terça-feira, 24 de junho de 2025

Intimidade Violada

A manhã de 24 de junho
Do ano de 2025
Emergiu conturbada
Na cidade de Chapecó.
A pacata cidade
Sentiu certa espécie
De pânico,
Ao ter casa porta
Das residências
Do centro da cidade
Uma calcinha feminina
Pendurada no trinco.
Isto não ocorreu
Apenas com Otavira,
Mirela ou Melania.
Ocorreu também
Com João,
Carlos e Romeu,
Homens viúvos
E que viviam solitários
Há muito tempo.
Está surpresa inesperada
Separou Natália de Eduardo,
Pois a garota ao ver o objeto
E não reconhece-lo
O esbofeteou e fugiu com o carro.
Quanto a Leandra,
Simplesmente apagou
O número do telefone
De Jandira e a bloqueou.
Jurou nunca mais
Dormir na casa da amiga.
Já Jacira,
Pediu o divórcio,
Acordou chateada
Por ter dormido pouco,
Saiu para fora
Para buscar o jornal
E se deparou com tamanha
Estapafúrdia pendurada
Em sua porta,
Nem mexeu no objeto,
Ficou enojada,
Chutou o jornal para a rua,
E correu até o escritório
Do Doutor Mazorie,
Que foi pego desprevenido
Pela empregada:
Com a calcinha em mãos,
Cheirando e o sinal de um
Bofete no rosto.
Ainda assim,
Ele serviu para redigir
Os papéis que davam adeus
Ao casamento de 35 anos.
O esposo de Jacira,
Gilberto alegou desentendimento,
Porém, ao retornar para a casa,
A calcinha não estava
Mais pendurada no trinco,
Apenas o jornal estava amassado,
Parecia ter sido recolhido
E depois pisoteado e solto
No chão.
O telefone da cidade
Não parou de tocar,
As pessoas ligavam
Uma para as outras,
Falando a respeito
Do ocorrido,
Passou seis horas
Para que alguns passassem
A notar que tal fato
Não ocorreu em único local.
No final da rua,
Próximo a praça pública
Julcineia discutia sério
Com Josinei por tê-lo
Pegou desprevenido
Na garagem do carro
Vendo revistas pornôs
Masculinas
Com homens em todo tipo
De posição nudista,
E usando calcinhas
Para limpar o orgasmo
De sua masturbação:
-desculpa, Julcineia,
Não sou capaz de desejar mulher,
Eu gosto de homem
Para olhar e admirar.
Ele simplesmente respondeu,
Quando ela correu de encontro
A ele,
Juntou uma calcinha
Que não reconheceu
E tomou de suas mãos
Enquanto batia com aquela
E outras contra o rosto dele.
- pervertido,
Maldito!
Você está me traindo!
Ela gritou em pânico.
Ele riu.
Gozou outra vez
Contra a porta do carro
E saiu a passeio,
Ultimamente ele demorava
Mais para voltar
Do que em outras vezes.
O carro parecia ser
Seu objeto de masculinidade,
Seu apoio psicológico
Para sentir-se mais masculino.
Neste instante,
A porta da casa de Nadira
Foi arrombada por ela própria
Quando seu namorado
A jogou contra a porta fechada,
Indignado por ter encontrado
Uma calcinha em sua porta
Ao chegar em casa
Naquela manhã
E ter pedido a ela
Se era algum fetiche
Com relação a ele
E ela negou reconhecer o objeto.
Depois disso,
Ele saiu para fora
Esbofeteou várias vezes seu rosto,
Depois subiu na moto e partiu,
Deixando-a caída na calçada
Escorada na parede do prédio.
Com Josinei rindo da situação,
Que presenciava
Por ser vizinho de porta,
E estar vendo tudo
A partir do vidro de sua garagem.
Ela tinha dezoito anos,
Ele tinha seus cinquenta.
Depois disso,
Ele retirou o carro para fora,
Deixou a porra recém gozada
Na porta a mostra,
Fez pose próximo ao carro
E entrou porta adentro
Depois de claramente
Ser rejeitado.
Ao ver ela entrar amedrontada
Para dentro de casa,
Ele não perdeu tempo,
Invadiu a casa,
E o quarto,
Usou uma calcinha para asfixia-la
E a estuprou de todas as formas,
Antes de sair,
Uma hora e meia depois,
Ele roubou todas as suas calcinhas,
E espalhou-as nas ruas próximas.
Ela acordou zonza,
E amedrontada,
Estava sangrando e dolorida,
Mas sua mente estava enevoada,
Tudo vinha a cabeça
Feito um reflexo,
Seu namorado
Segurando uma calcinha,
Falando de fetiches,
Batendo muito forte nela...
Mas, ela não recordava
De ter transado,
Porém, suas partes íntimas
Denunciavam contato íntimo.
Ele se mudou de toda coragem,
Pegou o telefone e ligou para ele:
- Oi, Jacir. A gente transou?
Ela indagou.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Exploração Infantil

