sábado, 28 de junho de 2025

Obsessão Maldita

No dia 28 de junho
Do ano 2025,
Angélica passou de carro
Em frente a residência
De Miranda,
E gostou do lugar.
Sem pestanejar
Indagou o preço
Para ela.
- Não vendo senhora.
Eu gosto muito daqui.
Respondeu ela.
Angélica não gostou
Da resposta,
Ela era acostumada
A ter tudo que queria,
No mesmo instante.
Organizou um namorado
Para Miranda,
Um rapaz bonito
Conhecido de Angélica,
Organizou como se conheceriam,
E pediu a ele para entrar
Na casa de Miranda
E valorar os móveis,
Estado da residência,
E o terreno.
Queria tudo minucioso,
De preferência que
Lhe fosse encaminhado fotos.
Assim foi feito,
Fabiano gostou de Miranda,
Ele era solteiro,
Gostava de variar garotas,
Ela seria uma nova garota,
Porém, do bairro Veneza.
Entrando em sua casa,
Tirou as fotos,
Enviou para um grupo
De amigos,
Onde Angélica estava.
Logo, Angélica organizou
Um acidente contra Miranda,
Que passou a achar
O bairro perigoso.
Após isto,
Angélica deu a Fabiano
Um roupeiro feito por encomenda
Para a casa de Miranda,
Fabiano o fez,
Recebeu de Angélica
Uma gorjeta,
Recebeu de Miranda
Um presente de volta,
Em razão da felicidade desta
Em ganhar um presente
Tão prestativo e bonito.
Contudo, Angélica
Pagou a Fabiano
Desta vez,
Que botasse fogo
No roupeiro,
Enquanto Angélica dormia,
Depois saísse de lá,
Na calada da noite,
Com tudo pronto,
E Miranda para garantir
Afogada no travesseiro
Por ele.
O roupeiro era feito
De compensado,
Este material da o fogo
Se alastrar com facilidade,
E queima sem fazer fumaça
Como faria se fosse
Madeira comum,
Também não faz tanto calor,
Apresenta mais labaredas
Que sinais de existência comuns.
Só após ele queimar
É que a fumaça se instala,
Contudo, quem olha
Tem a impressão de ele
Estar inteiro,
No entanto, está queimado
Por completo
Sem apresentar nem ao
Menos sinais de carvão,
Passa a ideia de que fosse fogo falso.
Tudo foi feito,
O fogo foi iniciado
Não apresentou fumaça
Queimou feito palha seca,
Contudo, Miranda conseguiu
Acordar,
Com as labaredas
Queimando seu quarto
Cortinas, foro e cama.
Mesmo com todo o fogo
Ela conseguiu abrir
A janela e se atirar do quarto
Através dela,
Caiu na brita sobre o jardim,
Conseguiu se arrastar
E sair de lá.
Foi até o jornalismo local,
Contou sua situação
De ter tido toda a casa queimada,
E ganhou dos vizinhos
Móveis novos,
E tudo o mais que precisou
Para se recuperar,
No entanto,
Não entendeu quem era
Fabiano
E continuou ao seu lado.
De casa nova,
Foi pedida em noivado,
Desta vez,
Nesta noite
Junto das alianças
Ele trouxe maconha,
Puxou o cigarro,
Fumaram juntos,
Não tardou e colocou fogo
Nas cortinas,
No entanto, Miranda apagou.
E olhou para ele
Boquiaberta,
Ela conseguiu desconfiar dele,
Foi início para se defender
Do relacionamento abusivo,
Organizado por uma estranha
Interesseira e ambiciosa.
Contudo, comprando
Um fogão a lenha,
O fogão passou o calor
Para a cozinha que era de compensado,
Toda feita de maneira planejada
Para a casa.
Quando Miranda saiu
Do quarto,
Vendo o fogo se alastrar
Rapidamente,
Sem nada queimar
Achou que poderia
Passar pela cozinha
Para fugir de dentro de casa,
Com isto,
Ao chegar na cozinha
O cheiro que era muito intenso,
Mas não apresentava cor
Como apresentaria se fosse
Fumaça comum,
A afogou.
Sem poder respirar ela desmaiou,
Caiu em meio a cozinha,
Mole e com dificuldade
E o calor foi se intensificando,
O fogo cobriu o teto,
Alcançou todos os móveis,
Pois sua casa era rodeada
De móveis e bibelôs,
O teto derreteu sobre seu corpo,
Ela teria morrido.
