Eu estava disposto
A perdoar o que primos fazem,
As crueldades
Que são capazes de causar,
Em garotas tão lindas e frágeis.
Contudo, conhecer Márcia
Me prestou grande auxílio
No que se refere a este aspecto:
No que pessoas normais
Tem de atrativas,
Ela possuía pingos de tudo
Em excesso.
Aliás, estes pingos de excesso
Em beleza, carisma e educação,
Ela, ao ver, os malditos primos
E recordar tudo que passou
Os transformava em chuvas
De lágrimas,
E não foi pouco
Que sua dor me compadeceu.
Porém, ela se colocava
As evasivas,
Se distanciava de todo homem,
Acreditava em bons valores,
E preferia conversar
Ao invés de entregar seus beijos
E ceder as paixões,
Daria para se dizer
Que os malditos primos
Fizeram um bom trabalho
Em seus desvalores.
Soube e não foi por acaso,
Que Márcia tem um excelente
Gancho de direita cruel,
E um dom para chutar os pontos
Mais sensíveis de um homem,
Tudo isto,
Envolto naquele rosto perfeito,
Corado pelo ódio,
E punhos fechados para o amor,
E lábios embebidos
Pela maldade incrustada
No olhar inocente.
Enquanto mulheres normais
Diluem suas palavras
No néctar do mel,
Márcia parece preferir
Adoração a maldade,
Não poupa xingamentos,
Ou cobranças pelo que chama
De caráter,
Odeia promessas,
E omite toda jura de eu te amo,
Não se convence por elogios,
E não polpa socos.
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