No feriado da sexta-feira
Iniciou a comemoração
Na casa em frente a Rosália.
O som foi ligado
Através de uns caixa
Grande de pen drive
E músicas variadas soaram.
O uso de bebida
Tornou-se livre,
Churrasco fora de casa,
E uso de maconha.
A fumaça invadiu
A casa de Rosália
A afogando.
Ela saiu para fora
Amedrontada e solitária
E pediu aos vizinhos,
Composto por um casal
De adultos e a irmã da moça e
Duas filhas crianças,
Que baixassem a música.
Eles acenderam os cigarros
De maconha e fumaram
Em sua frente
Jogando a fumaça na direção
De Rosália,
Em frente aos próprios rostos
Como se quisessem ficar ocultos.
Rosália retornou
Para dentro amedrontada.
A diversão continuou,
Chegou o domingo e Rosália
Sentia-se exausta.
Com isso,
As duas filhas do casal
Pegaram varas de madeira
E batiam contra o próprio varal
Dizendo que iriam
“matar Rosália.
Bater em Rosália.”
Ela estava iniciando
Um processo de separação
Com o esposo.
Morava longe dos pais.
Sentiu-se insegura.
- não, crianças.
Vocês não irão me bater, não!”
Ela gritou.
Nisto, o pai delas saiu
De dentro da casa ameaçador,
Foi direto a porta de Rosália,
Juntou pedras na estrada
De terra e atirou contra ela.
Rosália correu
Para dentro de casa,
Fechou a porta de vidro,
E escondeu as chaves
Do portão de ferro,
Que possuía simples grades,
E era fácil de ser invadido.
Era noite,
As luzes da cidade
Começavam a acender,
Porém, havia iluminação
Apenas em um lado da rua,
Ou seja, apenas no poste
Da casa de Rosália,
Que assim era vista,
Mas não via.
As pedras arrancaram
Cimento da casa,
Fizeram buracos na parede,
Atingiram as grades
E deixaram sinais.
De repente, no escuro
Da noite,
Aproximadamente sete horas
Do horário de inverno,
Representou para ela
Que viu o vizinho invadir
O muro, pular na área de sua casa,
E tentar abrir a porta,
Que ela simplesmente
Manteve segura e chaveada.
Segurando com suas mãos,
Olhando incerta para fora.
Acometida de medo,
Ela gritou por socorro,
Trancada em sua própria casa,
Sem saber aonde seus vizinhos
Estavam ou o que faziam
Ou fariam.
Gritou de medo.
Gemeu, escondida no sofá,
Olhando incerta por todas
As janelas,
Com medo que eles tivessem
Invadido a casa
De algum modo
Através das janelas,
Do teto ou do que for.
O medo a fez ver
O culto deles e esconder-se.
Então, chorou.
Implorou por socorro.
Neste instante
O vizinho atirou pedras
Contra o vidro de sua porta.
Ela tremeu de medo,
Decidiu buscar ajuda policial.
Ao sair para fora
Para ligar o carro
E buscar uma delegacia
As duas vizinhas invadiram
Correndo a sua área,
Usando uma madeira
Em cada mão.
E agiram contra Rosália,
Batendo nela em duas,
Enquanto o marido
Sentava numa lata de tinta,
De calção largo,
Pernas abertas e ria
Fumando seu cigarro.
Rosália conseguiu
Se defender e fugir
De carro.
Foi a delegacia,
Pediu ajuda.
Os vizinhos foram conduzidos
Em flagrante para a delegacia.
Mas, nada houve contra eles.
Eles alegaram
Que a ameaça partiu dela
Que não tolerou a música ligada
E quis atentar contra as crianças.
Ela ficou aturdida,
Sentiu medo.
Tremia insegura naquele corredor
Fétido e sujo da delegacia.
Na saída,
Depois de três horas de espera
Para ser ouvida,
Ela foi buscar seu carro
Que estava no escuro,
Estacionado em frente
A uma empresa que ela
Não soube o que era
Próximo a delegacia
Uns dez metros.
Lá, o marido de suas vizinhas
A esperou.
Sozinho e de faca em punho.
Assim, que ela abriu a porta
Do carro para entrar,
Trêmula de medo e dor
Por ter levado as bordoadas,
Ele grudou a faca em sua cintura,
E a penetrou,
Depois disso,
Colocou um pano
Contra a sua boca
E a impediu de gritar.
Então, a estuprou ali mesmo,
Na porta do carro,
Apoiada no carro,
Tendo contra seu corpo
As investidas do vizinho
De seu pênis lhe socando
As partes íntimas
De maneira violenta
E batendo seu corpo
Contra o carro
Devido a força que usava
Para se impor nela.
Depois, ele a soltou,
Meia hora depois,
Lhe desferindo um tapa
No rosto,
E indo embora,
Estranhamente, tanto a esposa
Quanto a cunhada
E as crianças estavam ali
Ainda.
Ele não respeitou a nenhum.
Ela pode ver todos eles,
Quando passaram para ir
Para casa dentro do carro
Com as luzes ligadas.
Ela chorou no volante,
Ligou o carro e voltou
Para casa,
Não adiantava fazer denúncia
A polícia.
O órgão estava corrompido
Pela depreciação mental.
O casal tinha no poderio
De suas atitudes duas crianças
Para dar em libertação
De seus delitos,
Além de uma moça jovem
E de vida libertina
Para assumir responsabilidade
Do que, nem haveria.

