Sentada no banco do ônibus,
A caminho da escola,
O motorista faz a curva,
Uma garota se joga sobre ela,
- fora o susto,
Está tudo legal.
Ela responde assustada.
Mas, o susto não basta.
A garota a pega pelos ombros
E a coloca em pé no corredor,
Um grupo de garotos entra,
Passa por ela,
E esfrega as mãos em seu corpo.
Ela sente-se mal.
Olha para a frente em fuga,
Pensa se desce para fora
Estando tão longe de casa,
Sente medo.
Nisto a garota investe.
- está calça me cabe.
Então, puxa a calça dela,
Deixa a mostra a calcinha
Porquê ela foi rápida e segurou,
Todavia,
A outra garota joga a bunda dela
Para dentro de sua calça.
-tira, é minha.
Ela abre a boca espasmada.
Quer gritar
Mas tem medo de chamar a atenção,
Sente vergonha,
Ergue a calça e esconde-se,
Sem dizer nada.
Afunda no banco onde estava.
Não tarda,
E a garota estranha volta a agir.
Chega para outra aluna,
Em frente ao ginásio de esporte escolar,
- está pulseira é minha.
Pega a pulseira e engatilha
Nas duas,
Como se fosse algemas.
- sua jaqueta também.
Então, veste a jaqueta
Mantendo seus dois corpos.
A menina envergonhada
Entrega a roupa,
De peça a peça,
Fica apenas de calcinha.
Não tarda, a garota volta a ativa.
A outra garota,
Uma loira, baixinha e gordinha traje,
-esta roupa é minha,
E você não irá tirar.
E desfere um tapa no rosto da colega.
A menina violenta entra na roupa da outra,
Ambas na mesma calça,
Mesma camiseta,
Mesma pulseira.
Não basta, contudo.
Ela junta folhas de um caderno,
Dobra-as e as amassa e enrola,
No estilo de um charuto grosso
E grande, então,
Enfia no bumbum
De uma e outra.
A garota chora e entrega as roupas.
A outra apenas de calcinha,
Tenta esconder-se,
Mas um garoto, mais rápido,
A toma entre as mãos
Baixa a calcinha
E chupa sua vagina
Jogando um líquido espesso
E amarelo para fora de sua boca
Alguns momentos depois,
Ao lado do corpo dela,
Na calçada quente.
Ela se desvencilha,
Corre para o ônibus e chora.
Passa a pedir as pessoas que entram
No transporte público,
Que digam ao pai dela
Que aquilo era doença e não porra,
Porquê a ideia de gozar
Para um garoto daquela forma
Pública, violenta e vergonhosa
A estava destruindo,
Ela preferia a morte.
No retorno do ônibus
Pela casa dela,
Ela se jogou da janela
Com uma corda no pescoço
E enforcou-se.
A outra levou aquele espécie estranho
Feito pela colega aos pais,
E pediu se ânus menstrua.
A mãe voltou-se para as panelas,
Preferiu fazer o jantar,
O pai disse que o Grêmio ia mal.
A outra preferiu ter sempre
Mais de uma muda de roupa
Guardada na mochila.
Sentiu medo.
Pensou se estudar compensa.
Sentiu pena dos pais analfabetos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário