Distância,
Por favor,
Distância agora!
Imploro em ardor.
Clemência,
Eu o odeio.
Vocês não o vêem insistir?
Eu não quero vê-lo,
Ele me procura e sorri?!
Ri do meu ódio,
Rejeita o que sinto,
Zomba da minha ira,
Retirem-no!
Ele me olha com estes olhos
Que queima meu cérebro,
Parece penetrar minha alma,
Procurar em mim por dentro.
Invasor.
Coloquem-no para fora.
Eu o odeio.
Olhem,
Vejam o quanto é falso,
Traiçoeiro se aproxima
Com este andar de gato,
Põe-se em cima de mim,
Se sobrepõe a minha vontade,
Retirem-no,
Eu não o suporto
Muito menos sua boa vontade.
Assim que eu me descuidar,
Será capaz de me deixar louco,
Veja como me coloca em pânico,
Me fere ao estar perto,
Não preciso ouvir palavra,
Põe-no para fora!
Por quê vocês não me ouvem,
Agarrem-no,
Acabem com isto,
Não tolero sua proximidade,
Apenas o odeio,
Não sei lhe sentir afeto.
Seus braços soltos
Parecem algemas de correntes,
Prestes a me agarrar
Por me ver aqui
Frágil e inerte,
Vão me prender,
Se agarrar em mim,
Fingir liberdade
Apenas pra me ferir.
Este bafo traiçoeiro,
Deve estar embebido de álcool,
Deve conter veneno,
Sopra sobre meu rosto,
Está prestes a me matar.
Distanciem-no.
Ninguém vai me ajudar,
Coloquem-no para fora,
A meu Deus,
Tarde demais agora!
Sem delongas ele se joga
Na direção deste que entra,
Cai no chão aturdido
E debate-se feito louco.
Olha com ódio o sobrinho.
A criança que já teve no colo,
Agora adulto,
Vê com olhar de inimigo.
Ele parece saber seus gostos,
Prever seus atos
E zombar deste que se atarde
Por agora não passar de um velho.
Ora, maldição a jovialidade!
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