Efeito Bumerangue

Divanir passeava
Pelo centro da cidade
Vendo as luzes,
Vagando pelas vitrines
As 1:30 horas da madrugada
De sexta-feira,
Quando duas garotas estranhas,
Mas aparentemente legais
Diminuíram a velocidade de
 Uma camionete branca
E passaram a acompanhá-la:
- Olá, garota.
Qual é o seu nome?
Indagou uma gordinha
De cabelos escuros e lisos
Pela janela aberta do carro.
- Divanir.
E o seu?
Indagou em resposta.
- Sou Thieni.
E está é nossa amiga
Jorye. Entra aqui com nós.
Vamos fumar droga
E beber cervejas,
Nós temos muitas
E gostaríamos de companhia
Diferente para conversar
E ver as horas passar.
Convidou Thieni.
Jorye mostrou o rosto
Gordinho e seus cabelos loiros
Lhe caíram na boca.
Ela então sorriu,
E acenou.
- vamos aqui perto.
Só pra se divertir.
Convidou Jorye.
- está certo.
Concordou Divanir.
Ela, então, parou de andar.
E foi até o carro
Abriu a porta de trás
E entrou.
Seguiram mais adiante,
Pararam próximo ao posto
De gasolina retirado
Do centro,
Sentaram-se fora do carro
Nas margens da calçada
E passaram a usar maconha
E beber.
De repente, chegou um rapaz
Estranho a elas,
O que elas não acharam esquisito,
Ele trazia gin,
Ofereceu a elas.
Todas beberam,
Logo depois, sentiram-se zonzas
E adormeceram.
Acordaram cinco horas da manhã.
Estavam nuas,
O seio de Thieni estava
Dentro da boca de Divanir,
Enquanto a bunda de Divanir
Estava na boca de Jorye.
Elas aparentavam estar transando,
O local era público,
Porém, estava escurecido
Desde o início,
E o movimento se localizava
Adiante até a entrada
E arredores do próprio
Posto de combustível.
Elas se desculparam
Amedrontadas.
- não é minha primeira vez!
Disse Jorye.
- sim. Eu e Jorye temos
Relações sexuais
Com mulheres sempre.
Falou Thieni.
Porém, Divanir não era adepta.
- eu nunca havia feito isto...
Aliás, e o garoto que estava
Com nós?
Indagou a todas.
Elas se organizaram,
Se recompuseram.
Jorye e Thieni se beijaram,
E se acariciaram,
Depois ficaram abraçadas
Uma a outra.
- não lembro de rapaz!
Disse Thieni.
- Ai!
Gritou Jorye
Ao ser tocada na vagina.
- está doendo minha vagina!
Respondeu para a amiga.
- engraçado, a minha também!
Responderam as outras duas.
Uma depois da outra.
Com certa dificuldade
Para falar,
Como se estivessem amortecidas.
- nós te levamos para casa!
Se ofereceram as garotas,
Levantaram-se da calçada
E foram.
Logo no outro dia,
As páginas de classificados
Dos jornais da manhã
Continha fotos das garotas
E seus nomes,
E ofereciam sexo por dinheiro.
Fotos de todas nuas,
Fazendo sexo explícito,
Inclusive com introdução
Peniana.
Nas redes sociais
Também surgiu marketing
De venda das três
Para fins sexuais,
Havia fotos de todas
Com porra nos rostos,
Nos seios,
E os dedos delas
Introduzidos entre uma
E outra.
Também, havia um homem,
Ao menos.
Notava-se a foto de seu pênis
Transando com a três
Em posições variadas.
- Oi Divanir,
Você deixou de ser enfermeira
Ou está fazendo bico?
Indagou uma amiga
De trabalho de Divanir
Na rede social.
- por quê?
Indagou em resposta.
Amedrontada.
- porquê você abriu um site erótico
Com fotos e valores!
A outra lhe respondeu.
Então, encaminhou o link.
Divanir desmaiou
Sobre o notebook,
Não pode acreditar no que via.
- Meu Deus,
Quem fez isso?
Ela lembrou de comentar
Em uma de suas próprias fotos.
- O que significa isto?
Indagou em outra
Em que estava com as duas
Recém conhecidas amigas.
O rosto do homem
Que estaria com elas
Não apareceu
Em nenhum instante,
Nem ao menos dado seu,
Ou algo que lhe permitisse
Reconhece-lo.
Tudo que ela tinha
Era dor no corpo,
E porra por seu rosto,
E região íntima.
Nada lhe parecia faltar,
Nem ao menos o brinco,
Ou o relógio.
Apenas a dignidade
Que foi parar no esgoto.
Um estuprador fantasma
A tocou,
Fez dela tudo que quis.
As duas garotas
Postaram fotos delas
Chorando abraçadas
Uma na outra
Em cada uma das fotos
Que havia.
- socorro!
Digitaram.

