sábado, 1 de março de 2025

O Nanam do Masharey

Bruce levanta cedo,
Sem lavar o rosto
E decide sair assim mesmo
Para a área externa da casa.

De repente,
Dá-se com aquele espanto,
Que lhe toma a mão ao peito,
O sorriso dos lábios
E até o sono que ainda
Não o havia deixado
Por completo.

Abre sua boca,
Cheira para aquele lado,
E busca encontrar um reforço...
- oh mãe, papai Rah, papai Moh...

Os três correm
Buscar seus chinelos
Para pôr nos pés,
Não querendo
Sair de qualquer forma
Para a manhã do dia
Pois lhes parecia
Que ainda caia sereno.

Mas, saíram.
Moh trocou o chinelo
Com a mamãe Alih,
Rarah perdeu um pé
E saiu pulando
Num pé só.

O menino olha para trás,
De olhos arregalados,
Lágrimas naquele brilho
Que ele sempre teve
Em si mesmo.
E o pavor tomou conta.

Chega-se próximo,
E encontram Masharey deitado,
Jogado na poeira,
Os pés colocados para trás,
A asas soltas ao seu lado,
Seus lindos olhinhos fechados,
E a Mohgalinha do lado,
Mas, o garoto fez por assustar.

Não se movia.
Não estava trepado em seu galho
De costume,
Não estava a comer
Pelo terreiro a fora,
Nada disso.

Estava jogadinha naquela poeira.
-Masharey, você está bem?
Indagam todos juntos,
Munidos de toda sua coragem.
-Estou sim.
Estou na nanam que eu quero.

Cocorocou ele
Com toda preguiça
Abrindo seus olhos.
Ufa.
Por essa ninguém esperava.

Masharey, o rei galo do terreiro
Se demorar a acordar...
Mas, ele apenas estava dormindo.
Ufa.
Que bom.

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