Era beijinho de um lado, beijinho do outro,
Agradar era o que ela mais queria,
Até desistir dessa ideia e procurar a si mesma,
Escolheu plantar flores no seu quintal,
Fazer seu próprio jardim, chamar as borboletas,
Os pássaros e o que mais gostasse,
Resolveu que se daria importância,
Com isso, passou a reconhecer valores,
E só então, decidiu amar aos demais,
Estivesse errada ou não,
Como um coração ferido poderia concertar outro?
Acreditava que para remendar a alma,
Precisava ao menos, contar com linha na agulha,
Mudar a si mesma era um processo árido,
Às vezes, vertia em lagrimas sem saber o que fazer,
Era difícil organizar a própria casa, gerir a própria vida,
Imagina então, abrir-se para acolher outras pessoas,
Ter que esconder sua dor, quando o outro mais precisa,
Era um processo difícil, mas necessário...
Recusava-se aos erros com bravura,
Mas isso parecia fazer parte do processo,
Quem estaria imune a opinião pública,
Quem estaria isento da interferência alheia,
Vacinado quanto aos comentários jocosos,
Impassível a comoção das pessoas ao seu redor,
Embora, sempre acreditasse que a vida era maior que isso,
Nem sempre soube ao certo como reagir aos fatores,
Era o externo que oprimia, o interno que exprimia,
Dois pesos e duas medidas, como saber a exata?
Haviam situações que gritavam impunidade,
Então, por que aos outros não eram tão evidentes?
Isso a deixava pensativa, fazia com que buscasse algo,
Havia algo de muito errado ao seu redor,
Isso lhe dava calafrios, como iria aceitar calada?
Embora o mundo estivesse oprimido, cego,
Ela se recusava a ser apenas mais um número a vagar,
Poderia constituir um número, mas nunca seria apenas isso,
Um joguete nas mãos de pessoas ensurdecidas,
Haveriam pessoas que pensavam diferente disso,
Ela não poderia ser a única, com comentários céticos,
Ela buscava refletir sobre os acontecimentos,
Buscar apoio sobre como fazer a diferença,
Ficaria feliz em ajudar no que fosse preciso,
O mundo algum dia, daria as mãos,
Alguns talvez, ousassem sonhar em conjunto,
Por que, se esquivavam tanto disso?
Os sonhos embora pereçam de apoio,
Não pareciam perderem-se no transcorrer dos anos,
Sempre há uma voz a ser seguida,
Um objetivo que valha um pouco de atenção,
Na falta de saber o que fazer, basta tentar,
Buscar algo em que acreditar e lutar por isso,
De momento, não sei ao certo o que falar,
Mas acredito em tantas ideias boas,
Tantos objetivos carentes de apoio,
Bem, deixo aqui meu ponto e vírgula,
Mais tarde, com ideias mais maduras,
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