Sabe-se Notícias...

Ganhou manchete
Da pequena cidade
Até a capital:
Um estuprador
Estava a solta,
Tinha preferência
Por mulheres jovens
E não tardava
Para assassina-las.
Todos os jornais
Amanheceram a segunda-feira
Do dia 02 de julho de 2026
Com a mesma notícia!
Não desejava-se espalhar pânico,
Mas, criar uma advertência
A todas as pessoas do sexo feminino:
Que andassem acompanhadas
De seus conhecidos,
Evitassem locais desconhecidos,
E tomassem o máximo
De medidas de precauções.
Fotos foram estampadas
Nos jornais sem medo
De mostrar os rostos das garotas
Vitimadas.
Moças deram seus depoimentos
Que seguiam diretriz:
“Ele me atacou na saída
Só supermercado!”
“Ele me atacou no metrô”.
“Eu iria a boate,
Ele me impediu”.
Os depoimentos foram inúmeros,
As características que conseguiram
Não definiram propriamente
Um alguém:
“ Sujeito corpulento,
Voz afeminada,
Punhos fortes,
Tem prazer em provocar dor.”
As vítimas tiveram em comum
Além de ser obrigadas a prática
De sexo não consensual,
Ganhar ferimentos profundos,
Em locais diversos do corpo:
Pernas, rosto, braços.
As garotas acordaram atônitas,
Todas buscaram amparo
De algum conhecido.
Moças lembraram de seus pais,
Algumas fugiram de maridos,
Outras odiaram namorados,
E todas optaram por andar em grupo.
A polícia passou a fazer
Passeios motorizados e a pé
Pela cidade,
Buscando o sujeito
Ou alguém similar a ele,
Queriam, a todos custo,
Buscar um suspeito.
As diretrizes embora apontassem
Para o criminoso,
Eram tímidas,
Ninguém viu
Ou recordava de algum rosto.
Dez mulheres foram encontradas
Pelos arredores da cidade
De 200 mil habitantes
Esquartejadas.
Algumas perderam braço,
E tiveram ferimentos graves
Na região do pescoço
Que as levou a morte.
Outras tiveram as pernas
Amputadas,
Junto a ferimentos
Sempre de natureza grave
Na região do tórax
Que causou suas mortes.
As línguas de todas
Foram amputadas.
Parecia que o sujeito
Sentia ódio de suas vozes.
Objetos foram encontrados
Próximos as vítimas
E em suas regiões íntimas
Como buchas de canhão,
Madeira em formato cilíndrico,
Garrafas pets
E garrafas de vidro.
Algumas foram queimadas,
Aparentava que estava
Havendo uma evolução
Em sua maneira de atacar:
Ele passou a usar garrafas
De bebida alcoólica no ato,
E nisto, ateou fogo na região
Com a própria garrafa.
No jardim,
Dentro do pátio
De uma boate requisitada
Na cidade,
Foram encontrado restos
Do que aparentava
Constituir várias garotas.
Em comum elas tinham
O fato de terem sido assassinadas,
E estupradas por uma garrafa
De vidro que continha
Pano dentro do gargalo,
E queimadas por meio do objeto
De dentro para fora,
E noutras vezes,
Uma queimadura
Que imitava orgasmos
Sobre seus corpos,
Em certas regiões
Feito ejaculação.
A polícia estava aturdida,
Os moradores se refugiaram
Dentro de suas residências.
Ninguém tinha pistas
Concretas sobre o respectivo
Criminoso.
Tal homem,
Parecia estar praticando
Seus atos há muito tempo,
Ele possuía requintes de crueldades
Em suas ações.
O rosto deformado
Por ter sido queimado
A partir de suas bocas
Impedia, muitas vezes,
De fazer reconhecimento
Da própria vítima.
Nas últimas páginas,
Algumas das garotas
Tiveram sua identidade
De falecidas violadas
Por terem suas fotos
Registradas ali
Em busca de suas identidades.
Tantos policiais passeando
Armados e preparados
Para protegerem as pessoas
Da cidade
Não foram suficientes para impedir
Que a senhora idosa da quadra dez,
Lote quinze,
Fugisse de seu apartamento
Rumo a rua da cidade
Até ser atropelada
Em frente a todos
Pelo próprio carro policial
Por ter vindo rápida demais
E parecer mais uma miragem
Que um ser humano:
Ela estava nua,
Em chamas,
Sua boca possuía
Uma garrafa de whisky
E queimava,
Também sua bunda
Que tinha uma garrafa
De cerveja.
Vestígios de fogo
Percorriam do seu ombro
Até as pernas.
Depois de atropelada,
Ela não resistiu.
Morreu no mesmo instante
Depois de coar
Sobre o para-brisa do carro,
Rodar batendo contra o carro,
E cair estirada atrás do próprio.
Em decorrência do acidente,
Um rapaz acometido
De coragem
Correu porta a dentro
Do apartamento
E pôde ver um sujeito corpulento,
Aparentemente loiro
Saindo pela janela
Do quarto da senhora idosa
De 89 anos.
Ele tinha numa das mãos
Um canivete prata,
E na outra o que aparentava
Ser uma língua humana.
O rapaz ficou em pânico,
Estagnou na entrada do apartamento
Que tinha vista reta
Para o quarto,
E a esguelha para a janela,
Depois, retornou para trás
E escondeu-se na parede
Do corredor do prédio.
O medo o impediu,
A rapidez do sujeito criminoso,
Também não o ajudaram.
Busca-se o indivíduo!

