sexta-feira, 23 de maio de 2025

Pequeno Rei de Ouro

Em épocas
Não tão distantes,
Houve um lindo reino,
Onde o rei e a rainha
Eram extremamente felizes,
Eles tiveram um filho,
O herdeiro do trono.
Desde infância
Educaram o menino
Para a liderança,
Lhe presentearam
Com uma coroa em ouro puro.
Houve uma noite
Em que alguns do povo vizinho,
Conhecedor das boas fortunas
Daquela família
Desejaram matar a todos,
E levarem sua coroa,
Também tudo que tivessem
De valor.
Estes, eram alguns poucos
Indigentes,
Que ao invés de preferir
Um trabalho e obter salário,
Optaram por viver de ilícitos,
Ou seja, viver de
Quaisquer subtração
Que pudessem fazer
Sem lhes pagar valores.
Armaram-se com fantoches,
Archotes e ferramentas
De invasão e morte.
Tão distantes chegaram,
Iniciaram a atear flechas de fogo,
O filho foi a janela,
E pode avistar aquelas flechas
Voando contra sua família.
Ele sentiu -se tão entristecido,
Que chorou,
E passou a usar frio de medo.
Seus pais estavam envelhecidos
E fracos,
Ele ainda era apenas um menino,
Não tinha forças nos braços
Para protegê-los.
Lhes pareceu que seu fim
Caminhava de encontro
A eles,
Iriam, todos morrer.
Nisto, por obra de Deus,
Sua coroa passou a derreter,
E lhe cobrir
Primeiro o rosto,
Depois o corpo,
Então, o cabelo e cabeça.
Ele ficou absoluto estático,
Depois, por seu querer
Passou a mover-se,
Elevou suas mãos em agradecimento
Para Deus.
Lá do alto
Uma estrela brilhou,
Ele desejou crescer
Tão alto
Que pudesse pegar na mão de Deus,
E nisto,
Cresceu.
Cresceu sem precedentes,
Cresceu tão rápido,
Que ficou maior que qualquer adulto,
Seu corpo reluzia,
Brilhava em amarelo.
O povo o viu de longe,
Reagiu em alvoroço
A tanto ouro,
Imaginou que fosse
Uma estátua,
Então, mais pessoas se juntaram,
Formou ali uma multidão
De armados.
Ele se retraiu de medo,
Depois de ódio,
Entrou nele tanta fúria,
Que o ouro derretia entre seus dedos,
Depois secava
Em uma altura e retornava,
Um ouro reluzente e quente
Como jamais existiria.
Um ouro alaranjado,
Que a um desejo seu
Virou líquido e escorreu
Pelas paredes do palácio,
Indo de encontro aquele povo
Que começou a gritar em alvoroço
E comemorar a aquisição gratuita
De tanto valor.
Tão perto chegou,
Seus pais saíram a janela,
Abraçados e assustados,
Então, ele se reintegrou
E cresceu outra vez,
Ficou adulto e olhou para trás
Sorrindo um sorriso tímido.
Depois, ficou gigante,
Em ouro alaranjado de chamas,
Ele ardeu tanto
Que ninguém pode aproximar-se
Pois viravam pó
Tamanho calor que produziu.
Faíscas voavam de si mesmo,
Conforme seus pais
Choravam abraçados,
E estás faíscas onde caíam
Eram tão intensas
Que no espaço de segundos
Tudo se consumia até virar pó.
Nisto, o que sobrou do povo
Afastou-se,
Correu se refugiar,
E ele pode retornar
Para a família.
Pouco a pouco,
Ele voltou a ser menino,
Mas, ainda cuida
A longas distâncias
Da sua janela
Por meio de seus olhos de ouro,
Que luminosos
Aprenderam a ver
Muito mais longe.

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