

Estar liberta por ser.

Ser sua. Querer.

Querer é complicado.

Proximidade.

Beijo indecorado.

terça-feira, 12 de março de 2024

Um Olhar

Aqui podia-se crer no indescritível,
Estar-se diante de um sonho,
Afigurou-se que estava em pé,
Entre um muro e a moça de olhos tormentosos.
O impossível!
Saiu de sua boca sem poder disfarçar.

Olhava-a como se não tivesse o mais,
Que fazer?
Olhou para suas mãos vazias,
Sempre tão ocupadas agora neutras.
O olhar que ela entregava não via,
Queimava.
Desfigurava.
Desnudava cada palavra.
Roubava.
Não sentia-se ou encontrava a fala.
Não se havia.

Era uma questão de estar farto.
De tanto ter-se via-se vazio.
Aquele olhar parecia abrir caminhos,
Criar um espaço de abrigo,
Afugentar tudo que havia e ficar,
Ele não precisava de pedidos.
Continha sonhos.

Sem saída de um lado.
Sem meios de ação de outro.
Umedece-se seus próprios dedos.
Quando sente seus lábios,
Entende o que ocorre a poucos passos.
O amor.
Falta confiança
Quando tudo que se confia está a ver-te.
Acostumado ao metodico,
Sentia, só agora, o desmedido.

Uma das primazias na vida é observar,
No entanto, o ver e ir adiante, é outra coisa.
O comando observar ativa-se por automático,
Contudo, ações anteriores não regem passos,
Não possuem valia para o olhar da moça,
Esse lindo olhar requer mais que o passado,
Requer aproximação e cautela,
Busca amparo,
Busca ficar.

Comandos quebrados.
Único propósito.
Adeus ao seguro homem de negócios,
Bem-vindo a aquele sonhador,
Volta a atenção ao céu, ao redor.
Não basta.
Dispõe-se ao diferente ao experimento,
Espera-la.
Há dentro dele uma busca desconhecida,
Entrega-se a ela.

segunda-feira, 11 de março de 2024

Pecado

Todo pecado é ato de rebelião contra Deus,

Mas meu pecado não poderia ser maior,

Foi contra aquele que mais amei,

Teve por resultado a dor,

Triste angústia de um coração que ama,

E já não sabe se pode recuperar.


O orgulho, nisso, é o mais destrutivo,

Ver o rosto corado e em prantos,

Não por vergonha devido ao erro,

Mas por manter um tapa na cara

Que nunca foi dado,

Nem menos merecido.


Não.

Ele não me bateu.

Mas foi responsável por minha ruína pessoal,

Não sei se ainda tenho coração,

Cai em solidão profunda,

Destruída, abalada e aos pedaços,

Resta pouco, muito pouco.

E este pouco se junta tão rápido

Ao seu sorriso,

Que entendo tudo de que preciso,

Seu abraço e carinho.


Errei por um minuto,

Não fui forte o bastante,

Não pude impedir o fato,

Nem venci a tentação. Errei.

Por quê!

Vejo-me naquilo tudo

E pouco resta do que houve para entender.


Ignorância.

Tolice.

Naquele grande abraço dele

Me coube.

E isto foi tanto

Que não soube me conter.

Naquele porto seguro,

Naquele pequeno moço grande homem.

Eu errei.

Abraçada a ele e desesperada.

Errei.


Saudade você não verá mais neste rosto,

Apenas dor.

Sim. Dor e por quê!

Obsessão por mante-lo comigo,

Doentia numa entrega sem reservas,

Mas houve.

Reservas, mentiras e segredos.

Por pouco tempo, muito pouco.

Mas a olhar para o hoje,

Com o contar das horas percebi

Que nem tão pouco.


Notifico a ponta da língua,

Quem dera nunca mais sentir ou falar,

Não me valem beijos ou promessas,

Há soluços em meus pensamentos,

Um agudo de promissor.

-Adeus foi por você meu amor!

E nisso vi ele soltar minha mão direita e ir,

Guardo o calor, cheiro e dor.


Debaixo do peso desta tristeza

Febril eu ainda sonho muito,

Olhos serrados,

Sonhos despedaçados,

Descalço os pés para sentir o piso frio,

Queira Deus houvesse um descuido,

Um resvalar e

Adeus profundo.

A Cobra Rosa

Houve invasão na chácara, De repente, Todos os bichinhos Correram assustados. Masharey subiu na pedra Mais alta, Que há a...