domingo, 22 de junho de 2025

Transporte Ilegal

Terceiro ano de trabalho
Na mesma empresa,
Cansada de ir ao serviço
No transporte público,
Vez que, no mês anterior,
Um rapaz que se sentou
Ao lado dela,
Ao levantar-se
Carregou com ele
A sua bolsa
E nela o salário mês,
Decidiu comprar um carro.
Havia, neste período
Economizado todo o possível
A pedido dos pais
Para a aquisição de uma
Nova residência.
Então, embora o salário
Tenha feito falta,
Tê-lo perdido
Não foi suficiente
Para ficar no vermelho.
Pagou suas contas,
Ajudou os pais,
Adquiriu um automóvel.
Na primeira semana
Foi simples dirigir,
No início da segunda,
Quando foi descer do carro
Para estacionar em frente
A empresa de seu trabalho,
Um rapaz chegou ao seu lado
Lhe apontando um revólver.
- dirige ou morre!
Ele foi obrigada a obedecer,
Estava sob a mira da arma.
O rapaz escondeu o rosto,
Entrou pela porta traseira
E se sentou atrás dela,
Segurando a arma apontada
Contra sua coluna.
Foi obrigada a seguir
Até uma rodovia desconhecida,
Lá havia um caminhão.
Algumas pessoas
Retiraram deste caminhão
Muita droga,
Pacotes e pacotes de droga.
Ela foi obrigada a transportar
Toda a mercadoria
Em conformidade
Com o que o rapaz encapuzado lhe mandava.
Foi até outra cidade,
Lá deixou tudo dentro de uma casa
Alta, de dois pisos,
Com azul e janelas brancas.
Ao término,
O rapaz passou
Para o banco ao seu lado,
Lhe mandou entrar em uma estrada diferente,
Ela foi,
Pois ele manteve a arma
Engatilhada contra ela.
A estrada era de terra
E pedregulho,
Levava a lugar algum.
Lá naquele lugar
Ela foi amarrada através
Do cinto de segurança,
E uma corda ao banco
Em que estava,
Forçada a fazer sexo oral.
Depois disso,
Ele buscou manda-la
Com o carro ainda mais adiante,
Em meio aquela espécie de estrada
Com pedroes enormes
No caminho,
Galhos pendentes 
E touceiras no meio da estrada.
Neste instante,
O carro atolou em uma
Poça de sujeira,
E quando mais acelerou,
Mais ficou preso,
Então, ele a mandou continuar,
Desceu novamente do carro,
Retirou dois galões
Contendo querosene
Que havia colocado no carro
Sem que ela visse
E ateou fogo.
O carro queimou,
Ela ardeu.
O corpo ficou quase irreconhecível,
Todavia, da estrada geral
Foi avistada a fumaça,
E indo averiguar do que se tratava
Depois de receber denúncias
A polícia da rodovia
Encontrou o carro queimado,
Um corpo no banco do motorista,
E um tablete de droga.
O carro foi puxado de lá 
Por três carros policiais,
Através de uma corrente grossa
De ferro,
Um puxava o outro,
Até mover o da garota
Até a estrada geral
E de lá,
Um apenas o levou 
Para o pátio do departamento policial.
Feito o reconhecimento
Do corpo,
Os pais choraram muito,
No instituto de médico legal,
No entanto, tanto os pais
Quanto os colegas de trabalho
Nenhum reconheceu na moça
O uso de droga,
Nem mesmo o tráfico
Por parte dela,
Este detalhe está sendo
Para a definição do crime
Contra a moça
O mais importante.
Por quê queimaram seu corpo,
Quem teria coragem
Para cometer ato tão grotesco,
O que ela fazia tão distante
De seu trabalho,
Por quê o tablete de droga
Estaria em seu poder?
Como meio de acalmar
A multidão que se juntou
Em frente a delegacia
E cobriu providências,
Seu namorado Deoclécio
Foi preso.
Foi extraído de depoimento
Pessoal que ele foi usuário
De drogas
E que havia parado
Porquê sua atual namorada
Lhe exigiu,
Porquê ela odiava o uso
E era intolerante com relação
Ao comércio do produto.
No entanto,
Soube -se por intermédio
De algumas pessoas
Que ele teria encerrado
O relacionamento com
Suelen.
Então, em razão de uma
Pequena quantia em dinheiro
Referente a uma pena de multa
Ele passou a responder
Em liberdade.
Porém, continua sendo
O principal suspeito do caso.

