Dentro da área do castelo,
Certo dentre o povo,
Residente em suas dependências,
Decidiu cavar um túnel,
Passou dias e meses a escavar,
Após isso,
Passou a jogar lá seus lixos.
Não tardou
E tudo virou chamas lá dentro,
Ele insistiu,
Convidou adeptos para a tarefa,
Alguns se peregrinaram a ajudar.
No fim,
Passaram a curvarem-se
Para o túnel,
E queimar bezerros na chama,
Sem alimentar-se deles,
Apenas reverenciando
Alguém através da atitude,
Em oferenda.
Todavia, ouviram uma voz
Que vinha lá de dentro,
E está pediu coisas para eles,
Uma delas era que lhes jogasse
Apenas bens de valores,
Nisto eles correram,
Jogaram seu ouro,
Jogaram seus bezerros e animais.
Neste instante,
O fogo crepitou,
Acendeu uma chama mais
Alta que o castelo,
E pedia oferendas
Com maior esmero,
Também ganhou mais adeptos.
No então,
Houve os que recusaram
A servir este Deus desconhecido,
Alegaram que deveria ser magia,
Uma enganação do demônio.
- Foi-me proibido adorar
O que adorais em vez de Deus.
Disse um deles,
E não foi.
-me recuso as suas paixões.
Falou a esposa de um deles.
Ela olhou chorando,
Quase implorando que não fosse.
Ele foi.
O rei se apiedou deles.
Pediu que não seguissem
Está religião,
Pediu a Allah intercessão.
E quando,
Cultuando tanto este demônio
Do fogo,
Um deles queimou-se até a morte
O rei se comoveu
E enviou guardas para recolher
Seu corpo,
E rezou a Allah por sua alma.
E quando alguns deles
Jogaram no fogo
Tudo que tiveram.
O rei se apiedou,
Deu-lhes trabalho,
E iniciou pagamento de salário.
Família alguma
Dentro das dependências passava
Fome ou necessidade.
Mas, eles não souberam agradecer,
Continuaram a alimentar
A labareda tão enorme
Que parecia ter vida própria.
Dia e noite ela não se apagou.
O demônio pediu crianças,
E eles enviaram até os velhos.
Jogaram do menor ao maior.
Num culto obstinado
Encantados por enxergar
A terra adquirir vida.
A liberada de tornou enorme,
E afugentou o mar.
Consumiu os céus,
Afugentou os pássaros.
O rei saiu até a sacada
E ajoelhou-se convidando-os
A cultuarem Allah.
Ter conhecimento do Al-Qhuran.
Mas, temeroso de Allah,
O rei preferiu não impor
Sua vontade.
Deu a todos consciência.
Um silvo soou de dentro
Do fogo,
O povo saiu de suas casas,
Pensou se tratar da trombeta
Dos mensageiros de Allah,
Mas se tratava do fogo
Que naquele instante
Ferveu toda a água,
E deixou em brasa toda a bebida.
Pareceu impossível pisar
Naquele chão,
Então, o povo de Allah
Pôs se a adora-lo
Em voz alta,
E sua casa não queimou,
A sua água fervida normalizou,
E a comida ressurgiu das brasas.
A fé deste povo foi tão intensa,
Que tudo que tocavam
Ressurgia,
No entanto,
O povo do demônio
Não deixou de adora-lo.
Tanto o fogo não apagava
Quanto eles não deixavam
De adorar.
Diferente das outras noites,
As estrelas brilharam
No céu reluzente
Por entre a fumaça,
Contudo uma cresceu bastante.
E pareceu despencar,
Depois caiu naquele chão,
Tão grande
Que o alimentaria para sempre.
Morreram alguns adeptos
Do demônio,
Mas o culto de intensificou.
As chamas pareciam chamar,
E eles iam até ela.
O povo de Allah temeu,
Se juntou e rezou alto,
Todos reunidos,
Cada um deles tocou
No Al-Qhuran e o beijou,
Depositando neste ato
Toda sua fé.
O rei,
Foi o último,
Ao pega-lo,
Se encaminhou até o fogo,
Uniu no livro sagrado
A fé de casa um,
E chegou perto,
Bem perto.
Depois pediu misericórdia,
Beijou o livro e jogou.
O livro caiu aberto,
Fazendo vento,
Crepitando enquanto caia,
Fazendo as labaredas
Se afastar abrindo
O caminho para ele cair,
E ao cair apagou o fogo,
Próximo a ele e foi apagando.
Nada restou
Além do livro caído aberto
Naquele solo.
Como se fosse um balde de gelo
Com água,
O solo esfriou com um chiado.
O povo olhou com olhar apavorado,
E os adeptos do demônio
Correram para fora enlouquecidos,
Surgiu uma fumaça
Do chão que os deixou loucos,
Então, partiram para fora
Do palácio.
Houve sono e paz lá dentro,
A noite se fez,
Todos dormiram
E não tiveram notícias
Dos que fugiram apavorados.
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