segunda-feira, 3 de março de 2025

Prova de Fogo

Em certa etapa da estrada,
Uma mulher lhe jura amor.
Ele descrê,
Não vê nela a verdade,
Com isto,
Se afasta.

Prefere distanciar-se
Da mentira.
Todavia,
A estrada é movimentada,
Não tarda,
E ali retorna,
Quem encontra?

A dita mulher ajoelhada,
Que a ele se presta,
Após verte-se a Allah,
Jurando amor a ele de toda forma.

Ele descrê,
Outra vez,
No entanto, passa ali
Outras vezes,
E a mulher se torna pedra,
Tal como morta
Em sua prece
De jurar a Allah amor por ele.

Ele quase acredita,
Mas, se vê ferido,
Feito um cego,
Que vendo se recusa,
Ouvindo não se atenta,
Mas se cala
E passa.

Ela implora a Allah por misericórdia,
Quer ser acreditada por quem ama,
Desejou que ele soubesse,
Ele soube,
Agora apenas pedia sua fé,
Por misericórdia de Allah,
Que este que lhe era amado
Se percebesse de tal forma.

Ele viu o suplício dela,
Não rejeitou sua dor,
Decidiu refletir sobre o amor,
Mas, seguiu pela estrada
Não parou ou disse nada.

De tanto passar,
A estrada fez-lhe marcas,
Suas passadas estavam registradas,
E a mulher ali prostrada.

Certa vez,
De tanto cruzar indagou-se,
Tal caminho que ardia feito fogo,
Iniciou a queimar seus pés,
Teriam, desta forma,
Sido feito por demônios?

Ousou olhar na direção da mulher,
Ela estava segura em sua fé,
Ainda lhe jurava o mesmo amor,
Entretanto, seus passos
Pareciam afundar em terra árida,
E fogo subia por suas pernas,
E a mulher lá segura:
O amava!

Nisto, ouve dor em sua cabeça
E tontura intensa,
E o fogo subiu para seu corpo,
Mas não queimava,
Lá estava a mulher ajoelhada,
Veio daí
Um aspecto de levante,
De perto se pareceu com um raio,
E decidiu carrega-la,
E conforme ela ia,
O fogo nele ardia.

Seu coração acelerou,
Sua mente foi esclarecida,
Viu nela,
Já a distância,
O amor,
Correu para ela com toda alma,
Clamou a Allah por piedade,
E vendo de perto o fulgoroso raio
Não teve medo,

Lá era conduzida
A mulher que o amava,
Aquela que lhe atribuía a vida,
Pulou no raio,
Sem medo do fogo
Ou clarão de luz intensa
E assustadora,
Achou alicerce neste raio,

A passadas longas
Chegou até a mulher,
Chamou já naquela hora:
“ se vira para eu,
Minha esposa”.
Creu no amor que ela jurou,
E o que queimaria
Por nenhum instante queimou.

Allah protege os que N’ele
Acreditam.
Voltaram do raio,
Ela em seu colo,
Ele num pulo,
Juntos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A Hora

Anunciaram os djins, - aproxima-se a Hora. O povo daquelas areias Sobre o mar azul e limpo Estremeceu. Aguardaram uns de Al...