Tragédia no Céu

Zilu não suportou
O adeus,
Decidiu ser a primeira
A dar o passo em direção
A reconsideração.
Desde que iniciou
O namoro,
Há um ano
Comemorado naquele
Mesmo dia,
Duas vezes acabou,
Duas vezes eles reataram.
Na primeira oportunidade
Ela desmarcou encontro,
Decidiu ir às escondidas
A uma boate entre amigas,
Quis rememorar as lembranças,
Reviver bons momentos,
Afinal um instante
Em que se decide casar-se
E ficar com um só homem
Para sempre
É um momento
Que precisa de reflexão,
E de testes,
Por que não?
Ela decidiu saber
Se o deseja a tal ponto
Ou se era apenas comunhão
De opiniões e gostos.
Escolhido o camarote,
A bebida rolou solta,
Em cinco amigas
Beberam todas as cervejas
Que puderam.
Neste instante,
De risos, abraços
E brincadeiras,
Se aproximaram sete garotos
Que bebiam whisky,
Estava frio,
Eles se achegaram e ofereceram
Bebida.
De pouco a pouco,
Todas deixaram suas cervejas,
Umas abertas
Outras gelando no balde
De gelo
E aproximaram-se dos rapazes.
Porém, Zilu decidiu beija-lo,
Beijou um e gostou da ideia,
Então, beijou outro,
Quando gostou dos lábios
Deste garoto decidiu
Pedir seu nome:
Lauro.
Chamava-se Lauro.
O camarote ficava
Numa varanda interna
Que chegava-se até ela
Através de escada,
Na parte de baixo
Havia a pista normal
Onde todos dançavam,
Lá em cima
O compromisso era beber
E olhar.
No relance do beijo
Zilu deparou-se com seu olhar
Em cheio para Natan.
Natan estava dançando
Na pista com uma garota.
Ela soltou na hora Lauro
E prestou mais atenção
Na pista.
Sim, era seu namorado.
Não pairava dúvidas.
Num relance de loucura,
Decidiu ir carregada
Por um dos sete garotos
Enquanto os outros
A escondiam para não ser vista
Pelo namorado
E depois fingir chegar
E pegá-lo no flagrante.
Imediatamente, Lauro
Aceitou a proposta,
Levou-a até o carro,
Contudo lá,
Ela preferiu beija-lo
E depois o amigo,
Terminou transando
Apenas com um
No banco de trás.
Encerrado o ato,
Foi as avessas atrás
Do namorado
Decidida a fazer uma revolução
Naquele local
Por ter sido traída
De maneira tão óbvia
E nítida.
Ligou para a amiga,
Pediu fotos dele
Com a outra garota,
Então, soube que ele
Havia acabado de sair.
Que foi de carro
Para algum outro lugar
E a amiga não soube
Dizer qual era,
Mas o viu passar
Enquanto transava em pé
Em frente ao muro da boate.
Tudo foi por água abaixo,
Decidiu encerrar o namoro.
Lágrimas, sorvete e chocolates
Após, reatou.
Em um momento de precisar
Trocar o chuveiro queimado.
Ligou para Natan,
E ele foi ajudar com educação,
Foi prestativo,
E ficou para dormir.
Na segunda vez,
Ela comprou passagens
De viagem para outro país,
A viagem com acompanhante
Se tornava cara,
Decidiu ir sozinha.
Carregada de malas,
O chamou para ajudá-la
No aeroporto
E vir buscá-la.
Assim, se tornou noivado.
O motivo de tê-lo deixado?
Ela alegou que foi a traição
Na boate.
Da terceira vez,
Estava dando uma volta
De carro pela rua
Apenas para percorrer o trajeto,
Ver o movimento
Das pessoas,
Para onde iam,
O que faziam,
Como se divertiam
E outra vez achou Natan
Com uma garota,
Desta vez,
Estava de carro
Bebendo cerveja
Ao lado do muro,
Comendo pipoca.
Pareciam namorados.
Ah, Zilu enlouqueceu,
Dirigiu o carro com a maior
Rapidez que pode
E bateu em cheio
Na traseira do gol vermelho dele,
Fazendo entrar pra dentro
O porta malas.
Depois desceu de seu carro,
Pegou o macaco de erguer
O carro
E quebrou todos os vidros
Do gol de Natan
Que ficou irritado
E correu para conversar,
Então, ela bateu em Natan.
Depois foi embora,
Cuspindo na direção da garota,
Muito irritada
E lhe disse adeus,
Jogou a aliança contra o rosto
Dele,
Lhe desferiu um tapa
Em cheio e partiu.
Foi para o mecânico
Concertar o próprio carro,
E mandou que a conta
Lhe fosse enviada.
Chegada a conta paga,
Ela decidiu perdoa-lo,
Sabendo que nada data
Completariam um ano juntos,
E isto é uma vida,
Ter alguém com quem estar,
Ter carinho,
Um alguém pra pensar em você.
Decidiu alugar
Um balão e fazer uma viagem
Sobre o trabalho dele,
Que não ficava distante,
E então, declarar-se,
E conforme ele agisse
O perdoaria.
Assim feito,
Subiu no balão carregada
De flores,
No chão do balão,
Nos lados,
E ainda levou um grande buquê.
Lá dos céus
Soltou as flores,
Gritou de seu amor.
Natan saiu para fora da mecânica
Todo sujo de graxa,
Com ferramentas na mão
E lhe sorriu.
Ela lhe jogou mil flores,
Depois conseguiu descer até ele
E lhe chamou para andar com ela
Um pouquinho,
Decidiu, pela primeira vez,
Incluí-lo em algo
Que estivesse fazendo
E que gostasse,
Anteriormente, pensava
Apenas nas amigas,
As parceiras de festa,
Sentia mais medo
De perde-las de que
A qualquer outra pessoa.
Ele aceitou,
Subiu na escada de madeira
E corda,
A abraçou,
Juntou as flores do chão
E jogou-as para cima.
O balão subiu,
Ela sabia dirigir balões,
Fez um curso
Com a própria empresa
Que oferecia a Virgem.
Lá nos céus,
Perto das nuvens
Se beijaram
E trocaram juras eternas,
Um gritou o nome do outro,
Disse que amava
Que sentia medo de perder,
Queriam estar juntos
Para sempre.
Se beijaram,
O beijo se tornou mais exigente,
Fazia quinze dias
Que não se viam
Desde a briga por ciúmes,
Foram tirando a roupa
Um do outro,
Se beijando com mais intensidade,
Não perceberam quando
O balão começou a queimar,
Estavam alto demais para pular,
Optaram por morrer abraçados,
Quando o balão se tornou
Plástico em fogo,
Ganhou as cordas da base
De onde tinham os pés
E eles caíram das alturas,
Nem neste momento
Soltaram as mãos um do outro.
Caíram abraçados
No solo,
O balão caiu em chamas
Logo ao lado.
Caíram em frente a mecânica,
No asfalto duro,
Estatelados,
Felizmente o fogo do balão
Foi contido,
Por quê caiu sobre alguns
Carros que estavam estacionados
Na sua frente.
Os mecânicos correram
Com extintores,
E baldes de água
Para apagar.

