domingo, 24 de janeiro de 2021

Homem Ferido

A saudade como um calmante, afagando sua ausência,

Um pouco mais claro que antes, soavam minhas ideias,

Enquanto suas promessas me tomavam pela mão,

E traziam-na de volta, em meu abraço, no meu coração,

Era uma espécie de ir e vir bastante nostálgica,

Os momentos vividos se misturavam com os de agora,

 

Eu já não sabia em que acreditar ou no que me apegar,

Fosse amor ela ainda estaria comigo, eu preferia acreditar,

Me vejo inerte nesta cadeira, de trago em trago afogando o ego,

Situação difícil jurar amor e receber em troca um dar de ombros,

Eu carecia de razão, precisava me amparar, ser mais altivo,

Na falta de emoção, atitude ressoavam aos meus ouvidos,

 

Não que eu tivesse desistido de amar, não era isso,

Apenas estava entregue a um sentimento cabisbaixo,

Quando você aposta alto e se vê perder, em farrapos,

Alguma coisa se rasga dentro de você e não volta a ser o mesmo,

Nesta aposta eu perdi muito, minha alma eu acredito,

Com os olhos intactos nem uma lágrima rolou por meu rosto,

 

Mas seria pedir demais que ela tivesse um pouco mais de respeito,

Ter mexido comigo não era o bastante para me dar um abraço?

As promessas que eu fiz ainda como amigo, foram poucas para oferecer abrigo?

Sim, por que eu caí, me vi desamparado, em frente aos seus olhos,

E ela não conseguiu fazer nada, nem uma atitude passou por sua cabeça?

Quando eu estava ereto e intacto, por que ela me forçou a desabar?

 

Até agora uma parte de mim se recusava a aceitar esta desfeita,

Eu que tanto soube escolher as palavras não encontrei a mulher certa?

Não bastava ser eu mesmo para satisfazê-la, o que fez falta?

Me desculpe por perguntar, mas esta pergunta ainda me cala a garganta,

Estou a me afogar nela, preciso falar para que me ouça, me desafoguear,

De outra forma, como eu poderia entende-la, então, está o mundo a errar,

Não ela, não é, nunca; Por quê erraria a mulher que eu fiz minha?

 

A escolhi para ser única em minha vida, não a outra como ela queria,

Por Deus, em minha alma ainda ressoam seus atos, suas palavras,

Sua ausência ainda grita tão forte que sinto que não a posso controlar,

Me abandonou ao acaso apenas por que eu a tirei de lá?

A pedi para que me fizesse uma lista de como conquista-la,

Queria apenas algumas dicas, querida, você não poderia se esforçar?

 

O sonho de amor em que sempre acreditei, o mesmo que vi brilhar no seu olhar,

A fechou em si mesma, me excluindo de lá, desviando-a para outro lugar,

Apenas dissesse aonde ir, e eu iria, sempre estive disposto a te encontrar,

Não deixei transparecer isso em cada detalhe, cada ideia?

Meu bem, apenas diga, não fui suficiente para convencê-la?

Como pode me deixar enrijecido nesta dor que me fere impiedosa,

Eu chorei ainda na sua frente, você não pode me enxergar?

 

Estivesse eu, estagnado na sua frente, você não poderia derreter-me?

Querida, eu não soube reagir, você queria que eu representasse?

Nem mesmo um toque seu houve ou um sorriso em sua fonte,

Nada, nada em que eu pudesse me apegar, nem mesmo uma promessa forte,

Senti cansar meus dedos, não tinha mais em que me segurar,

Estava de olhos fechados quando minhas forças esvaíram na sua frente,

Mas eu não, então me vi descer, escorregar, até, não sei bem aonde...

 

Ainda guardo cada detalhe em minhas memórias, isso me faz bem,

Eu a amarei por uma vida, nunca amei assim outro alguém,

Mas não imagina o quanto doeu te ver ausente de mim, inerte,

Quanto ao que eu sentia, inconsistente, quanto ao nosso amor, indiferente,

 

Você não foi capaz de perceber em nenhum momento que me destruiu?

Minhas defesas ruíram, permaneci preso as promessas que você proferiu,

Fiz delas meu amuleto, se você não notou, será que pode recordar agora?

Não dói o tanto que padeço, cada pedaço que se desfragmenta em minha alma?

 

Querida, me refiro a aquela alma que um dia jurou concertar,

Que um dia você prometeu amar, cuidar, aquela que fiz sua,

No mesmo instante, em que te coloquei num pedestal: minha,

Eu acreditei no reflexo que havia em seu olhar, querida,

De todo o nosso amor, não sobrou nada, nada em que me agarrar?

Aqui onde estou, não tenho forças suficientes sem você me ajudar,

 

Você pode, por favor, ao menos uma vez me apontar uma saída,

Querida, se dependesse apenas de mim, não haveria problema,

Mas aqui estamos nós perdendo-nos entre os espaços,

Me sinto carente dos seus beijos, padeço por seus abraços,

 

Em nenhum momento você desejou se aproximar de nós,

Então, poderia responder-me porque lá fora você foi diferente?

