segunda-feira, 3 de março de 2025

Grande Amor

Disse seu coração,
Escolherei um esposo na terra,
Indagou a sua mente:
“ Por quê única pessoa
Quando podes ter quantas quiser”?

A moça calçou seus chinelos,
Desceu a escada
E andou pouco,
Descobriu a resposta.
É porquê mesmo o invisível
É reconhecido por Allah.

Nada se esconde Dele,
Nele a mentira não prospera.
Ao suplício pendem
Aqueles que possuem
Ouvidos e coração selados,
E também os olhos encobertos
Por véu.

Buscam enganar
E não há engano maior
Que enganar a si próprio
Tentando enganar o outro.

Assim, a moça entendeu
Que as raízes da mentira
São tão compridas,
Profundas e fortes
Que solo onde ela prospera
O triunfo não ganha vida.

Apenas ao insensato
Deve-se a vida de engano,
Mas surgem sempre
Os demônios,
Estes são aqueles que dizem:
“ estaremos sempre contigo,
Rimos do outro,
É ao outro que negamos auxílio”.

Porém, a mulher que reconhece
No olhar do seu amado
O grande homem que ele é,
E reconhece em sua face,
O lindo sorriso que ele
Guarda somente para ela,
Está sim,
É a verdadeira mulher,
Que não merece menos
Que o verdadeiro homem.

Por face que apenas a ela
É permitido ver,
Entende-se o sorriso de completude,
A felicidade terna ao receber
O alimento preparado com carinho,
A satisfação que toma a face
Ao receber seus carinhos.

Carinhos são coisas
Guardadas para grandes homens,
Entregar carinhos
É coisa que somente
Uma grande mulher consegue fazer.

Consciente do amor que sentia,
A moça sentiu seu coração completo,
Agradeceu a Allah por ser tão bom
E lhe ter guardado um homem único,
Que lhe nutre amor,
E lhe reserva seu melhor.

Mas, os demônios que a todos
Perseguem e juram lhe guardar,
Estes são aqueles que também
Não sabem abandonar,
Vendo a felicidade dela,
Trouxeram escuridão terrível,
E sangue escorreu de seus olhos,
E o medo roubou sua visão,
Seus ouvidos ficaram surdos,

Mas, quando sua voz calou
E ela ajoelhada para Allah,
Dali onde estava,
Mesmo no escuro,
Não se moveu,
Ela recordou de sua decisão,
E clamou por seu amor,

Dizendo-lhe se fores verídico
Que ressurja
Se não fores capaz
Que os demônios o afastem.
Foi quando uma mão
Tocou seu ombro,
Naquele escuro, vazio e assustador,

E a luz se fez em seus olhos,
Uma apaixonada voz
Abriu seus ouvidos:
“querida esposa, amo você.”
Ela pode contemplar
Seu grande homem a ampara-la,
Viu-o com aquele olhar
De quem passou por escuridão terrível
E foi salva.

“Meu amor, amado esposo.
Eu te amo.”
Então, ela se assustou pois 
Sua voz retornou,
E no mesmo instante
Em que levantou-se para abraça-lo,
Os demônios simplesmente sumiram,
E testemunha nenhuma
No mundo
Poderá provar que existiram.

Se dissiparam no pó,
Foram consumidos pela escuridão,
Ela não pode ouvi-los,
Vê-los ou o que for.
Este é o poder do amor!
Do amor de um grande homem
Por sua grande mulher.

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