Ora por favor, apenas um minuto de silêncio,
Não diga nada ao menos por um momento,
Me permita afastar estas sombras do seu rosto,
Através da luz de todo o amor que sinto,
Essa ideia a qual você se apega para afastar-se,
Não consiste em nada além de mera tolice,
Perdão pela palavra, mas como poderia definir
A situação em que você decide desistir de nós dois?
Depois de todo o caminho percorrido, você chega e diz: fim?
Tem certeza que está correta sobre essa sua decisão?
No que reporta a mim, todas as desculpas não me fariam
esquecê-la,
Em nenhum momento passou por meu coração abandoná-la,
Me basta um motivo apenas para deseja-la em minha vida,
Eu a amo, e não preciso sentir nada mais que isso,
Para você não é suficiente tudo que estou a oferece-la?
Todo o sentimento que coloco sob seus pés, intacto,
Não basta cobrir-me de perguntas inconsistentes,
Tudo que lhe respondo não basta para o que sente?
Decidiu, por conta própria, sem convicção alguma,
De que eu a traia, de que não a amei nem por um instante,
E a cada segundo se apega a outro fato qualquer,
Apenas para ficar distante, desistir de tudo que
construímos?
Ora se fosse para traí-la eu não cobriria todo e qualquer
rastro,
Acaso acha que sou tão baixo a ponto de enganar o que sinto?
Sim, por que se me rebaixasse ao ato de enganá-la,
Antes disso, trairia a mim mesmo, poria minha honra em jogo,
Se prometi ama-la para sempre porque você teima em duvidar?
Por que procura pistas inexistentes para esconder-se em
ideias errôneas?
Tudo que conversamos até agora não foi o bastante para você
confiar,
Em que momento coloquei nosso amor em risco de cair em
ruína?
Eu entendo que possa haver dúvidas da sua parte, é claro que
entendo,
Mas não seria possível haver confiança quanto ao que
sentimos,
Você não poderia confiar nas promessas que fizemos um ao
outro?
Essa sua oscilação de humor me deixa inquieto, entristecido,
Não percebe que com este comportamento você fere a nós dois?
Por quê procura a qualquer preço por em jogo os nossos
planos?
Não entendo como você ainda tenta duvidar de tudo que sinto,
Sobre nosso amor, sobre o futuro que sonhamos juntos,
Me fere de morte este brilho choroso de dúvida em seus
olhos,
Não percebe o quanto sofro quando você inventa esses trechos
De angustia misturada com discórdia, que só machuca a ambos,
Se apega a opiniões alheias de quem nunca viveu o que
vivemos,
Então, por favor, pense meu amor, como poderiam
entender-nos?
Como julgar os passos de um caminho que nunca foi
percorrido,
É certo que cometo meus equívocos, mas, e quanto a você,
Não está pondo em questão todo o nosso amor por pura
futilidade?
Não me leve a mal, a conheço o bastante para não me apegar a
isso,
Mas suas dúvidas corriqueiras estão me deixando louco,
apreensivo,
Você sabe que estou correto, peço-lhe, apenas que pense um
pouco,
Acredite na força que possuímos juntos, unidos em nosso
amor,
Você não gostaria de pôr em prática todos os nossos sonhos,
Realiza-los? Então, por favor, você pode me conceder um
pouco de crédito?
É pedir demais, quando lhe peço que acredite, confie em nós?
Agarre-se a este amor genuíno e puro que sentimos um pelo
outro,
Permita-se acreditar mais, apenas mais um pouco,
Nunca condenei nenhum dos nossos segredos ao túmulo,
Aliás, em que momento guardei segredos contigo?
Por vezes, acredito que leio seus pensamentos,
Acredite, eu gosto disso me faz completo, satisfeito,
Não paira nuvens que escondam o que sentimos,
Se você se permitir acreditar no que te digo,
Com a voz mais profunda que sinto em meu peito,
Aquela que emite o amor mais sagrado,
Liberto de toda impureza - poderia defini-lo-,
Veja meu esforço, você conhece minha dificuldade com os
versos,
Mas sempre tento ser melhor para abrigar nosso amor,
Para expressar o quanto a amo com toda a alma,
O quanto acredito que podemos dar certo junto,
Acreditei em você desde à primeira vista,
Por que você busca empecilhos ao que sentimos?
Não acredita, por um segundo ao menos, que esteja errada?
Me permite, pelo menos neste instante, proteger nosso amor;
Sobre todas as promessas que fiz, recordo de uma a uma,
Você ainda se lembra delas? Sempre as repito em minha alma,
Feito uma oração, não por medo de esquecer, mas por
acreditar,
Por me vincular a elas com a parte mais profunda que há em
mim,
Então, querida, por que tenta pôr tudo em dúvida assim?
Eu a amo, e acredito no que você sente, e você, vai se
apegar a quê?
Ao que sentimos e cremo-nos um no outro, ou nesta dúvida em
que se acolhe,
Sem motivação, sem convicção, sem razão de existir,
Responda-se querida, por que nos magoa assim?
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