segunda-feira, 14 de abril de 2025

Lua

No dia em que a lua
Parou para me olhar,
Eu não confessei meu medo,
Eu não gritei pânico.

Eu apenas me calei,
Eu não tentei fugir,
Fiquei parada ali,
Ela surgiu brilhante,
Estava mais linda
Que o normal,
Estava fascinante.

Tudo corria normal,
Não fosse ela,
Reduzir sua velocidade
Para me olhar,
Simplesmente parar,
Ficar por horas,
A me ver.

Este dia foi difícil de explicar,
Tanta beleza cumulada
Em único ser,
E ela se dedica a eu?!

Fiquei vislumbrado,
Não poderia melhorar.
Então, ela despiu-se,
Retirou as vestes,
Eu a vi nua,
Escura e sedenta,
Sem sua luz peculiar,
Sem aquele assombro
Prazeroso.

O mundo todo
Não poderia vê-la,
Não sei explicar,
Mas, ela foi naquele instante
Só minha.

As estrelas ficaram fluorescentes,
O mais tudo escureceu,
Anoiteceu do nada,
E ela emudeceu,
Empalideceu,
Sumiu aos olhos de todos.

Eu a vi,
Conto que sim.
Ela sorria para mim,
Trêmula em seus desejos,
Sombria em tudo o mais,
Despiu-se toda,
A me esperar.

Nenhuma outra pessoa
Notou-a,
Foi como se ela desbotasse,
E não fizesse falta,
Foi único convite,
Com endereço determinado.

Uma multidão se juntou
Para ver ela,
Que houve
Indagaram-se,
Eu simplesmente
Não entendi como
Não a viam.

Estava mais linda,
Recatada,
A minha espera,
Eu fiz um aceno,
Sorri ainda distante,
Ela compreendeu
E vestiu-se,
De pouco a pouco

Mostrou-se,
Com todo brilho
E fulgor,
Com suas faces roseadas,
E sorriso simples.
Nós dois,
Amantes.

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