quarta-feira, 30 de julho de 2025

Na Chácara Ahmed

No amanhecer da chácara Ahmed,
O sol tardou
Pois fazia frio.
A mamãe de Pitelmario
Acendia o fogo no fogão
A lenha para fazer calor,
Mas Pitel não sentia frio,
Ainda cedo
Foi tomar banho no rio.
Pescou dois peixes
No fundo da água
E voltou para casa,
Chegou até a janela,
E preferiu voar para ali mesmo.
Voou até a pia,
E ficou sentado na beira
Da janela.
Chegando ali
Com suas penas molhadas,
E o rosto vermelho
De passar frio
Ela indagou:
- como você está Senhor Pitel?
Ele ergueu o bico
Para o alto,
Abriu e fechou duas
E depois três vezes,
Piscou os olhos
Algumas vezes
Fazendo um olhar entendedor
Do que dizia:
- estou bem, mamãe.
E sentindo o calor
Do fogão acolher seu corpo,
Ele se agachou bem
Como se estivesse
Em um ninho,
Então, emendou:
- senti saudades de você,
Como senti falta deste
E mais este.
Falou apontando
Do jaro de leite
Até o pão sobre a pia.
A mamãe de Pitel sorriu feliz,
Se jogou para cima
Do patinho
O abraçando com todo o amor.
- também te amo Pitel.
Ela falou beijando-o
No lado do seu biquinho.
- também te amo, mamãe.
Ele respondeu.
Então, a mamãe dele,
Pegou o leite
E pôs na leiteira,
E a levou sobre o fogo
Para ferver,
Depois pegou o pão
E cortou em fatias.
Após isto,
Pegou Pitel no colo,
E o levou até o peito,
Abraçando ele
Com força.
Pitel bateu diversas vezes
O seu biquinho,
Feliz aconchegado
No pescoço da mamãe.
Abraçando a mamãe dele
Bem apertado,
No final do abraço,
Ele foi solto sobre o beiral
Da janela,
E o leite fervido foi colocado
Dentro de um prato,
Onde foi picoteado o pão
E solto junto.
Após isto, Pitel chegou perto
E comeu cada pedacinho
De pouco a pouco
Enchendo o bico
E engolindo com um sorriso.
O fogo do fogão a lenha
Fez bem a Pitel,
O pão com leite
Encheu sua barriguinha,
E o nado da manhã
Deixou suas penas branquinhas,
Com traços de terra
Devido a ele ter voltado
Caminhando do rio.

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