sábado, 24 de maio de 2025

Feliz Aniversário Filho

Felicidades,
Desejo realizar
Todos os seus sonhos,
Gostaria de estar
Presente em seu destino,
Saber te encaminhar,
Te transmitir conhecimento
Para você sempre estar
Com seu melhor sorriso.
Tenho orgulho
Do que sou,
Meu ápice
Foi sempre você.
Gostaria de lhe transmitir
Os melhores valores,
Espero que saiba
Que do orgulho que senti,
Em te amparar desde bebê,
Eu o tenho aumentado hoje.
Pequenas coisas fazem
Um grande homem,
Em grande o tive
Para me ver
Maior que imaginei
Por ser seu pai,
Seu amigo confidente,
Te fazer presente.
Eu te amo filho,
Feliz aniversário,
Espero que seus dias melhorem,
E que eu supra todas
As suas necessidades,
Sonho que seu dia seguinte
Sempre seja melhor que o hoje.
Trabalho árduo
Para lhe dar o melhor,
Lhe tenho com sentimento de honra,
Sou um sujeito realizado
Por ter alcançado seus carinhos.
Eu te amo,
Sempre irei te amar filho!

Fim do Show

Início de outro show,
As mãos estão suadas
Como se fossem os anos noventa,
Eu olho para o meu guitarrista
E lhe confidencio:
“ Cara, há tanto que saímos
Dos anos noventa,
Mas este coração acelerado
Em meu peito
Parece ignorar.”
Eu aponto para ele
Minha camiseta preta suada,
Aos saltos,
Como se fosse minhas baquetas
Sobre a bateria.
Ele riu
E diz:
“Cara, seu filho
Está para vir,
De repente é ele aí.”
Eu sorrio para caramba,
Meu amigo,
Parceiro de banda
Não poderia estar
Mais ausente do mundo.
Por certo,
Estamos todos os quatro
Com minha esposa,
Ela realmente está
Nos últimos dias de recebermos
Meu garoto no colo.
Subo as escadas,
Corro pra bateria,
Bato forte e intenso,
Chamo a atenção do público,
Faltam uns minutos
Para o horário do show,
E quem se importa
Nós fazemos o som
E não a algazarra...
Eu me sento,
Por vezes,
É como se eu não estivesse ali,
Como se este show,
O primeiro e o único
Fosse encerrar sem ter um fim,
Fosse me brindar alguns minutos,
Tirar um tempo do ingresso
Do público que pula e grita
Por minha banda.
Eu sinto o orgulho
A pulsar nas veias,
Posso ver seus olhares angustiados,
Doidos por nosso som.
Mas, neste dia,
Eu busco,
E não consigo encontrar,
As batidas ressoam
No automático,
E vejo minha esposa,
Sua barriga grande,
E pareço ter nosso menino.
Então, começa o show,
De um a um,
Os três garotos iniciam
Seus ritmos,
Eu perco minha touca preta,
Me levanto assustado,
Sinto no coração um chamado.
Quando subo no palco
A energia é tão intensa
Que sempre que busco algo,
Seja uma esperança,
Um apoio,
Eu encontro na plateia.
Mas desta vez,
Eu abro os olhos
Com força,
As luzes estão intensas,
Meu coração bate
Mais forte que a bateria,
Por mais que eu busque,
Por hoje,
Não está ali.
Minhas pernas tremem,
Eu teria corrido dali,
Eu teria fugido,
Feito qualquer ato de loucura
Tivesse tido forças
Para dominar minhas pernas.
Por sorte,
Os braços pulsavam
Intensos e salteadores,
Saltaram sobre todos
Aqueles pequenos tambores,
Eu já não me continha,
Muito menos era dono de mim,
Havia algo mais forte,
Mais poderoso e estava perto,
Contudo, não estava ali, ainda.
Os amigos,
Notaram meu nervosismo,
De um a um
Vieram tocar em meu braço,
Eu olhei
“ São meus parabéns, isto?”
Mas os caras são focados.
Nenhum deles lembrava
Lá de fora,
Estavam no auge,
Tocando nossas melhores músicas,
Eu não podia conte-los,
Mas lágrimas em meus olhos
Me obrigaram a reprimi-los.
Eu baixei as baquetas
Sobre um dos tambores,
Me virei de lado,
Soltei minha cabeça
Sobre meus joelhos,
Depois, me levantei e saí.
O povo aplaudiu,
Depois vaiou,
Eu fui ao carro,
Depois liguei a ignição
E parti feito um doido
Para o avião.
Foi assim,
Eu deixei todos na mão.
Cheguei em casa
O mais rápido que pude,
Havia uma carta
Pendurada no lado
De fora da porta.
“ Estou na maternidade,
Não quis te importunar avisando.”
Poxa, minha esposa
É doida
Ou algo desta espécie
Eu pensei,
E corri até onde ela estava.
Chegando ao hospital,
Não foi difícil encontra-la,
Ela estava amamentando
O menino,
Eu corri até ambos.
Peguei o garoto no colo,
Sorri,
Liguei o celular,
Os garotos atenderam,
Ainda estavam no palco
Me esperando.
“ Cara, onde você está?”
Vociferaram aos berros.
Então, eu mostrei nós três,
Fomos transmitidos no telão,
Eu, minha esposa e nosso filho.
“ Vejam, nasceu, é um meninão.”
Eu gritei alto.
O povo aplaudiu.
Os rapazes aplaudiram,
Desceram do palco,
Vieram direto para onde
Estávamos.
O show foi remarcado
Para data provável.