Da sua boca, não houve uma única palavra para consolo,

Nada a me dizer, ao menos em um pequeno instante?

 

Era tudo uma questão de fingir um amor correspondido,

Usar minhas próprias juras contra mim mesmo?

Ferir-me assim, que castigo, justo aquela para quem jurei dar abrigo...

Aquele sonho de amor que sonhei me foi afastado,

Por você, e este seu doce rostinho adorado, me sinto fraco,

Como posso escapar deste martírio ao qual me coloco,

Doce Amor, como pode jurar abrigo e agora, não estar mais comigo.

Moças e Seus Saltos

 

Examinava de uma a uma, cada palavra,

Gostava de contemplar o efeito delas,

As pessoas gostavam de procurar conforto nelas,

Mas, para mim, elas pareciam vazias de tudo e de si mesmas,

Não importava que frase fosse pronunciada por suas bocas,

Nada além de saliva tocavam-nas, estavam áridas, secas,

 

Se houvesse alguma doçura em algum momento em suas almas,

Elas, deveriam tê-las tragado para si mesmas, consumindo-as,

Perdendo-se, no labirinto em que caíam, traídas - as traidoras -,

Sobre o amor em suas almas, infelizmente estas eram as notícias,

O fato de eu poder me abrir um pouco, expressar minhas ideias,

Me conforta sobremaneira, mesmo que minha ideia pareça vaga,

 

Deixo a liberdade para discordar de mim o quanto precisar,

Não entendo essa mania corriqueira de querer forçar as coisas,

É como se em seus olhares chorosos houvessem algemas,

Usam suas vozes melodiosas para apaziguar as coisas,

Colocar véu sobre os vazios em que foram consumidas,

Escondendo-se dentro de si mesmas, para emergirem barulhentas,

 

Suas vozes fazem eco aos meus ouvidos, mas não dizem nada,

Seus saltos altos, suas roupas esvoaçantes, nada me toca,

Será que é impossível pensarem um pouco por si mesmas?

Ai de mim se me identificasse, de antiquado a machista

Seria definido, com toda a certeza, mas e se eu me definir como pessoa?

Haveria alguém convicta o suficiente para dizer quem eu sou agora?

 

Peço que não me queiram mal, não é minha intenção discordar,

Nenhuma das minhas frases são embebidas em raiva,

Podem até conter uma lágrima ou outra, mas com certeza,

Estão carentes de qualquer vestígio de lamúria ou incerteza,

Bom, aqui não poderiam definir minhas palavras como secas?

Uma lágrima e uma palavra, de repente uma frase pronta,

 

Por quê, todas tão desapegadas em cuidar umas das outras,

Pode haver pouco sentido no que eu digo, alguém concorda?

Alguém gostaria de conforto no que tange aos problemas,

Sempre tão absortas em si mesmas, para que esta tal concorrência?

Qual a graça de conquistar o primeiro lugar sem ter com quem contar?

Qual o sabor da vitória se chegar ao final sem ninguém para abraçar?

 

Sempre a espera de suas habilidades e experiências camufladas em conquistas,

Qual o sabor da vitória se para conquista-la teve que burlar lê-a?

Vejo-as condenadas ao abandono de si mesmas,

Então, já encontraram a resposta, quem eu sou agora?

Melhor um dar de ombros que encarar a verdade em minha fala,

Abrir-se ao inseguro do que encarar seus medos sem pestanejar,

 

Há algum problema na sinceridade umas para com as outras?

Sempre com suas manias de se colocarem poderosas,

O que há de errado em descer das nuvens e andar com os pés na terra,

Essa água que afoga suas gargantas não poderia, ao invés disso, lavá-las?

Isso para o caso de que algo aqui embaixo pudesse sujá-las,

Afinal, definem-se as indefinidas – imaculadas? - ,

 

Embora, apenas e até enquanto as convém, e ainda se julgam, as sábias,

Inteligentes em quê? Na arte de enganar, em despencar de suas almas,

Em destituírem-se de tudo, sempre vazias a vagarem por si mesmas,

Não podem sair para fora e contemplar um pouco além das suas janelas,

Para que servem seus olhos senão para avistar um pouco na dianteira,

Que importa o tamanho das suas calças se nem possuem ideias próprias?

Se colocam na defensiva para manipular, peritas na arte das falácias,

 

É certo que o dia da verdade chegaria, por que não poderia ser agora,

O que estou a dizer não é mera queixa, as palavras em suas bocas,

Ceifam-nas, a todas; como uma faca afiada poderiam cortar as rédeas,

Contudo, lá estão elas, petrificadas em suas posições de vítimas,

Achando que enganam, estagnadas em ideias feitas por outras,

Vocês não são donas de nada, nem do que pensam acreditar,

 

Emudecidas com suas vozes presas na garganta, enganadas,

Traídas - as inertes -, as submissas presas na ideia de liberdade falsa,

Há algo em vocês que ainda possa se definir em sua forma verdadeira?