Mas, Fabiano vindo vê-la
E trazendo pinhão
Para comer assado sobre a chapa,
Ao entrar na casa,
A viu caída no chão,
E se jogou para dentro
Daquele fogo,
Retirou o foro de PVC
Que queimava sobre ela,
Arrancou lascas de pele,
E cabelos nele.
Chorando, pegou ela nos braços
E a levou para fora,
Ao chegar no sereno
Da noite,
Caiu desmaiado
E sem forças
O cheiro do compensado
Queimando era muito forte,
Parecia obstruir sua respiração,
Rasgar ele por dentro.
Um caminhão dos bombeiros
Chegou,
Quebrou o portão
E retirou ambos de lá.
Depois apagaram o fogo.
Restou todo o quarto,
E sala chamuscados,
Praticamente tudo
Teve de ser trocado.
Fabiano e Miranda
Sofreram grandes queimaduras,
Foram obrigados
A usar faixas sobre o corpo
Com remédios,
Principalmente Miranda.
Era a segunda vez
Que ela chamuscava,
Contudo, está última
Quase foi definitiva.
Optou por não morar sozinha,
Pediu a ele para ficar com ela.
Ela sentada sobre o sofá,
Com ele ajoelhado
Em sua frente,
Com as duas mãos
Sobre a mão queimada dela.

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Profissão Assassino

Irene seguia pela calçada,
Desviando das pessoas
Fazendo sua corrida matinal
Com uma garrafa de água
Em mãos.
Em certa altura,
Ela parou ver o sol nascer,
Ficou em pé,
Pondo um pé sobre um banco
De madeira e ferro
Localizado próximo a uma loja.
Um homem
Que estava abrindo o portão
De garagem que cobria
A entrada
Para deixar a parte de vidro
Exposta,
Vez que, dentro de poucas horas
Abriria a loja.
Olhou-a,
Da altura do chão,
Enquanto puxava o portão
Manteve o olhar.
Soltou o portão,
Abriu a loja,
Entrou e saiu pela porta.
Mantendo-a fechada.
Sua vitrine era perfeita,
Ele vendia artigos femininos.
Saindo de lá,
Ele encerrou por desviar
De um carro escuro
Parado em frente a loja,
Pegou um chapéu
De abas de cor roxa
E veio em sua direção.
Ele era um lindo homem,
Moreno, alto, cabelos compridos
Até a orelha, escuros,
Olhos vibrantes,
Porte atlético.
-Ola. Quer companhia
Para a corrida?
Indagou enquanto
Se aproximava dela
Vestindo o chapéu.
Com as duas mãos,
Uma em frente ao rosto,
Outra na nuca,
Depois soltou ambas
Ao lado do corpo.
- já cansei.
Estou descansando,
Na verdade.
Irene respondeu.
Delmo insistiu:
- vamos continuar,
Eu te acompanho.
Depois estendendo
A mão para ela,
Se apresentou:
- sou Delmo.
Ela sorriu com prazer.
- sou Irene.
Respondeu, aceitando
 Cumprimento.
Ambos iniciaram a corrida,
A passos lentos,
Deram uma volta
Em torno da quadra
E retornaram ao mesmo lugar.
- vamos até minha loja,
Logo irei abri-la.
Eu não atendi o pessoal,
Tenho funcionárias
Para isto,
Mas gosto de abri-la
Todos os dias.
Respondeu.
E apontou em direção
A loja.
- claro.
Será um encanto.
Respondeu.
E seguiu ele até a loja.
Ele a abriu,
Depois fechou por dentro,
E se direcionou
Para os fundos.
Lá serviu um café a ambos.
- eu fico bastante tempo
Aqui atrás,
As vezes, até durmo.
Disse pra ela,
Enquanto alcançava
A xícara de café.
Havia uma sala enorme
Contendo uma cama,
Sofá, televisão e depois
Um jardim lindo.
Ela aceitou o café,
Tomou.
Neste instante,
Delmo aproximou-se dela,
A envolvendo pela cintura,
Lhe prendendo contra
Seu corpo quente e suado.
- você mora aonde?
Ele indagou.
Ela rapidamente
Passou o endereço.
Ele sorriu.
Então a beijou sôfrega
E descontroladamente,
Beijos tão intensos
Que lhe tiravam o ar,
Apertou seus lábios tão fortes
Que a fizeram sangrar.
Com um rodear
De seu corpo,
Ele colocou a mão
No bolso dela
E encontrou a chave
De sua casa,
A retirou,
Jogou no chão.
