Não esperava
Apaixonar-se por um homem
Que já fosse pai,
Contudo, iniciou o namoro,
Na primeira oportunidade,
Ele surgiu com o menino
Carregado em seus braços.
Um lindo garoto,
Uma criança ainda,
Tinha seus três aninhos,
De imediato senti afinidade
Pelo menino,
Fui até a escada
E no topo dela
Eu peguei o menino
Nos braços.
Logo que olhei em seus olhos,
O rostinho próximo ao meu,
O cheiro característico
De criança,
Tudo me conquistou,
Amei-o.
O levamos para dentro
De casa,
Naquele dia fiz sopa de abóbora,
Assei com carinho a abóbora,
Depois a dilui sobre o fogão,
Acrescentei carne pré-cozida,
E legumes.
Me recordo com os olhos marejados,
Foi a primeira vez
Que servi a uns criança,
Pegando a colher
E enchendo de sopa
E lavando até seus lábios frágeis.
Ele sentado nas pernas
Do pai,
Um orgulho de se ver,
Era final de semana,
Deixamos de beber,
Também não saímos a noite,
Ficamos em casa,
Convivendo em família.
Quando meu namorado
Foi para casa
Eu desejei cuidar da criança,
Longe dela senti saudades,
Pedi notícias,
Perto fui mãe,
Verdadeira mãe,
Cuidei com todo carinho.
Não tardou,
A criança passou
A ficar comigo
Durante a semana,
Também, sua mãe
Confiava em mim
E no quanto a amava.
Comemoramos seu aniversário,
Aprendi a receita
Do seu bolo favorito,
Mas, o namoro teve fim,
Ele trocou a foto da rede social
Por outra de si próprio,
Porém, com outra pessoa.
Uma mulher,
Uma estranha,
Perdi contato com a criança,
O amor que lhe dediquei
Foi jogado fora,
Não tive notícias,
Meu namorado optou
Por outra pessoa,
A mãe da criança não sou eu.
Não o vi mais,
Foi nosso adeus.
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