As defensoras do nada, credoras na arte de serem enganadas,

Gemendo em suas camas desarrumadas, as peritas falseadas,

Apegam-se ao gozar como se ganhassem nisso uma medalha,

 

Já pensaram em dar prazer a quem entrega-se a essas camas?

Chegou o instante de se falar de sexo, o que teriam a falar?

Há algo verdadeiro que valha ser ouvido e que se possa acreditar?

Suas falas descabidas são como zumbidos que não querem cessar,

Me recuso a ouvi-las, como eu poderia abraçar suas ideias,

Vocês se apegam a que quando tentam convencerem a si mesmas?

 

Mesmo estes seus movimentos, agilidade e força estranha,

Usam seus saltos para mexerem suas bundas,

Mas não conseguem usa-los para se colocarem em suas vidas?

Precisam sempre esvaziarem-se e prostrarem-se, ajoelhadas?

Qual é a posição mais perfeita na qual se veem favorecidas?


Não consigo passar por vocês sem registrarem-nas,

Sempre tão carecedoras de ideias, as libertadoras,

Se afastem daí, me coloco a postos para dialogar,

Querem coesão para as suas ideias, então, aí está.

Parada na Encruzilhada

Tudo, de repente, ficou subitamente leve,

Como se flutuasse para algum outro lugar,

Onde eu, com certeza, nunca iria estar,

Tão longe quanto a vista poderia alcançar,

Impalpável por mais que eu quisesse pegar,

 

Tudo passava tão rápido quanto um piscar de olhos,

Eu me sentia, estagnada, como se estivesse parada,

Um frio intenso parecia me pegar pelo braço,

Me sentia rígida, trêmula, sôfrega, faltava o ar,

Como se em tudo aquilo, eu não passasse de reflexo,

Me sentia distante, não parecia me encaixar em nada,

 

Do que eu ouvia ao que enxergava havia um abismo,

E eu estava a um passo dele, prestes a cair em queda livre,

Em um vazio escuro e infinito sem nunca encontrar abrigo,

Minhas forças esvaiam-se feito água pelo chão escorregadio,

Passos curtos para o destino certo e traiçoeiro que me esperava,

Ao meu redor sentia vibrações de corações famintos,

Mesmo o meu pulsar já não correspondia as expectativas,

 

Eu tentava me posicionar de uma maneira ou outra,

Mas tudo parecia fora de lugar, uma desordem que ninguém entendia,

Eu tateava pelas paredes frias queria encontrar palavras,

Mas elas emudeciam na garganta, mesmos meus gestos, ninguém via,

Naquela estrada de mão única havia uma enxurrada que tragava,

Eu tentava me esquivar dela, via-os percorre-la, mas algo em mim se recusava,

Se alguém lá embaixo pudesse me ouvir, ou me entender ao menos um pouco,

 

Mas eu me sentia a cada dia mais sozinha, todos estavam partindo,

O relógio andava ao avesso, os ponteiros se posicionavam apressados,

Nada parecia corresponder ao que eu havia sonhado um dia,

E eu ali, tentando não ficar inerte, a um impasse de me ver resvalar,

Por aquele caminho tortuoso e inseguro, meus dedos trêmulos falharam,

Apenas um pouco, por poucos segundos, tempo suficiente para ser carregada,

Distante demais para me inteirar de tudo o que acontecia,

Apenas um eco de tudo que ouvia repetirem com sorrisos de boca a orelha,

 

Naquele instante desejei não ter caído por terra, não ter provado aquele gosto amargo,

Uma promessa e um beijo, o bastante para me fazer acreditar,

O suficiente para me derrubar e me fazer recuar, por apenas mais um tempo,

O destino me indicaria a hora certa, eu precisava me recuperar, estava ferida,

Por mais que quisesse não conseguia acompanhar aquele caminho escorregadio,

A dor que estava palpável em meu peito, agora marcava meu rosto,

 

Era vista por todos, contemplada por quem quisesse ver, não havia segredos,

O medo estava descortinado, o véu da ausência havia sido removido,

Triste destino de um coração sonhador, a mesma ausência fez sua morada,

Uma lágrima escorregou dos meus olhos e molhou meus lábios,

Levantei minha mão queria secá-la, apagar seu calor que me feria,

Como se não se colocasse tão distante minha boca ficou ressecada,

Parecia desfragmentar a olhos vistos, se havia algum remédio era desconhecido,

 

O medo criava suas raízes nas profundezas da minha ausência,

Eu apenas desejava, que algum dia, alguém pudesse removê-las,

O inseguro tão impalpável agora parecia se desenhar ao meu redor,

Queria poder traduzi-lo, que triste esperança, alguém iria acreditar?