Depois a apertou
Para si,
Como se quisesse
Quebrar sua coluna,
Então, levou as duas mãos
Sobre o pescoço dela
E apertou.
Ela gemeu de encontro
Aos lábios dele,
Não fez um único ruído
Audível que pudesse
Ser identificado
Como recusa.
Depois, fechou os olhos,
E selou sua boca.
Com rapidez severa
Delmo retirou as roupas
De Irene,
Deixando ela totalmente nua.
Neste instante,
As vendedoras da loja
Chegaram, abriram a porta,
Viram a chave de Delmo
Sobre o balcão,
Perceberam que ele
Se encontrava na loja,
E não importunaram
 Conforme eram suas ordens:
“nunca irem até lá atrás”.
Delmo aoroveitou
Do prazer que sentiu
Pelo corpo de Irene,
Satisfez sua atração
Até suar sobre ela,
Sentindo seu corpo mole,
Vibrar de um lado
Para o outro
Diante de suas investidas frenéticas
E violentas.
Depois ele a amarrou
Numa tábua,
Dobrando a tábua
Para trás,
Num movimento
De deixá-la totalmente livre
Para seu prazer.
Encerrado o ato,
Retirou o tapete do chão,
Abriu um alçapão,
E jogou Irene lá dentro,
Morta.
Jogou areia e cal sobre ela,
E fechou de volta,
Depois de vê-la sumir
No fundo daquele abismo.
Saciado,
Pegou as chaves dela,
As chaves do carro
E foi até sua casa,
Saqueando tudo que encontrou.
Juntou cada peça de roupa,
Cada pertence,
Levou tudo para casa
E etiquetou,
Sentindo o cheiro de cada peça,
Saboreando a delícia
De seu crime fresco.
Neste período de tempo,
Eram quatorze horas
Quando Irene acordou,
Sentindo dores intensas
Na coluna,
E na região do pescoço.
Não podia respirar,
Tateou em volta de si própria
E encontrou alguma coisa
Como se fosse algumas pessoas,
Tentou falar e não pôde.
A todo custo,
Levou a mão para o alto,
Encontrou liberdade
Para o braço,
E conseguiu sair dali
De dentro.
Empurrou o alçapão,
E ao encontrar a luz
Olhou onde estava
E viu cabelos de diversas
Cores próximo a ela,
Puxou para cima,
E notou que era uma pessoa,
Puxou o outro e também era.
Conteve o grito,
Por não ter recuperado
Totalmente o fôlego,
Se segurou na entrada
Do alçapão para sair
Para fora,
Viu braços atolados
Em cal e terra,
Parecia ser um espaço
Que iniciava ali
E seguia para a frente
Em direção ao jardim.
Ela sentou no chão
E lembrou de Delmo
Com dificuldade,
Seu beijo veio
Feito um reflexo em sua mente,
Seu corpo tremeu violento
De medo,
Notou, assim, que estava nua.
Percebeu que sua
Região íntima estava inchada,
Roxa e sangrava.
Ela sentia dores intensas,
Se levantou de lá,
Foi até o muro do jardim,
Pulou o muro com esforço,
E nua seguiu pela rua.
Isto chamou a atenção
De algumas pessoas,
Logo uma viatura
Estacionou atrás dela,
Deu voz de prisão,
E ela foi conduzida a delegacia
Para prestar explicação.
Emudecida,
Ela apenas olhava
O rosto do policial,
Tomava água
Que ele lhe deu,
E chorava.

A Invenção do Aceno Real

Na data em que
O sol era um tronco
De lenha,
Os três reis do ouro,
Do diamante e da pérola
Se reuniram fora
De seus castelos.
Sem ter o que fazer
Para entreter Bruce Wayne
E seus irmãos,
Eles acenaram na direção
Do horizonte,
Lá existiu o primeiro
Aceno do rei.
Após cansarem de fazer
Este gesto repetidas vezes,
Vez que Bruce Wayne,
Pitelmario e Brucano e Brucano,
E seus irmãos Mohameiro,
Efru e outros dançavam ao redor,
Batiam suas patinhas e asas
De felicidade,
Eles passaram a mexer
Suas mãos não de
Um lado para o outro
Conforme anteriormente.
Fizeram o gesto de frente
Para trás,
E a turma ficou ainda
Mais feliz.
Eram tempos de crise
Naquela data,
A chuva estava escassa,
Isso prejudicou o volume
De água na represa,
O que obrigou-os a economia,
E isto, causou-lhes medo.
