sábado, 15 de fevereiro de 2025

Adeus Fradinho

Adeus Fradinho,
Ele disse:
- eu vou fazer um atalho
No seu pai.

Ele falou através
De um sistema computacional:
- só que, a faca.
Eu senti medo,
Eu lembrei do passado,
E fiquei com olhos parados,
Como se lá tivesse sido difícil,
Então, ele repetiu,
E a prova foi complicada,
Agora tornou
E eu não fiz nada.

Me estagnei.
Ele me causa medo.
Instantes depois ele chorou,
Meu marido rompeu ele a faca.

Ele chorou e falou meu nome:
- Aline, eu disse isso viu?!
E eu ouvi os soluços de Fradinho.
Logo após vieram suas garotas
E depois seus homens,
E disseram:
- pois é,
Quem mata,
Ao ser morto também chora.

Estão prontos pra matar,
Não estão aptos a morrer.
Eu estou viva pra presenciar
Este sistema ser reconhecido
E decair até o fundo.

Precisou trinta anos de dor,
Lágrimas e sofrimento
Sem explicação
Para que eles surgissem
E mostrassem existência,
Por trás do computador
Toda ação parece exitosa,
Mas o mal que tomou forma
Está morrendo em sua concha.

O sistema está se fechando
Em torno deles,
E cada um que lucrou
Está a miséria
E a morte.

São tantos homens,
Tantas mulheres
Até crianças,
Vontades satisfeitas
Sobre a vida alheia,
Manipulação ardilosa,
Agora eu posso entender minha vida,
Allah está por nós
Eles não irão vitoriar.

- eu tô aqui dia e noite.
Eles dizem.
Mas não entendem
Que eu não os quero
Em minha casa,
Minha vida,
Meu território.

Eu não suporto ser coagida,
Odeio ameaças,
Que cada um cuide de sua vida.
E estes sistemas sucumbam.

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