Voz do Inferno

Eu pediria perdão
Por ter te ferido,
Ter usado palavras grosseiras,
Ter batido na sua cara.
Mas, Deus, me mostrou
O caminho,
Antes de você se perder
Na minha estrada,
Eu havia andado nela,
Sofrido as sequelas,
E Deus me fez lembrar.
Então, tudo valeu a pena,
Cada correção,
Cada discussão acalorada,
Por sorte,
Você foi mais forte,
Você foi minha lâmpada
Lá em cima da pirâmide,
Iluminando até distante.
Nisto,
Por ter me visto lá de cima,
Através de tais holofotes,
Você me viu dominada,
Mesmo tentando lutar,
Eu me senti fraca,
Eu quase me rendi a opiniões,
Fui palavra solitária,
Você foi trovão a iluminar
Tão distante.
Minhas palavras
Refletidas por sua luminescência,
Ganharam visão de vida,
Poxa, eu não queria te ver
A perder a memória,
Esquecer de si mesmo,
Caindo em percalços
Tão vazios de sentimentos.
Esquecido de si mesmo,
Longe de quem te ama,
Apegado ao dinheiro,
Pensando que saúde vem da grana,
Um vislumbre da loucura,
E um cair nela,
Baby, muitos ficaram por lá,
Você me viu fraquejar,
Eu só te fiz desconfiador.
Você pensa que foi fácil
Confiar e depois me ver na merda?
Você acha que foi questão
De chorar e pedir colo?
Não, foi pior que soco na cara,
Ser a piada do universo,
Um fantoche nas mãos
De quem não se importa
Com seus valores,
Um fantoche de acalorados rumores.
Mas, querido,
Rumores são criados
Da mesma maneira
Que são destituídos,
E o que você fez permanece.
Lembro, de recordar
Minha própria irmã
Me dizer:
"Eu estou a me separar
Da minha filha em cada dia,
É como se eu aceitasse
Ela morrer,
Sei lá,
Quase me adaptei ao nosso fim,
Mas será mais fácil
Pra mim,
Pior pra você que nem mãe foi,
Você é tia-mae.
Estão ameaçando ela,
Usam nós duas
Para lhes fazer mal,
Eu não posso defende-la,
Então, parece que estou aceitando?"
Ela me indagou
Com um papel rasurado
Onde diziam que iriam sequestra-la,
E depois mata-la,
Isto é dor.
Isto é dor imensa.
Eu tive que me afastar,
Com o coração sangrando.
Você estava se submetendo,
Eu não pude aceitar,
Tive que lutar por nós,
Estávamos duas garotas sozinhas.
Meus músculos doem
Feito veneno
Que escore nas veias,
Eu estava fraca pra socos,
Eu aguento pouco,
Mas, me atrevo a seguir.
Não parei o máximo que pude,
Conheço disso o bastante
Para alertar e fazer refletir.
A voz que fala macio
Ao ouvido
E não tem rosto
É a voz do inferno,
Um passo
E você é puxado,
Cuidado.