A ausência de chuvas
Fez a areia ficar seca
E às tamareiras perderem
Suas flores antes ainda
De o fruto nascer,
Causou, também, o retardo
Do nascimento do cacho
De tâmaras
E por fim, a seca
E morte de muitas tamareiras.
Às tamareiras caíam
Aos seus redores
Ocasionando impacto
E medo neles.
Seus troncos
De tão secos
Ao encontrarem a areia
Se partiam
E se esbugalhavam.
As folhas das tamareiras,
Caíram e algumas
Pegavam fogo
Como se alguém tivesse
Jogado fagulhas sobre elas.
Ver o campo secar
E cair aos seus pés
Foi triste para todos
Os reis.
As crianças, desistiram
De brincar,
Contudo, a invenção do aceno
Foi uma ideia positiva
E eles, finalmente, sorriram.
Os acenos dos três reis
Foi tão intenso,
Que a força de suas mãos
Chegou ao sol,
Que queimava seu núcleo
Feito de um enorme tronco
Redondo de madeira
Sem parar.
A fumaça daquela queima
Sentiu a atração dos acenos reais,
Feito um vento
Eles ficaram a fumaça
E a atraíram para a terra,
Isto fez extensas nuvens,
Pesadas e escurecidas.
Ao seu aproximarem dos reis
Estás nuvens se dissiparam
Em chuvas leves e frias.
A chuva continua
Molhou a areia,
Fez florescer a tamareira,
E renascer tamareiras
A partir de suas sementes
Caídas sobre as areias.
Logo, uma flor
Em formato de copo de leite
Emergiu das profundezas
Feito uma vertente insaciável,
Ela era branca e suave,
Enorme e vibrante.
Apenas uma flor
Em meio as areias,
Sem folhas,
Só a haste gigante,
E a flor ainda maior.
As crianças e os reis,
Ficaram pequenos
Diante da imensidão,
Que fez sombra para
Muito além deles.
No entanto, ao chegarem
Próximo a ela,
Ela descia até seus pés,
Corajoso, Bruce Wayne
Subiu nela
E logo foi levado
Para cima,
E pôde descer escorregando
Por suas beiradas,
Até alcançar o chão.
Assim, fizeram todos
Os outros,
Até mesmo as três altezas reais,
Chovia na areia,
E todos brincavam
Na enorme flor.
Eles se abraçavam 
Uns aos outros,
Pegavam os mais pequenos 
No colo,
E escorregaram sem parar
Por longas horas,
E a chuva parecia lhes sorrir
Dos céus acinzentados.

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Se Eu Soubesse...

Se eu soubesse
Que seria o último abraço,
Que depois disso,
Eu não teria mais teu carinho,
Eu teria ficado mais tempo.
Se eu soubesse
Que depois de dizer adeus,
Nos restariam apenas lembranças,
Que não contaria com sua presença,
Eu teria aproveitado sua companhia.
Se eu soubesse
Que mesmo as lembranças
Não bastariam para eu ser feliz,
Eu teria aproveitado você,
Ouvido suas histórias,
Tentado sorrir.
Se eu soubesse
Que mesmo tentando reatar,
Não teria como voltar atrás,
Que mesmo que eu viesse a falar,
Você nem iria querer ouvir,
Eu teria evitado o ponto final.
Se eu soubesse
Que você seguiria em frente,
Que eu lhe seria indiferente,
Eu teria tentado fazer diferente,
Ser melhor que antes.
Se eu soubesse
Que tanto tempo sem você
Seria o nosso futuro,
Eu teria te abraçado
Até todos os próximos anos.
Se eu soubesse
Que sem você
Eu acreditaria no primeiro idiota
Que aparecesse
E diante dele apenas me magoaria,
Eu teria evitado que você fosse.
Se eu soubesse
Que você era desde o início
O melhor pra mim,
Eu evitaria o nosso fim,
Não haveria outro senão você.
Se eu soubesse
Tudo que meus olhos veriam,
E meus ouvidos
Seriam capazes de ouvir,
Eu teria fechado os olhos
Para todo o mundo,
E me guiado apenas para o seu rosto,
Sua voz,
A doçura de seus atos,
Eu não confiaria em outro.
Se eu tivesse
Reconhecido meu valor
Desde o início,
Eu me confiaria apenas a você,
Em nenhum instante após
Eu teria tentado ser de outro.
Eu estaria pra sempre
Em seu abraço,
Não creria em miragens,
Não desistiria de nós.