De repente, todos andavam a passos largos para aquele caminho,

Embora eu acreditasse que ninguém queria realmente estar lá,

Ninguém ousava reclamar a esse respeito em alta voz, nem se recusar,

 

Os ponteiros do relógio davam a tudo um ar mais passageiro,

Horas se desprendiam em minutos e por sua vez em segundos,

Olhos afogueados derretiam até tornarem-se duros feito o gelo,

Eu, apenas desejava que tudo se desenrolasse rápido,

Que chegasse ao fim, quisera eu, pudesse impedir até mesmo o começo,

Como se houvesse essa possibilidade, pesava-me o silêncio,

 

Tentava me agarrar a segurança que não sentia,

Precisava pensar em algo, ser mais que aquilo que se desprendia,

E deixava-se escorregar, permitindo-se vaguear em um caminho perdido,

Em busca de encontrar-se apenas para depois perder-se de novo,

Havia, aos meus olhos, um círculo vicioso e tudo girava ao seu entorno,

 

Uma angústia dolorida berrava dentro de mim, sem que eu conseguisse contê-la,

Eu não tinha vontade alguma de me colocar tão incerta, deserta?

Desabrigada de sentido, coesão, o que me tomava não tinha explicação,

Eu baixava a cabeça sem emoção, algo batia em mim: meu coração...

 

Um meio sorriso brotava em meu rosto, um sobrolho arqueado,

A sensação ajudava a diluir o veneno dos olhares incrédulos,

Por eu ousar resistir a seguir o mesmo caminho errôneo de todos,

Quando o corpo não aguenta mais a gente baixa a cortina,

Se abriga ao que for para seguir, não toleraria ficar estagnada,

Em cada diálogo eu tentava examinar cada palavra,

 

Queria encontrar algum conforto em alguma delas,

Embora parecesse não importar qual caminho meus passos seguiriam,

Por sempre parecer ter destino certo aquele abismo traiçoeiro,

Um dia me deparei com uma encruzilhada em que havia uma placa


Com escritas em caixa alta, garrafais, lá dizia: uma promessa e um beijo,

Logo abaixo, em letras vermelhas e quase ilegíveis, uma mão se estendia,

Eu peguei minha caneta e desejei assinar o acordo, a-cor-do?

Estaria faltando algo? Talvez, a chuva tivesse apagado uma letra...

sábado, 23 de janeiro de 2021

Sem Pressa...




Ela estava meia deitada nos braços do esposo,

Olhos fechados coração aberto para os sonhos,

Que acabara de ver refletido em seus olhos negros,

Sem querer deixara escapar um gemido de desejo,

Erguera-se até ele, e o beijara com sofreguidão,

De maneira estonteante, absorta em sua afeição,

 

Sentia-se inebriada por um carinho que não saberia expressar,

Tocou seu rosto com suavidade, tentando acalmar o prazer,

Em vista de não ser tão apressada, queria aproveitar as horas,

Com o máximo de proveito possível sem medo de que tudo acabasse,

Abriu os olhos para avistar o rosto que tanto amava,

Com um sorriso nos lábios, beijou-lhe delicadamente a boca,

 

Passou a perna esquerda sobre o corpo dele,

Queria sentir cada parte sua, queria que o calor dele a puxasse,

Ele demonstrou entender seu sentimento,

Envolveu-a com o braço, puxando-a mais ao seu encontro,

O seio dela, agora recostava em seu peito quente e macio,

Estava um pouco mais deitada sobre ele,

 

Era como se os seus corpos falassem a linguagem de suas almas,

O calor ardia, queimava a pele, entre os beijos e carinhos,

Gotas de suor escaparam dela, molhando-o um pouco,

Ela fez um gesto de desculpas com a cabeça,

Enquanto se abaixava para sugar cada parte molhada,

Agora estava totalmente sobre ele, incapaz de escapar,

 

Desejava suas investidas, queria sentir-se desejada,

Amparada por seus braços seguros e fortes,

Era como se cada desejo do seu coração estivesse sendo ouvido,

Naquele instante eles já não pertenciam mais a si mesmos,

Eram apenas um do outro, absortos diante de tanto amor,

Como um cometa que desiste dos céus e cai por terra,

Inerte, a derreter-se em um doce fogo acalentador,

Calor que encontrava refresco nos beijos sedentos de suas bocas,

 

Sentada sobre ele, ela parou por um instante para admirá-lo,

Queria gravar em sua memória cada traço, registrar o momento,

Do carinho mais reservado ao afago mais provocante,

O sorriso que ele abriu deixou-a tremula, era estonteante,

Irresistível seria pouca definição para tudo que sentia,

 Ela passou a mão sobre seu peito, com esforço,

 

Não conseguia controlar a própria força,

Sentia-se fraca, absorta por aquela sensação que a consumia,

E entregava-a ele, como última saída, com uma urgência incontida,

Estava por inteira tremula, sôfrega pelo amor que a tomava,

Por Deus, que desejou com toda a alma, nunca mais pertence-la,

Seria totalmente dele, em cada instante da sua vida,

 

As horas ousavam passar no relógio, como se a identificassem,

Contando que mesmo todo o tempo do mundo já não seria o bastante,

Via-se absorta nele, em cada parte, agachou-se até estar nele,

Sentia-se penetrar sua pele, em uma entrega sem limites,

Prazer e amor se confundiam entre beijos e desejos desregrados,

Um fio de saliva percorreu seus lábios sedentos de carinho,

 

