Assim eram os Aad,
Renegaram a Deus,
Obedeceram ao tirano,
E tinham por verdade
Tudo que lhes trouxesse
O mensageiro.
Desta feita,
Um deles desejou o rapaz,
Pôs em sua vida bonita moça,
O rapaz recusou,
Sentia que amava outra.
Mas o amor não beira
O coração tirano,
Do contrário,
O amor o afunda
E o leva ao erro.
Este Aad se enraiveceu,
Decidiu passar pelo rapaz,
Que não o foi capaz de olhar,
Esquivou-se,
Mas o outro não aceitou,
Chegou ao meio do povo
E acusou:
- este rapaz está a seduzir-me.
O rapaz estremeceu de medo,
Empalideceu de vergonha,
Virou-se e encarou a acusação.
- ele me procura onde estou,
Me busca para esposo seu.
O rapaz deu três passos para trás
Cambaleante e amedrontado.
Buscou a moça dentre o povo,
Está ria sem esconder,
Não lhe tinha afeto,
Não iria interceder.
Seu pai correu,
Jogou-se a seus pés.
- me tenha.
Deixai meu filho.
O homem elevou-se
E riu alto,
Chutou o velho com um chute.
Recusou.
Veio a mãe do rapaz.
Levantou a saia,
Mostrou suas partes íntimas.
- veja, eu posso servi-lo.
Você sempre me buscou.
Ele abaixou-se,
Colocou a mão entre suas pernas,
A elevou entre seus dedos,
E a jogou feito um objeto
Com a saia enrolada na cabeça.
Ela caiu em choro
E desgraça,
Não queria ver o filho
Para objeto,
Ser usado,
Isto não era de Deus.
Mas o tirano aproximou-se do rapaz,
Deu última alternativa:
- entregue-se ou morra!
O rapaz olhou nos olhos dele,
Só viu terror.
Lembrou dos amigos,
Tantos que entraram lá
Em sua tenda
E saíram mortos,
Lembrou de tantas amigas grávidas,
Da fome que se apossou de casa uma,
Dos rapazes sendo obrigados
A se vestirem com roupas femininas,
Os gritos de pânico,
As marcas de unhas na pele
Do carrasco.
Não se viu capaz,
Baixou a cabeça sem falar nada.
O tirano o puxou pelas mãos,
Ele era desejado,
Isto não poderia ser negado,
Mas ali ele não passava
De um número
E todo número é ultrapassado,
Tem seus préstimos,
Mas não tarda a perder
Seus efeitos.
O jogou no chão,
Próximo a um palanque,
Arrancou suas roupas a faca,
Rasgou a todas
Até marcar aquela pele,
Juntou as tiras da própria roupa,
E amarrou suas mãos por trás.
O deixou de peito na terra,
Respirando pó,
Pisou entre suas nádegas,
Puxou seus cabelos
E lhe penetrou com seu pênis,
O fez gritar, arder e sangrar.
Gargalhou de sua cara
Em público,
O chamou de conquistador,
Sedutor e fraco,
Gozou dentro do seu ânus.
Retirou o pênis de lá,
Pingando orgasmo,
Esfregou em sua pele
E gozou em suas costas
Até o cabelo.
O rapaz se debateu,
Chorou e gritou.
O público ficou em espanto,
Ninguém pode ajudar,
Então, ele foi amarrado
Ao poste.
Alguns do povo
Foram designados
A trazer madeira, folhas secas
E gravetos para queima-lo vivo.
Ele chorava.
Implorava a Deus por perdão.
Nu com o pênis solto
Entre suas pernas,
As moças passavam e riam dele.
A mãe e o pai foram impedidos
De aproximarem-se.
Entre suas pernas
Escorria porra,
Um líquido branco,
Percorria sua pele,
Sem parar,
Havia muita porra.
Então, finalmente,
Acenderam o fogo.
O tirano mesmo,
Raspou o palito de fósforo,
E soltou sobre as folhas secas,
Num segundo o fogo se consumou.
Ele gritou mais alto,
Implorou por Allah,
Seus pais gritavam,
Abraçavam-se e sentiam pavor.
Allah o ouviu e enviou chuva
Abundante,
Foi tanta chuva
Que apagou o fogo,
Tornou o cadarço frágil
E trouxe força
A força do rapaz,
Ele salvou-se.
O cárcere de madeira
Onde estavam os pais dele
Cedeu com a chuva,
A madeira amoleceu
E eles puderam fugir,
Juntaram o filho sangrando,
E escorrendo orgasmo
E partiram.
O tirano os viu fugir,
Gritou e tentou ir atrás deles,
Contudo veio um raio,
E cortou o chão onde estava,
A chuva foi tanta que chegou,
E escorreu por aquela fenda,
Ele foi incapaz de passar,
O rapaz se foi para outro povo.
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