Profissão Estuprador

No bairro Efapi,
Da cidade de Chapecó,
A prefeitura decidiu inovar,
Acrescentou a rua asfaltada
Um perímetro para uso pessoal
Em que os moradores utilizariam
Para fazer caminhada
E corridas.
Esta pista,
Em certos horários do dia
Ficava lotada de pessoas
Com vista a fazer exercícios físicos.
No entanto,
As avessas do costume,
Benaodoe estacionava
Seu carro neste local,
E o usava para tomar um refrigerante
Ou cervejas.
As dezessete horas
Muitas adolescentes passavam
Por este local,
Não tardou,
Ele chamou uma moça
Para um refrigerante,
Ela aceitou.
Entrou no carro,
E eles conversaram um pouco,
Então, ele lhe passou uma cantada:
- Oi, sou Benaodoe e você?
Ele indagou.
-Lourenta.
Ela respondeu.
Ele pegou seu braço,
E puxou para sobre sua perna.
- como sua pele é bonita
E sedosa.
Ela apertou a perna dele
Com carinho,
Não soube porquê,
Mas quanto mais tomou
O refrigerante
Mais se animava em estar próxima
De Benaodoe.
- obrigada.
Seus olhos castanhos
São crepitar feito o sol.
Ela respondeu.
Se referindo ao olhar
Seguro e dominante
Que ele mantinha
Sem desviar dos olhos dela.
- gostaria de ficar mais a vontade,
Apenas para conversar
Aqui passa muita gente...
E você é tão moça.
Ele disse.
- certo, quero sim.
- então, você pega
O resto do refrigerante
E sai do carro bebendo
Depois eu te alcanço
Suas quadras ali
Para baixo, ok?
Ele respondeu.
 - sim. Está certo.
Ela respondeu.
Mesmo não conhecendo
Bem o local,
Já que usavam apenas a pista,
Ela pegou o refrigerante e saiu.
Se dirigiu para duas quadras
Na direção de onde ele
Apontou o dedo.
Algumas pessoas
Estavam cuidando ambos,
Do local da praça pública
Onde havia bancos,
Alguns brinquedos espalhados
E árvores.
Mas, como eles não passaram
Tanto tempo juntos,
O mais passou despercebido.
Benaodoe ligou o carro
E tomou direção contrária
Aquela em que Lorenta tomou.
Chegando três quadras
Acima da praça
Ele se dirigiu para o lado
Esquerdo,
Seguiu três quadras,
E depois desceu rumo
A rua em que Lourenta
Estaria.
Não tardou,
A encontrou parada
Sobre a calçada,
Olhando a rua
E batendo o pé de ansiedade
Devido a demora.
Chegou a achar que ele não viria,
Contudo, logo ele estacionou
Bem na sua frente.
- entra, linda Lourenta.
Ele abriu a porta
Do carro por dentro.
- não tardou para decorar
Meu nome, hein?
Indagou pegando
Na maçaneta da porta
Para abrir.
Ao abrir entrou,
Ele dobrou a direita,
Cinco quadras,
Depois desceu seis,
Dobrou uma e chegou
Perto de um muro alto
De uma casa baixa.
O muro era feito de pedras grandes,
Tinha uns cinco metros.
- que legal. Está é a sua casa?
Ela indagou.
Com o celular em mãos
Tirou uma fotografia
No mesmo instante
E enviou para as amigas
Contando porque não retornaria
Para casa com elas,
Conforme tinham combinado
E onde estava para que não se preocupassem.
Tudo foi rápido, demais.
Ele arrancou o celular
De suas mãos
E pegou no seu pescoço
No mesmo instante.
A sufocou.
Enquanto ela sufocava
Ele se levantou
E veio na sua direção
Lhe colocando o pênis
Na boca
E obrigando-a a foder
Seu pênis .
Ela babava,
E sufocava,
Chupava e gemia de dor,
Depois, seus olhos foram
Fechando-se.
Não tardou
E não abriram mais.
Depois disso,
Ele tirou sua roupa
E fez sexo com ela
Por muitas horas.
Ela não teve tempo
De pedir socorro,
Ou demonstrar medo.
No entanto,
Entre suas amigas
Elas tinham o costume
De quando uma se desviava
Para conhecer alguém
Estranho a elas,
Elas mantinham o celular
Ligado no grupo
Para as demais
Que não estariam
Apenas para mostrar
Como ocorreu o encontro
E analisar se o relacionamento
Merecia se tornar longínquo
Ou se seria melhor terminar
E nem insistir.