Bruce Wayne Príncipe da Pérola

O cãozinho do príncipe
O viu sofrer,
Sentado na escada
Com uma mão sobre os joelhos
E o rosto sobre ela.
Ele ficou pasmo,
Sentiu medo pelo seu estimado,
Com sua audição
Que ouve cada vez mais longe,
Ele ouviu o povo falar mal
Do menino príncipe.
Ouviu pessoas cometer crimes
E serem condenadas ao enforcamento
Em plena praça,
Em público.
O menino príncipe sofreu
A dor daquela pessoa,
Mesmo ela sendo uma criminosa,
Ele desejou ter tanto emprego
Que todos pudessem
Ser empregados.
Nisto, cada um recebia salário,
E ninguém viveria de cometer crimes.
Assim, seu pai fez.
Abriu uma mina de ouro
De suas terras
E chamou o máximo
Que pode para trabalhar.
Porém, o povo se entregou
Aos vícios,
Ao invés de trabalhar
Preferiam agredir,
Cuidar tudo que o rei tinha
Para roubar.
Planejaram matar o rei.
O povo usava de álcool
E substâncias psicoativas,
Obsessivos pela vida fácil,
Abandonavam tudo que tinham.
O príncipe pediu ao pai
Uma reunião com seus amiguinhos príncipes
Para encontrar uma solução
Para tanta maldade,
O pai de Rahat
Agendou a reunião.
Chegado ao castelo de seu amigo,
Onde mais quatro príncipes
Se reuniriam,
Bruce Wayne ficou passeando
Pelos aposentados reais do castelo,
Com sua linda coroa de pérolas.
Porém, lá da área interna aberta,
Ele pode ver refletido
Em sua pérola
Algumas pessoas planejando
Sequestrar o príncipe,
E cobrar dinheiro dos seus pais,
E depois mata-lo.
Ele ficou aterrorizado
Com o que viu,
Se não fosse sua audição
Ser tão boa,
Não teria acreditado.
Ficou irritado,
E seu pelo tomou uma cor
Ainda mais perolizada,
Ele todo parecia ter
Virado uma pérola de pêlos,
Então, correu rápido e bravo
Em direção a aquele homem,
Voou em sua canela,
E o mordeu.
O homem riu dele.
- não tenho o príncipe,
Mas tenho seu cãozinho,
Vamos matar Bruce Wayne
Para ver o príncipe sofrer!
E com isto ele deu um chute
No garoto,
Mas o cãozinho
Não era apenas estimado,
Agora era duro feito pérola.
Ao dar o chute,
O homem quebrou sua perna,
Ela caiu inteira,
E no resplendor da pérola
Ele pode ver sua atitude,
Contudo, não compreendeu.
Avançou contra o cãozinho,
A desferir-lhe socos,
Mordidas, buscando ferir
Com tudo que pudesse,
Nisto o homem morreu
E despedaçou-se
Em frente ao garoto.
O cãozinho voltou ao castelo,
Subiu até a área aberta,
Correu até o príncipe
E o abraçou,
O príncipe sabendo de tudo,
Chorou sobre o cãozinho
Suas lágrimas escorriam
Logo após, aos poucos,
O cãozinho voltou ao normal.
Apenas a coroa do menino
Pareceu mais brilhosa,
E refletia muito mais.

O Príncipe do Diamante

Em reino distante,
O pequeno príncipe,
Viu ao longe chamas,
E seu coração pulsou forte
Se aderiu a certeza
De que iriam incendiar
O castelo do seu pequeno amigo,
O príncipe do ouro.
O pequeno príncipe Mohamed,
Retirou sua coroa,
Pôs ela em frente aos seus olhos,
Tentou buscar o brilho da lua,
Para chamar a atenção
Dos inimigos
Para si mesmo.
O príncipe do ouro
Ainda era criança,
Seus pais eram velhos
E frágeis,
Eles iriam sucumbir
E o mundo não merecia isso:
Ter pessoas tão boas mortas
Por pura cobiça pelo ouro.
A coroa que tinha
Um imenso diamante
Em sua frente reluziu,
O diamante proporcionou
Uma visão mais específica
Do que havia.
Uma multidão se aglomeravam
Em torno daquele castelo,
Lá de longe,
Ele buscou iluminar mais forte,
Alguns virão
E foram atraídos pela luz.
Contudo, eram em muitos,
Muitos.
Mohamed recolocou
Sua coroa e desejou
Ser muito mais forte,
Ele era o príncipe do diamante.
Precisava ajudar o amiguinho,
Colocada a coroa,
Ele subiu na janela,
A lua iluminou de maneira
Tão intensa
Que pareceu refletir
Principalmente sobre ele,
E não sobre a joia.
Seu corpo aderiu um brilho intenso,
Ele soltou as mãos
Ao lado do corpo
E se viu mais forte que nunca,
Seus olhos se tornaram
Dois diamantes brutos,
E ele viu além da multidão
Além do pequeno príncipe
Que chorava,
Além do castelo,
Ele pode ver o mundo inteiro,
Caso quisesse.
Então, focou na multidão,
E o povo vendo tanto brilho
Se dividiu e veio em sua direção,
Armados e violentos,
Com desejo por ouro e dinheiro
Imensuráveis.
Ele deu um salto
E caiu em pé no chão,
Com um barulho violento
Que causou um tremor
Na terra,
A multidão caiu,
Uma duna de areia se desviou
E desceu sobre muitos deles.
Porém, eles continuaram a vir,
Mohamed revestido em diamante
Se tornou tão forte
Que deu um soco no solo,
E fez voar areia sobre
Aquele povo,
Que foi soterrado
Enquanto os que sobraram
Correram esconder-se.
Ele continuou sua jornada,
Seguiu em direção da casa
Do príncipe de ouro
Para ajudá-lo,
De lá o príncipe pode ver sua luz
E sentir sua força intensa,
Então, todo o povo optou
Por correr.
Contudo, levaram suas armas.
O príncipe de diamante Mohamed
Pode retornar pra casa,
E percebeu que estavam a salvo.
Sentindo-se mais seguro,
Ele se magnetizou
E foi condutor da notícia 
Da perdição do povo
Por ilícitos e vícios 
A todos os reinos,
E a casa um dos moradores,
Para que pudessem se proteger.
Logo, de imediato,
Ele escreveu um cartaz
Informando a necessidade
Por trabalhadores
E informou o salário.
No entanto,
Não entendeu por quê
Alguns preferiam tanto
Viver de ilicitudes
E vícios.