Como se nada dentro dela mais a pertencesse, esqueceu de si mesma,

Era inteiramente dele e cada parte sua desejava tocá-lo,

Com a intensão única de demonstrar o que sentia em sua alma,

Via-se tomada por um desejo insaciável, via-se desnuda por seu olhar,

Sentia que poderia confiar todos os seus segredos e ser compreendida,

Que poderia entregar todos os seus medos e vê-los afastados entre afagos,

 

Como se a confidenciassem para ele, os cabelos dela caíram sobre seu rosto,

Com um gesto tremulo e seguro, ele afastou para trás da orelha com carinho,

Depois curvou-se em seu encontro para beijar-lhe enquanto a acariciava,

Gemidos e sussurros ecoavam pelo espaço do quarto, pulsando um no outro,

Seus corpos agora, estavam juntos, unidos como em um único suor,

Seguidores de uma única vontade, entregar-se ao prazer que os consumia,

E não tinha pressa nem mesmo intensão de acabar,

 

O carinho tomava suas feições, unindo dois corações em amor,

O corpo dele possuía a força de uma rocha sustentando-a,

Sorte a dela, pois não tinha controle algum sobre si mesma,

Entre sorrisos, e gemidos ele sugava seus lábios com voz rouca,

Cada parte sua respondia aos seus carinhos, absortos em carícias,

Dedos percorriam sua pele, com um traço delineando-a,

Sentia-se queimar, derreter feito água sobre a cama macia,

 

Naquele momento todas as suas perguntas encontraram respostas,

Cada passo passou a ter sentido, antes acreditava em seus pontos de partida,

Mas agora, sendo totalmente sua, ela havia encontrado a linha de chegada,

O ponto máximo que havia desejado por toda a sua vida,

O auge de seus sonhos de mulher feita que era, a partir de agora,

Ela olhava para ele, esforçava-se ao máximo para demonstrar seu amor,

Queria ser amada na mesma medida e podia ver-se refletida em seus olhos,

 

Permitiu-se cair de novo e de novo sobre ele, agora estaria segura,

Não desejava pertencer-se, havia encontrado uma razão maior para si mesma,

Sentia-se a sorte em pessoa, quais eram as probabilidades de se encontrar o amor,

E ser por inteira retribuída? Tomada pela mão guiada e por única razão, negar-se a ser sua...

Por ter provado o amor que não cabia mais dentro da sua alma

E desejava ansiosamente derramar-se através das suas carícias, para que conteria?

Por que motivo se negaria a entregar-se a ele com tudo que sentia,

Se ele era seu em tamanha proporção que ela, retribuindo-a com toda a ternura,

 

Ela tentava encontrar as palavras certas, buscava uma linha de lógica,

Mas quando o amor toma as rédeas quem há de resistir-lhe?

Procurou de novo em si mesma, redesenhando o corpo dele com a língua,

Cada centímetro dele agora ardia de encontro a sua pele,

O melhor de tudo isso era que ao verem-se queimar, derretiam-se,

Abrasando, entregando-se um ao outro, isso era pouco ao que sentia,

 

Havia urgência, havia uma necessidade desmedida,

As horas perdidas de outrora, agora faziam a diferença

Na busca de saciar as carícias desenfreadas,

Algo berrava dentro de si mesmos e era extravasado,

Ganhava vida no fulgor de cada carinho expresso,

 

Espasmos violentos tomavam seus corpos,

Suas almas agora, tinham vontade própria,

E não desejavam mais permanecer no vazio de si mesmos,

Queriam entregar-se para serem completos,

Como um meio de contar suas histórias particulares,

Apagar cada erro e fazer disso um álibi para evitar deslizes,

 

Agora, o vazio de si mesmos criava um ponto de desvio,

Uma curva em uma estrada pouco percorrida,

Que através de afagos sinceros aceitavam ser preenchidos,

A delicada curva em seus corpos tinha uma razão de existir,

Traçar um limite para ser percorrida com calma, sem pressa...

Beijo na Boca

 

Ela o abraçou com força, desejando nunca soltar-se,

Seus corações batiam no mesmo ritmo, ele um pouco mais alto,

Abaixou-se até o seu ouvido, um convite ao silêncio,

Disse-a, eu te amo, com precisão exata, ela ergueu a sobrancelha,

De um jeito brincalhão, em descredito fingido,

Será que devo acreditar nisso, porque eu te amo e muito,

 

Sua voz soou sôfrega, suas pernas falharam por um instante,

Logo que, os dedos dele tocaram em carícias seu rosto,

Movimentando uma mexa do cabelo dela para trás da orelha,

Agora, ficava mais audível o que ele dizia,

E sua fala soava com efeito de um beijo quente e molhado,

Em resposta, seus lábios ficaram secos na medida do desejo,

 