Nisto, depois
Que chegava ao local
Escolhido para o encontro
Era enviado uma fotografia
Para o grupo do lugar,
Instante em que as amigas
Formulavam opiniões
E interagiam após
Tudo ter ocorrido.
Nenhuma se importava
Em interferir de maneira
Tão profunda na intimidade
Da outra,
Elas tinham entre doze
E quatorze anos.
Tomavam atitudes
Por si próprias,
E tinham independência
Em suas ações.
No entanto,
Não relatavam nada disso
Aos pais.
Porém, passou três horas
E Lourenta não voltou.
Elas tentaram conversar com ela
Para lhes chamar a atenção
E ninguém respondeu.
Todavia,
Usaram o GPS
E o aplicativo permitiu
Fazer a busca até o local
Onde o aparelho estava.
Chegando ali,
Elas se depararam com um muro
E mais nada.
Porém, desligaram a chamada
E voltaram a ligar,
E o telefone parecia falar
De dentro do muro.
Elas chegaram em frente a residência
Que tinha apenas uma grade
E podiam ouvir o telefone
Falando de dentro da terra.
Nada teria sido estranho.
Lhes pareceu óbvio
Que o estranho com quem
Laurente saiu
A enterrou no gramado,
Por tanto, ela estaria morta.
No outro dia,
Convenceram um grupo
De amigas diferentes a fazer
O percurso que fizeram
E uma delas
Levou bebida com droga
Para que ele bebesse
E elas pudessem encontrar
Ao menos o corpo da amiga.
Tudo ocorreu certo,
Ele não desconfiou de nada,
Foi mais livre
E logo a conduziu
Da mesma forma que fez
Anteriormente para lá.
Chegado lá,
Da mesma maneira
Ele se agarrou ao pescoço
Da garota,
Diferente de Lourenta,
Dirseli se desviou dele,
Lhe desferiu um soco
No rosto,
Abriu a porta e saiu
Para fora do carro.
- eu odiaria que minhas
Amigas chegassem agora.
Ela falou alto,
Sôfrega e amedrontada.
Era o código para as garotas
Correrem e interferirem
Para ajudar.
Logo chegaram dez garotas,
E ela gritou o que ele fez,
O apontando para elas.
Então, todas bateram nele,
Jogaram contra o carro,
Com chutes e socos.
Depois, o pegaram pelo pescoço
E jogaram contra o muro,
Fazendo ela sangrar,
Não tardou
E algumas pedras se moveram
Do muro,
E depois de elas caírem
Saiu de lá uma bandeja
Grande de alumínio
Contendo um corpo
De uma garota entrando
Em decomposição.
As meninas gritaram de medo,
E bateram de maneira
Ainda mais violenta
Contra ele,
Até que ele puxou todas as pedras de lá,
E se deparam com uma espécie
De porão contendo bandejas
Com mulheres mortas e estupradas
Por ele,
Acima das bandejas
Havia um piso cimentado
E sobre o piso um metro de terra,
Onde levaria até a casa dele,
Do lado de dentro do terreno.
Foi aterrorizante
Encontrar tantas garotas mortas
E tão poucas haviam
Sido consideradas perdidas.
Então, Jucenta pegou
Uma pedra e bateu contra
A cabeça dele,
Deixando ele caído no chão,
Sangrando,
Buscou seus documentos
Dentro do carro
E descobriu que ele era
Policial.
Então, quando queria
Se livrar de algum corpo
Ele tinha o ofício para acudi-lo.
Por medo,
Elas pegaram apenas
 Amiga delas para levar
Aos pais
E lhes dar um local
No cemitério.
No restante,
Retiraram gasolina
Do próprio carro dele,
O prenderam em duas
Das formas enormes,
O colocaram dentro
Do muro de formas,
Puseram gasolina em todas,
E atearam fogo.
Não o ouviram gritar,
Nem teriam ouvido
Os gritos que os pais
De Laurenta deram
Ao receber a moça morta,
Jamais aquele homem
Sentiria tamanha dor
Ou saberia o que é sentir
Isto por alguém.
No velório,
A polícia interceptou
O carro do policial
Com as garotas,
Indagou quem o roubou
E o que fizeram dele?
Informaram que ele
Era honesto,
Que o queriam,
Exigiram seu paradeiro...