sábado, 21 de junho de 2025

Estuprada e Quase Morta

Arlene conseguiu trabalho,
Agora era recepcionista
Num supermercado
Próximo a sua residência.
Por conveniência,
Decidiu ir para o trabalho
Todos os dias caminhando,
Isto lhe renderia boa saúde
E economia financeira.
Nas primeiras vezes,
Muitos motoristas
Passavam por ela
Vestida em seu uniforme
Andando na rua
A caminho do trabalho
E buzinavam.
Alguns lhe ofereciam carona,
Outros eram mulheres.
Muitos gritavam a ela elogios.
Ela baixava a cabeça
Para a calçada,
Seguia segura,
Não respondia aos elogios.
Sempre que podia
Se ofuscava de ser vista,
Escondendo o rosto
Atrás do cabelo comprido
E solto
Ou os olhos atrás de óculos escuros.
Ser elogiada em público,
As vezes, é ofensivo.
Quando se trata de ocorrer
Em meio a rua
Parece desrespeitoso,
Inconveniente e assustador.
Certo dia,
Acordou e notou que chovia.
Agora, chegaria tarde
Ao trabalho,
Vestiu-se rápida,
Tomou o café,
Fez tudo que pôde
Para se aligeirar.
No entanto, o ponto
De ônibus ficava distante,
A chuva caia em torrentes,
Iria se molhar,
Perder o horário,
Em consequência
Seria demitida,
Ainda estava em época
De experiência profissional,
Precisava ser responsável,
Respeitar horários
E tudo o mais.
Chamou um táxi.
Deu a ele o endereço,
E sentou-se no banco traseiro
Do automóvel escuro,
Calma e impassível.
Não se atrasaria,
Contudo a viagem lhe custaria
Caro.
Os dias indo trabalhar
Resultaram em negativo
No que se referia
Ao que economizaria,
Pois tudo iria para pagar
O taxista.
Entretida em desculpar
A si própria
Ela não percebeu quando
O taxista desviou da rua
Em que ela iria para o trabalho
E a levou para uma praia.
Logo, que ele parou o carro,
Ela ergueu o rosto
Já sentindo impaciência,
Pois, tardou a viagem.
Notou as ondas batendo
Na areia,
Algumas pessoas surfando
Próximo a praia,
Mexeu o rosto para próximo
A janela com um susto.
- senhor, o senhor errou
O caminho.
Preciso voltar ou
Perdi meu trabalho!
Ela gritou.
E começou a bater
No vidro fechado
Da janela com o punho
Fechado.
O taxista saiu,
Abriu a porta
Que ela tentou reter,
E abaixou-se até seus joelhos.
- ou você chupa meu pênis,
Ou você perdeu seu trabalho!
Ele respondeu
Em seco,
Sem cumprimento
Ou cortesia.
- como?
Você não irá me levar
Ao trabalho?
Eu tenho o dinheiro,
Eu pago!
Ela interveio trêmula
E insegura.
- não trata-se de dinheiro,
Eu gostei de você.
Ele respondeu
Olhando em seus olhos
De maneira faiscante
E selvagem.
Sorrindo, deixando a mostra
Seus grandes dentes brancos
Com hálito cheirando a café.
- tem pessoas aqui,
Elas irão vê-lo fazer isto...
Ele apertou os joelhos dela
Com ambas as mãos
Tão forte que eles estalaram.
Ela calou-se no meio da frase.
Mandou a cabeça
Em consentimento.
Não tinha escolha.
Ele retirou o pênis ereto
Da calça jeans azul
E o cheiro fétido invadiu o ar.
Então, ele apontou com o dedo
Enquanto a outra mão
Subiu para sua cocha
E apertou ainda mais.
Ela o chupou,