Com um sorriso satisfeito, ela passou a língua por sua boca,

Depois afastou-se um pouco, para olhar em seus olhos,

Sentia-se pronta para o que viria seguir, segura do que sentia,

Ele também, e o beijo que aconteceu foi profundo e completo,

Não há a necessidade de palavras quando os atos falam mais alto,

Naquela hora, seus corpos pareciam gritar de encontro um ao outro,

 

Sedentos para aprofundarem o que antes era apenas um sonho,

Sim, ele indagou com uma cortesia no olhar que afastava a insegurança,

A atenção sobre ela era distribuída na medida exata, não havia o que pensar,

Sim, lhe respondeu encaixando-se nele em um abraço que despia a alma,

Seus corpos pulsavam em um derramar de amor incontido,

Era como se suas almas não pertencessem mais a si mesmos,

 

Se houvera alguma sombra de dúvida em seus olhares, foram afastadas,

Entre carinhos e amor desmedidos, lá fora a chuva caia, se derramava,

E o amor foi servido embebido em lábios apaixonados e sedentos,

Seus hálitos quentes despiam-nos dos medos e segredos,

Seus cheiros espalhavam-se pelo ar, a envolve-los mais ainda,

Depois de sugar uma porção de amor de sua boca macia,

Ele, ergueu-a com um abraço, colando seus corpos em um apenas,

 

Entregavam-se, um ao outro com a mesma sintonia, havia urgência em suas almas,

Isso gritava em seus atos, mesmo que as palavras não soubessem falar,

Na falha dos seus fôlegos, buscavam um no outro o ar para respirar,

Talvez parecesse insensato agir de forma precipitada, e... ansiosa?

Mas quem pode medir o tempo necessário para que o amor surja?

No exato segundo em que seus olhos se viram todo o resto fez silêncio,

 

O amor baixou a voz para ceder espaço a outras formas de expressão,

Quando as palavras falam mais alto do que a voz do coração?

No momento em que se traduz em fala todo o sentimento sentido,

Corre-se o risco de estabiliza-lo, reduzi-lo ao minimalismo,

Colocá-lo na referência que a palavra contém é forçar um aspecto,

Reduzi-lo ao exato teor que a palavra é capaz de expressar, nada mais que isso,

 

De repente, todo o amor que se expressou através dos atos vividos,

Estanca o fluir de todo o sentimento, petrifica-o a aquilo que foi dito,

Uma palavra, ou mesmo uma frase, nunca serão capazes de medir o todo,

Sem tentar forçar indiferença ou buscar esconder tudo o que sentia,

Ela gritou: eu te amo, com um sorriso convidativo, em alta voz,

Queria que todos ouvissem o quanto amavam-se, a exemplo de poucos,

 

A timidez era afastada por afagos e desejos distribuídos em seus carinhos,

A chuva batia na janela como se a afagasse, um trecho do que estava oculto,

Não havia o que se perder, quando dois corações se encontram em amor,

Tudo passa a se traduzir em uma linguagem natural, espontânea,

No mesmo instante, ele viu o sentido da sua força, segurar sua amada,

Pelo tempo que fosse preciso em seu abraço enquanto a beijava,

 

Não pensou em mais nada, só queria perder-se nela,

Para encontrar-se em cada parte sua, até achar-se amparado em sua alma,

Conhecê-la por completo, ser o dono de cada abraço,

O homem por quem sonhou por toda a vida, com toda a alma,

O homem dentro dele sentia-se seguro do seu destino,

Pois, na doçura dos seus beijos encontrou todas as respostas,

Mesmo com relação a aquelas que nunca ousou buscar,

 

Sentiam-se completos, seus corpos falavam por si próprios,

E respondiam-se na medida exata, quando se ama não há dificuldade,

As coisas se desenrolam em cada afago, no convite de cada sorriso,

Em suas respirações ofegantes e corpos suados, refletem-se,

Não há muito o que se pensar quando o amor fala mais alto que tudo,

Apenas transborda-se o que sente, pois, o amor é algo que vem no tempo devido,

 

Logo, que a sentiu entregar-se por inteiro, viu que encontrou a pessoa certa,

Talvez, isso ainda tenha ocorrido algum tempo antes, na primeira troca de olhar,

Os medos dissipavam-se no transcorrer dos segundos de afagos,

Como se um caminho de fogo traçado por mãos suaves fosse engolido,

Para retornar em horas de amor distribuído entre beijos incontidos,

Teria perdido o fôlego e sentiria tragar sua confiança, não fosse o eu te amo sussurrado,

 

Entre carinhos e afagos que pareciam nunca serem finalizados,

Visto a ânsia do pulsar dos seus desejos, incontrolados,

A chuva que caia lá fora, os lençóis desarrumados, as roupas deixadas a esmo,

Tudo perdeu o foco, só restando os dois a extravagar seus sentimentos,

De repente, seus passos ganharam um sentido de existência maior,

Seus destinos nunca mais seriam os mesmos,

O amor se fez, e o mundo ganhou novo aspecto.