Nayane assumiu ter
Encontrado o carro
E o levado por engano,
Mesmo tendo dezesseis anos
Ela foi presa de imediato.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Criminoso em Potencial

Oneides acostumou-se
Ao horário de trabalho,
Era novo na cidade,
Se adaptou fácil ao bairro,
Após um quilômetro
Ele alcançava o ônibus,
Depois disso seguia até
A região do centro
Onde trabalhava
Numa loja movimentada.
O salário era bom,
Ele teve dificuldade
Em encontrar outro trabalho,
O salário era baixo,
Não lhe permitia
Residir num dos prédios
Do centro,
Exceto se dividisse o aluguel.
Morar com mais de uma pessoa
Não era lhe era interessante,
Os jovens possuem gostos diferentes,
E os costumes atrapalham
A convivência.
Optou por morar distante,
No entanto, sozinho.
Teve ajuda dos pais
Para comprar os móveis,
Os que precisou pagar,
Fez em suaves parcelas,
Na loja mesmo onde trabalhava,
Isto facilitou aumento
Em seu salário,
Pois ganhava o fixo,
Mais comissão por venda feita.
Todo dia, de segunda
A sábado fazia o mesmo trecho
Nos mesmos horários,
Contudo, ao voltar noite,
(8:30h);
Notou a presença
De um homem diferente,
E isto se alguma forma
Não passou despercebido.
Ele sentiu medo,
A rua era pouco iluminada,
Com exceção de uma prima
Distante,
Não conhecia ninguém
Ali no lugar.
Exceto aquele homem estranho,
O que houve de incomum
Ocorreu na manhã do mesmo dia:
Uma viatura policial
Contendo dois milicos
Passou por ele,
E lhe representou que um deles
Jogou o braço pra fora
Da janela
Instante em que tocou
Na sua nádega.
Ele deu um pulo
Para o lado,
Estava em frente a muitas casas,
Não notou se alguém viu,
Apenas olhou assustado
Para a viatura
E pode ver a velocidade aumentar,
E ela virar a esquina.
O caminho até o transporte
Público era composto
Por uma quadra de casas,
E uma estrada um pouco deserta,
De um lado haviam moradores
E até três empresas,
No outro lado apenas árvores.
Lá lhe pareceu perigoso,
Mas, nada o assustou mais
Que os policiais terem lhe
Feito isto.
Atentar seu pudor,
Ofender sua dignidade masculina,
Nem lhe importou se fossem
Homens ou mulheres,
Isto é mais que errado,
É violência!
Transcorrido o dia de trabalho,
Agora surgia um Palio vermelho,
Dirigido por um homem
De sorriso estranho
Em direção a ele.
Isto o assustou muito.
Três dias depois,
No mesmo horário noturno,
O homem chegou até ele
No carro vermelho,
Parou de frente a ele,
E abriu a porta com força
Contra suas pernas
Para lhe deter a caminhada.
Ele gritou de dor,
Sentiu sangrar a perna
Mas não notou que o motorista
Estaria armado
Com uma faca,
Ou algum objeto cortante,
Porque ele foi mais rápido
E assustador,
Puxou a touca que usava
Para sobre o rosto,
Fechou todo o zíper do casaco
Grosso e saiu para fora
Dizendo:
- entre, vamos dar uma volta!
Ele se sentiu muito assustado,
Sem pensar duas vezes
Correu desesperado
Por está parte do trajeto,
Neste instante,
Pessoas das casas próximas
Saíram para fora de suas residências
E impediram a ocorrência do crime.
No entanto,
Ele decidiu chamar a polícia,
Ligou para o número de emergência,
Contou o ocorrido.
Foi informado que se o indivíduo
Havia fugido
Eles não teriam nada a fazer
A respeito,
Que era aconselhável
Ele se cuidar e pronto.
Sem maiores evidências
Ou meio de agir
Ele se deslocou até sua casa,
Sentindo medo
E dor.
A perna sangrava sobre a calça
Jeans amarela.
Neste instante,
Ao virar a esquina movimentada
De seu bairro
A viatura da manhã retrógrada
Chegou até ele.
O motorista colocou
O braço para fora da janela
De volta,
No entanto, na última vez,
Não foi no lado do motorista
Que houve a ação.
Contudo, isto,
Neste instante
Não alterava os fatos.
A polícia o queria violentar
Sexualmente,
De maneira tão sórdida
Que foram capazes de usar
Um criminoso conhecido
Local atrás dele,
Ele não teria como fugir,
Além de que,
O tal homem que o esfaqueou
Poderia, ser mais que
Um designado para a tarefa,
Poderia ser o próprio policial.