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Pequeno Rei de Ouro

Em épocas
Não tão distantes,
Houve um lindo reino,
Onde o rei e a rainha
Eram extremamente felizes,
Eles tiveram um filho,
O herdeiro do trono.
Desde infância
Educaram o menino
Para a liderança,
Lhe presentearam
Com uma coroa em ouro puro.
Houve uma noite
Em que alguns do povo vizinho,
Conhecedor das boas fortunas
Daquela família
Desejaram matar a todos,
E levarem sua coroa,
Também tudo que tivessem
De valor.
Estes, eram alguns poucos
Indigentes,
Que ao invés de preferir
Um trabalho e obter salário,
Optaram por viver de ilícitos,
Ou seja, viver de
Quaisquer subtração
Que pudessem fazer
Sem lhes pagar valores.
Armaram-se com fantoches,
Archotes e ferramentas
De invasão e morte.
Tão distantes chegaram,
Iniciaram a atear flechas de fogo,
O filho foi a janela,
E pode avistar aquelas flechas
Voando contra sua família.
Ele sentiu -se tão entristecido,
Que chorou,
E passou a usar frio de medo.
Seus pais estavam envelhecidos
E fracos,
Ele ainda era apenas um menino,
Não tinha forças nos braços
Para protegê-los.
Lhes pareceu que seu fim
Caminhava de encontro
A eles,
Iriam, todos morrer.
Nisto, por obra de Deus,
Sua coroa passou a derreter,
E lhe cobrir
Primeiro o rosto,
Depois o corpo,
Então, o cabelo e cabeça.
Ele ficou absoluto estático,
Depois, por seu querer
Passou a mover-se,
Elevou suas mãos em agradecimento
Para Deus.
Lá do alto
Uma estrela brilhou,
Ele desejou crescer
Tão alto
Que pudesse pegar na mão de Deus,
E nisto,
Cresceu.
Cresceu sem precedentes,
Cresceu tão rápido,
Que ficou maior que qualquer adulto,
Seu corpo reluzia,
Brilhava em amarelo.
O povo o viu de longe,
Reagiu em alvoroço
A tanto ouro,
Imaginou que fosse
Uma estátua,
Então, mais pessoas se juntaram,
Formou ali uma multidão
De armados.
Ele se retraiu de medo,
Depois de ódio,
Entrou nele tanta fúria,
Que o ouro derretia entre seus dedos,
Depois secava
Em uma altura e retornava,
Um ouro reluzente e quente
Como jamais existiria.
Um ouro alaranjado,
Que a um desejo seu
Virou líquido e escorreu
Pelas paredes do palácio,
Indo de encontro aquele povo
Que começou a gritar em alvoroço
E comemorar a aquisição gratuita
De tanto valor.
Tão perto chegou,
Seus pais saíram a janela,
Abraçados e assustados,
Então, ele se reintegrou
E cresceu outra vez,
Ficou adulto e olhou para trás
Sorrindo um sorriso tímido.
Depois, ficou gigante,
Em ouro alaranjado de chamas,
Ele ardeu tanto
Que ninguém pode aproximar-se
Pois viravam pó
Tamanho calor que produziu.
Faíscas voavam de si mesmo,
Conforme seus pais
Choravam abraçados,
E estás faíscas onde caíam
Eram tão intensas
Que no espaço de segundos
Tudo se consumia até virar pó.
Nisto, o que sobrou do povo
Afastou-se,
Correu se refugiar,
E ele pode retornar
Para a família.
Pouco a pouco,
Ele voltou a ser menino,
Mas, ainda cuida
A longas distâncias
Da sua janela
Por meio de seus olhos de ouro,
Que luminosos
Aprenderam a ver
Muito mais longe.

