Ele reconheceu
Nos olhos da moça
Mulher pura,
Fez de sua casa um templo.
Ao visita-la lhe levou uma flor,
Ela a multiplicou
Fez em frente ao templo
Um jardim florido.
Não outra vez,
Ele lhes levou uma cesta
De frutas,
Ela colheu suas sementes
E as multiplicou
Fez do quintal um pomar.
Houve abundância
Naquele lugar.
Certo dia,
Chegando sem avisar
A encontrou sentada
No gramado do jardim.
Chovia fraco,
Empossou a água
Ao seu lado.
Ela juntou o barro
E nele desenhou
Pássaros, borboletas
E vagalumes,
No vagalume ela colocou
Um girassol.
Depois disso,
Ela enfileirou todos
Na sua frente
E soprou-os de um a um.
Inacreditavelmente,
Eles criaram vida,
E voaram pelo céu chuviscado.
O homem sentiu-se beatificado
Por sua fé,
Indagou a Allah
Se ele era digno do amor dela,
Então, Allah que conhece o coração,
Sabe o que está oculto,
Fez a ela desabrochar
Uma flor na laranjeira,
E fez passar o tempo dela
Mais rápido,
Então, a flor fez o fruto
E caiu no chão molhado,
O fruto amadureceu
Ela levantou-se e o colheu
O deu de presente ao seu amado.
Andando na chuva
Com a laranja nas mãos,
Ela não desviava o olhar,
Delicadamente,
Ao olhar para frente o viu,
Sorriu.
E a depositou para que comesse.
Ele a descascou
Repartiu ela ao meio,
E lhe entregou metade,
Comeram juntos
Um olhando nos olhos do outro.
Ele sorriu,
Sentiu fome,
Ela olhou para trás
Com um jogar de cabelos
Espessos e escuros,
O vento de seus cabelos
Fez desabrochar muitas
Outras flores
Com a mesma rapidez
E delas pro vieram tantos
Frutos possíveis.
Ela riu,
Pegou sua mão
E o levou até lá.
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