O garoto parou o carro,
Em frente ao portão do colégio,
Ele era mais velho,
Mas era um rapaz de mente livre,
Não se importava
Em estar com meninas
Mais jovens
E de mentalidade mais infantil.
- Oi.
Minha irmã levou seu caderno
De recordação pra assinar
E lá estava escrito
Que você me ama.
Ela o olhou incrédula.
Caramba,
O garoto mais lindo,
De carro novo
E bebida legal no carro,
Aquele que todo mundo
Corria para vê-lo passar
Estava falando com ela,
E na frente do colégio
Isto era muito mais que legal.
- Uau. Eu te amo sim.
É certo que amo.
Eu comprei uma foto sua
De sua irmã de você sem camisa.
Uau. Que peitoral, heim?!
Ele riu alto.
Baixou o som do carro.
Caramba, ele tinha os cds mais legais.
- ah, que preço você pagou?
Ele indagou.
- cara, pouco dinheiro.
Depois eu dei uma filmadora
Pra ela, acredita?
Ele abriu a porta do carro,
Olhou pra ela e riu mais alto.
- não? Você é mesmo apaixonada.
O peito dela suspirou alto.
- sim. Sou.
- então, entra aqui.
Então, ela abriu a porta
E foi.
Foram pra um lugar reservado,
Era uma entrada de estrada,
Que levava a uma roça
De algum agricultor local.
Pararam lá, ele reduziu o som.
Olhou pra ela, e a tocou no ombro.
- você é bonita.
E a beijou,
Ela não esperava,
Retribuiu com ardor.
Então, ela transou.
Aos treze anos.
Nunca havia feito sexo.
Mas tinha fotos dele escondidas,
E de mais alguns garotos.
Isto queria dizer
Que ela o amava, claro.
Ele a deixou no portão do colégio,
E não voltou mais.
Três dias depois estava com outra garota,
E depois outra
E depois outra e outra.
Ela chorou,
Queimou suas fotos.
Rasgou o caderno de recordação,
Que tinha recordações de todas as amigas,
Sofreu.
Faltou as aulas,
Perdeu três provas.
Implorou chance pro professor.
Sofreu dobrado estudando.
Um dia,
Sentada com o livro aberto
Em frente ao ginásio de esportes,
Do lado do colégio,
Um garoto chegou,
Conversou um pouco com ela.
Ele pertencia ao grupo
Dos garotos bonitos,
Era até amigo daquele anterior.
Saiam juntos,
Iam a festas,
Não tinha carro.
O sexo rolou ali mesmo,
Em frente ao ginásio,
Durante a luz do dia,
Na grama.
Perdeu a prova,
Reprovou de ano.
Entristecida foi beber no ginásio.
Jogar sinuca e beber a valer.
O amigo a ajudou no banheiro.
Transaram lá.
Ela se tornou o comentário
Dos garotos bonitos.
Eles chegavam nela
Onde estivesse,
Paravam o carro
E convidavam pra sair.
Um dia um amigo legal,
Não tão bonito,
Nem do grupo dos bonitos,
Nem amigo.
Parou o carro
E jogou uma cerveja fechada pra ela.
Foi legal.
Ele nem a chamou.
Estava de moto.
Logo ela saiu com ele
Curtir a moto.
Foram a um motel.
Ele convidou mais amigos.
Ele, também, não pediu pra namorar comigo
Ela escreveu no diário.
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