Em Busca da Luz

Foi a vez
Em que ter o céu
Para teto
Era acalentador.
Deitou-se o Faraó
Sobre as areias desertas,
Fez do calor do dia
A sua morada.
Ao chegar a noite,
Com o cair do sereno
Ele puxou areia sobre si mesmo,
Nisto aqueceu seu corpo.
Tomado por angústia triste,
Ao ser acordado
Em plena madrugada
Por uma tempestade
Em que seu cobertor
Voou para lugares distantes,
Ele viu uma tamareira,
E decidiu cultiva-la.
Tentou de inúmeras formas,
Até que engolir seu caroço,
Defecar a exemplo dos gatos,
Fazendo um buraco na areia,
E ao término cobri-lo,
Produziu bons resultados.
Veio dali
Boas árvores,
Depois disso,
Bons frutos.
Juntou as árvores da areia,
E dividiu-as em sua proximidade,
Passou a dormir em seu tronco,
Recostado.
Com o cair da primeira folha
Sobre sua cabeça Faraó ancestral,
Irritou-se com aquilo,
Decidiu por si mesmo,
Fazer um buraco na areia
E dormir dentro.
No entanto,
O sereno sobre sua cabeça
Lhe gripou demais
Os pulmões,
Empertigou-se,
Colocou sobre o buraco
Folhas das árvores.
Chegou logo o dia,
O sol quente lhe aquecia
As canelas estendidas
Sobre a areia.
No entanto, ao ir dormir,
As folhas secaram
O deixando no relento.
A somar a humilhação
De o pai da linda moça
Moradora de areias próximas
Que o viu
Estirado daquela maneira,
Ocioso e solitário,
Como há de ser o destino
De todo o preguiçoso.
Viu naquela face
Um semblante de admiração,
Quis conquistar linda esposa,
Juntou água,
Misturou a areia.
Não tardou e aquilo virou pedra,
Ele gostou da ideia,
Fez várias pedras
Encostou uma ao lado
Da outra.
Fez a primeira casa.
Então, felicitou-se,
Pois o pretendido sogro
Passou ali e lhe sorriu,
Isto lhe soou mais que elogio.
Fez mais casas,
Ao término de suas várias moradas,
Admirou a luz do dia
Pois ela lhe proporcionava
Ver a linda moça.
Decidiu capturar a lua,
Fez então,
Um amontoado de pedras,
Deu a ela um primeiro formato,
Chamou a àquilo pirâmide,
E subiu aos céus,
Subiu cada vez mais.
Agora de cima de sua pirâmide
Podia contemplar as curvas
De sua prometida.
Isto lhe rendeu ânimo,
Subiu cada vez mais sua altura.
Quando sua construção
Adquiriu grandes proporções
Passou pela habitação da prometida esposa,
Ela residia colada a um tronco
Com uma folha para teto.
Venha, linda esposa,
Case-se comigo,
Já estou capturando a luz.
Em felicidade completa,
O sogro lhes doou uma pedra,
Linda e brilhante,
Que resplandecia a luz do dia.
Feliz pelo presente,
O faraó doou uma
De suas casas aos parentes,
E trouxe para morar com ele
Toda a família.
Logo no primeiro dia
De casados,
Subiu até o final da pirâmide,
Colocou a pedra lá no cume.
A pedra passou a refletir
Toda luz que lhe tocava,
Houve então iluminação
Na noite de lua,
E um pouco na noite de estrelas.
Os predadores noturnos
Deixaram de eliminar
Famílias inteiras
Conforme anteriormente,
E o Faraó pode finalmente
Ter seus inúmeros filhos
Para felicidade de todos.
O povo do redor
Veio morar próximo a ele,
Em suas terras,
Porquê gostaram da luz,
Passaram a auxiliar
Em seus trabalhos
E logo adiante inventaram
O pagamento.
Assim, iniciaram os tempos.

Transporte Ilegal

Terceiro ano de trabalho Na mesma empresa, Cansada de ir ao serviço No transporte público, Vez que, no mês anterior, Um rapaz ...