Amor no Chuveiro

 

Quando seus lábios encontraram-se em esboço do desejo,

Os afagos que se seguiram despertaram emoções irrefreadas,

Aquelas mesmas em que acredita-se tocar o infinito,

As quais quanto mais se entrega mais se deseja, mais se ganha,

Uma espécie de perder-se no outro para encontrar-se em seus afagos,

Doce entrega entre sonhos e carícias distribuídas na mesma medida,

 

Com um pouco de sorte, seria destinado ao para sempre,

E ele se esforçaria para fazer o possível para tornar real,

Na distância de um afagar das suas mãos macias e suaves,

O amor saiu do seu coração e parou na ponta da língua,

Embebendo em carícia cada palavra pronunciada,

Em um desejo incontido que molhava sua boca sedenta,

 

Como se estivesse a implorar por um minuto de silêncio,

Em que, apenas sussurros roucos fossem pronunciados,

Doce instante em que o amor seria abafado por beijos,

E os afagos procurariam cada parte dos seus corpos,

Conhecendo e reconhecendo-se um no outro,

Seguros dos seus sentimentos, de alma aberta e olhos fechados,

 

Em um momento em que o mundo deixa de girar,

Muda o eixo, e tudo passa a ocorrer dentro de si mesmo,

Sonhos e realidade se misturam dentro da própria alma,

Para dispersar-se em afagos incontidos e retribuídos,

Um segundo de distância dos seus lábios,

Somente o tempo suficiente para indagar com voz rouca:

 

- Gostaria de fazer amor, você se sente pronta?

Ao final da pergunta, ele molha os lábios com a língua,

E vê toda a insegurança da timidez diluir-se através da boca dela,

Que ganha seus lábios com mordidinhas suaves e um roçar de lábios,

Abrindo-os com carinho, como se pedisse permissão em silêncio,

Apenas para afastar-se depois, abrir um sorriso malicioso,

Antes de sussurrar, “sim aceito”, com emoção entornada em beijos,

 

Seus olhos se viram despidos da fantasia e refletidos um no outro,

Como se suas almas guiassem suas mãos entre carinhos apaixonados,

Bem que se gostaria de não ter tempo para acabar,

De amar e amar por uma vida inteira e um segundo a mais,

Momento em que o frio dos seus corpos é despido,

E um cobertor de carinhos é sobreposto, aquecendo-os,

 

Apenas sussurros de amor incontido rompem o silêncio,

Juras de amor são acordadas e ganham vida em seus afagos,

Sorrisos de aprovação, vozes emergem diretamente do coração

E ganham expressão em carinhos apaixonados de pura emoção,

Instante em que todas as frases de amor já ouvidas,

São postas a prova, para ganhar vida através das suas carícias,

 

A solidão ganha ausência para o amor tomar a rédea da rotina,

E mudar o destino um do outro, segundos de paixão e noites de desejo,

São vividas e revividas como se disso dependesse suas vidas,

Da forma mais intensa, mais profunda, genuína e única,

Como só os que amam são capazes de reconhecer, de provar,

No calor da água do chuveiro a derramar-se sobre seus corpos,

 

A névoa que os rodeia, dissipa-se entre afagos e beijos,

Nada mais é capaz de distanciar ou impedi-los,

Sussurros de eu te amo rompem o ar, seguros,

O amor percorre derramado os contornos dos seus corpos macios,

Como se já reconhecesse o caminho, guiando-os,

Eis que a suspeita de um amor verdadeiro ganha vida,

A insegurança, a sensação de desvalor é afastada,

 

Enquanto as feridas das dores são apagadas com carinho,

E afagos percorridos em seus corpos sôfregos, trêmulos,

Os segredos caem no azulejo escorregadio e úmido,

Criando uma base para sustentar o que sentem um pelo outro,

Os dedos buscam-se, tateiam um caminho desconhecido,

Em que o amor é o maior alvo, tiro com destino certo,

 

Suas mãos unidas encontram-se no box do banheiro,

Desenhando seus destinos ao mostra-los juntos,

Com um ligeiro estremecimento entregues ao beijo,

Que merecia nunca encontrar um tempo final,

Beijos exigentes com o desejo de vencer o tempo,

Ultrapassar a força dos seus corpos, sem descanso ou fim,

 

Diante deles, tudo o mais se tornava pequeno,

Mesmo a definição do amor no dicionário deixa de bastar,

Incapaz de preencher o amor reconhecido nos olhos um do outro,

Inconsistente para traduzir a afeição que se expressa através das carícias,

Que se define em cada toque, cada carinho,

Um desejo mais intenso passa a se manifestar,

 

Vontade de ficar para sempre com ela deitada em seu peito,

Lugar onde a deixará por toda a vida, segura em seu amor,

A mulher que ganhou sua afeição toma-o pela mão,

Rumo a um caminho desconhecido, definido por seu coração,

Ela, cessou o beijo e tentou se afastar, ele fê-la parar,

Puxando-a para si, tomou-a no colo e levou-a para a cama.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Tentativas

Ora por favor, apenas um minuto de silêncio,

Não diga nada ao menos por um momento,

Me permita afastar estas sombras do seu rosto,

Através da luz de todo o amor que sinto,

Essa ideia a qual você se apega para afastar-se,

Não consiste em nada além de mera tolice,

 

Perdão pela palavra, mas como poderia definir

A situação em que você decide desistir de nós dois?

Depois de todo o caminho percorrido, você chega e diz: fim?

Tem certeza que está correta sobre essa sua decisão?

No que reporta a mim, todas as desculpas não me fariam esquecê-la,

Em nenhum momento passou por meu coração abandoná-la,

 

Me basta um motivo apenas para deseja-la em minha vida,

Eu a amo, e não preciso sentir nada mais que isso,

Para você não é suficiente tudo que estou a oferece-la?

Todo o sentimento que coloco sob seus pés, intacto,

Não basta cobrir-me de perguntas inconsistentes,

Tudo que lhe respondo não basta para o que sente?

 

Decidiu, por conta própria, sem convicção alguma,

De que eu a traia, de que não a amei nem por um instante,

E a cada segundo se apega a outro fato qualquer,

Apenas para ficar distante, desistir de tudo que construímos?

Ora se fosse para traí-la eu não cobriria todo e qualquer rastro,

Acaso acha que sou tão baixo a ponto de enganar o que sinto?

 

Sim, por que se me rebaixasse ao ato de enganá-la,

Antes disso, trairia a mim mesmo, poria minha honra em jogo,

Se prometi ama-la para sempre porque você teima em duvidar?

Por que procura pistas inexistentes para esconder-se em ideias errôneas?

Tudo que conversamos até agora não foi o bastante para você confiar,

Em que momento coloquei nosso amor em risco de cair em ruína?

 

Eu entendo que possa haver dúvidas da sua parte, é claro que entendo,

Mas não seria possível haver confiança quanto ao que sentimos,

Você não poderia confiar nas promessas que fizemos um ao outro?

Essa sua oscilação de humor me deixa inquieto, entristecido,

Não percebe que com este comportamento você fere a nós dois?

Por quê procura a qualquer preço por em jogo os nossos planos?

 

Não entendo como você ainda tenta duvidar de tudo que sinto,

Sobre nosso amor, sobre o futuro que sonhamos juntos,

Me fere de morte este brilho choroso de dúvida em seus olhos,

Não percebe o quanto sofro quando você inventa esses trechos

De angustia misturada com discórdia, que só machuca a ambos,

Se apega a opiniões alheias de quem nunca viveu o que vivemos,

 

Então, por favor, pense meu amor, como poderiam entender-nos?

Como julgar os passos de um caminho que nunca foi percorrido,

É certo que cometo meus equívocos, mas, e quanto a você,

Não está pondo em questão todo o nosso amor por pura futilidade?

Não me leve a mal, a conheço o bastante para não me apegar a isso,

Mas suas dúvidas corriqueiras estão me deixando louco, apreensivo,

 

Você sabe que estou correto, peço-lhe, apenas que pense um pouco,

Acredite na força que possuímos juntos, unidos em nosso amor,

Você não gostaria de pôr em prática todos os nossos sonhos,

Realiza-los? Então, por favor, você pode me conceder um pouco de crédito?

É pedir demais, quando lhe peço que acredite, confie em nós?

Agarre-se a este amor genuíno e puro que sentimos um pelo outro,

 

Permita-se acreditar mais, apenas mais um pouco,

Nunca condenei nenhum dos nossos segredos ao túmulo,

Aliás, em que momento guardei segredos contigo?

Por vezes, acredito que leio seus pensamentos,

Acredite, eu gosto disso me faz completo, satisfeito,

Não paira nuvens que escondam o que sentimos,

 

Se você se permitir acreditar no que te digo,

Com a voz mais profunda que sinto em meu peito,

Aquela que emite o amor mais sagrado,

Liberto de toda impureza - poderia defini-lo-,

Veja meu esforço, você conhece minha dificuldade com os versos,

Mas sempre tento ser melhor para abrigar nosso amor,

 

Para expressar o quanto a amo com toda a alma,

O quanto acredito que podemos dar certo junto,

Acreditei em você desde à primeira vista,

Por que você busca empecilhos ao que sentimos?

Não acredita, por um segundo ao menos, que esteja errada?

Me permite, pelo menos neste instante, proteger nosso amor;

 

Sobre todas as promessas que fiz, recordo de uma a uma,

Você ainda se lembra delas? Sempre as repito em minha alma,

Feito uma oração, não por medo de esquecer, mas por acreditar,

Por me vincular a elas com a parte mais profunda que há em mim,

Então, querida, por que tenta pôr tudo em dúvida assim?

 

Eu a amo, e acredito no que você sente, e você, vai se apegar a quê?

Ao que sentimos e cremo-nos um no outro, ou nesta dúvida em que se acolhe,

Sem motivação, sem convicção, sem razão de existir,

Responda-se querida, por que nos magoa assim? 

Te Amo Pra Sempre

Pelos céus da meia noite, Não é cedo, Nem parece tarde, Até vislumbro um céu azul, Baby, prefiro dizer Que vejo você, De v...