quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Um Ponto e Uma Vírgula

 

Era beijinho de um lado, beijinho do outro,

Agradar era o que ela mais queria,

Até desistir dessa ideia e procurar a si mesma,

Escolheu plantar flores no seu quintal,

Fazer seu próprio jardim, chamar as borboletas,

Os pássaros e o que mais gostasse,

 

Resolveu que se daria importância,

Com isso, passou a reconhecer valores,

E só então, decidiu amar aos demais,

Estivesse errada ou não,

Como um coração ferido poderia concertar outro?

Acreditava que para remendar a alma,

 

Precisava ao menos, contar com linha na agulha,

Mudar a si mesma era um processo árido,

Às vezes, vertia em lagrimas sem saber o que fazer,

Era difícil organizar a própria casa, gerir a própria vida,

Imagina então, abrir-se para acolher outras pessoas,

Ter que esconder sua dor, quando o outro mais precisa,

 

Era um processo difícil, mas necessário...

Recusava-se aos erros com bravura,

Mas isso parecia fazer parte do processo,

Quem estaria imune a opinião pública,

Quem estaria isento da interferência alheia,

Vacinado quanto aos comentários jocosos,

 

Impassível a comoção das pessoas ao seu redor,

Embora, sempre acreditasse que a vida era maior que isso,

Nem sempre soube ao certo como reagir aos fatores,

Era o externo que oprimia, o interno que exprimia,

Dois pesos e duas medidas, como saber a exata?

Haviam situações que gritavam impunidade,

 

Então, por que aos outros não eram tão evidentes?

Isso a deixava pensativa, fazia com que buscasse algo,

Havia algo de muito errado ao seu redor,

Isso lhe dava calafrios, como iria aceitar calada?

Embora o mundo estivesse oprimido, cego,

Ela se recusava a ser apenas mais um número a vagar,

 

Poderia constituir um número, mas nunca seria apenas isso,

Um joguete nas mãos de pessoas ensurdecidas,

Haveriam pessoas que pensavam diferente disso,

Ela não poderia ser a única, com comentários céticos,

Ela buscava refletir sobre os acontecimentos,

Buscar apoio sobre como fazer a diferença,

 

Ficaria feliz em ajudar no que fosse preciso,

O mundo algum dia, daria as mãos,

Alguns talvez, ousassem sonhar em conjunto,

Por que, se esquivavam tanto disso?

Os sonhos embora pereçam de apoio,

Não pareciam perderem-se no transcorrer dos anos,

 

Sempre há uma voz a ser seguida,

Um objetivo que valha um pouco de atenção,

Na falta de saber o que fazer, basta tentar,

Buscar algo em que acreditar e lutar por isso,

De momento, não sei ao certo o que falar,

Mas acredito em tantas ideias boas,

 

Tantos objetivos carentes de apoio,

Bem, deixo aqui meu ponto e vírgula,

Mais tarde, com ideias mais maduras,

Editarei está página, traçando um ponto final.

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