Na frente de todos.
Os garotos que surfavam
Pararam sobre suas pranchas,
Viraram-se e puderam
Vê-la.
Alguns assoviaram,
Outros bateram palmas.
Ele fez um sinal
Com a mão para pararem,
Levantando o braço
E apontando com os dedos
Para o chão.
E sorriu seguro do que fazia.
Todavia,
Se apiedou dela
E a levou para o trabalho,
Ela chegou quinze minutos atrasada,
Correu para o banheiro
Lavar o rosto
E chorou.
Não foi demitida,
Voltou normalmente para o trabalho,
Sempre indo por conta própria,
Lhe pareceu mais seguro
Confiar somente em si mesma.
Dois dias depois
Ele a encontrou,
Chegou próximo a ela
Na calçada e freou o carro
Deixando marcas sobre a pista.
- sobe me chupar.
Eu te levo de novo.
Ele falou alto
Sem pudor.
Ela olhou revoltada
Para ele,
Haviam pessoas
Próximo a calçada
Em suas casas
E empresas de trabalho.
Então, ela sentiu-se segura
Para defender-se.
Bateu contra o vidro
Da janela do carro,
Desta vez, com força
Para quebrar,
Para dar prejuízo.
Gritou e cuspiu no vidro.
- maldito, desgraçado.
Estuprador!
Algumas pessoas vieram
Até a calçada
E o viram,
Ele colocou marcha no carro
E fugiu rápido.
As pessoas perguntavam
A ela o que houve,
Ela se recusou a falar.
Contudo,
Mais adiante em frente
A uma empresa de montagem
De máquinas,
Parecia haver só homens
E todos ocupados.
O taxista a reencontrou,
Desta vez, freou de volta
O carro sem falar nada,
Deixou em alerta
E saiu para fora,
Abriu a porta
E a jogou para dentro
Com força.
Depois foi para a direção
E seguiu,
Ela tentou esbofeteá-lo,
Ele lhe deu um soco
No nariz que fez sangrar.
Ela sentiu muita dor,
Ele parou próximo
Ao local,
Lhe desferiu inúmeros
Tapas contra a sua cara
Até marcar de vermelho
E fazer verter sangue:
- eu o chupo,
Por favor,
Me deixe viva,
Eu o chupo!
Ela gritou.
Ele, então, abriu o zíper
E expor o pênis para ela
Dentro do carro.
Depois de ela
Tê-lo chupado,
Ele saiu para fora,
A retirou do carro,
Lhe escoiceou,
Deu socos,
Tapas até ver ela desmaiar.
Depois a deixou inconsciente
Largada sobre a calçada,
Próximo aquele local de montagem,
O barulho feito pelas máquinas
Dentro da empresa
Era tão alto
Que impediu qualquer um
De ouvi-la,
Ela também foi impedida
De gritar,
Ele a sufocou.
E simplesmente extravasou
Sua vontade selvagem
Sobre ela.
Horas mais tarde
Ela acordou
E se socorreu no próprio
Supermercado onde trabalhava,
Chorando muito,
Sangrando
E sentindo muito medo.
Seu corpo ficou cheio
De hematomas,
O braço lhe pareceu quebrado,
Sua bolsa foi roubada,
Seus documentos estavam
Todos perdidos,
Ela ainda não sabia
O nome do taxista,
E ao ser questionada
Sobre seus traços físicos,
O pânico lhe calou a memória,
Nem mesmo o carro
Soube definir sequer a cor,
Quanto menos modelo e ano,
Ela não soube dizer
Quem era o homem
Que lhe fez tanto mal
Em tão pouco tempo.

Depois do Fim

Marta piscou algumas vezes, Tentou entender O que houve, Se viu dentro do carro Esmagada contra o chão. Estava imprensada ...