Oneides não era burro,
Estendeu a mão para o policial
E o cumprimentou:
- e aí?
Sou Oneides.
Ele disse
Forçando um sorriso.
- Sou Leocir. Este é o Moisés.
Entra aí
Que te levamos para casa,
Você mora aqui perto,
Não é?
Lhes disseram.
- Sim.
Respondeu,
Com o rosto choroso e inseguro.
Depois disso,
Olhou para a estrada
Que percorreu
O quanto sofreu para correr
E agora se entregaria
Tão facilmente a um policial,
Mas, como poderia ser mais forte?
Abriu a porta
E entrou,
Sentou-se no banco de trás,
Encontrou no chão
Preservativos masculinos
Caídos no assoalho do carro,
Também, duas garrafas de bebida
Alcoólica.
A viatura fez sentido diferente
Para ir até a casa de Oneides,
No caminho havia um matagal
Próximo duas quadras
De onde morava,
Eles pararam a viatura
Naquele local,
Depois piscaram as luzes
Três vezes,
E subiram aquele moro
Onde aparentemente
Não havia estrada,
Entraram ali
E saíram direto num mato
De árvores fechadas e enormes.
Lá, Oneides tirou a roupa,
Chupo pênis,
E se apoiou na viatura,
Lá ele foi estuprado
Por dois homens fardados
Com arma no coldre,
E colete balístico no peito.
Ele relatou sobre o outro
Carro que o seguiu
E o feriu.
Depois do ato,
Os policiais que ouviam
A história e sorriso
Um para o outro,
O levaram para casa.
Logo de manhã,
Quando Oneides saía
Para ir trabalhar,
Seu celular tocou
Ele atendeu e os policiais
Da noite anterior
Informaram que o homem
Do Palio vermelho sofreu
Um acidente e desfaleceu
No local.
Depois disso,
Ele recebeu uma fotografia
Do homem
E o carro esmagado
Contra um caminhão.
Nas fotos seguintes
Que recebeu
Soube que o caminhoneiro
Estava hospitalizado
E corria risco de falecer.
Ele enviou um rostinho
Em resposta de sorriso,
Não quis dizer nada,
Sentiu ainda mais medo,
Agora seu estuprador
Tinha outro rosto,
Trabalhava como policial
Para se proteger,
Conhecia e influenciava
Cada criminoso,
Lhe forçou um favor,
Fez engolir sua dor a porra,
E gostou de sua bunda!

terça-feira, 24 de junho de 2025

De Uniforme Acaju

Ela e a amiga
Pegaram carona,
Um policial sem uniforme
Parou o carro
E foi educado.
Elas pediram a identificação
E constaram sua função,
Acreditaram no que dizia.
No caminho ele falou
Das vantagens
De residir em cidade pequena
Onde é conhecido
E respeitado por todos.
As garotas, irmãs,
Acreditaram no que diziam,
Tinham tempo disponível
E aceitaram conhecer
A cidade de cinco mil habitantes,
Já que não era distante
Daquela em que residiam,
E ele no início da tarde
Viria para ela de viatura
E uniforme a trabalho.
Não pareceu haver erro
No que ele dizia,
Ele chegaria lá,
Entraria de serviço,
Colocaria uniforme,
Faria uso da viatura para trabalho
E neste instante as trazia junto
Até a casa de sua mãe.
- Bem, Silvério
Se é permitido você
Fazer isto,
Então, não tem erro!
Respondeu a mais velha.
Silvania.
Silvan, olhou para a irmã
De esguelha,
Deu um toque com o cotovelo
Na sua cintura,
Mas vendo a certeza
Em seu olhar
Não sentiu dúvidas.
Iria ser uma viagem
Para conhecer as proximidades,
No caminho souberam
Que ele era casado
E pai de uma menina,
Isto transmitia segurança
Ao que ele dizia.
No entanto, chegado a cidade,
Ele deixou Silvan dentro
Da delegacia,
Lhe deu consentimento
Para mexer nos documentos,
Vasculhar o que quisesse,
Ela era adolescente,
Tinha dezessete anos
E sonhava em ser delegada.
Então, ele a deixou livre
Para fazer o que bem entendesse,
Contudo, fechou a porta
Por fora
Sob a alegação de que
Os vizinhos não poderiam
Saber que ambas estavam ali
De passeio no espaço público,
Pois alguém poderia
Tirar proveito disso
E tentar ofender suas dignidades
Alegando suposições imorais
Sobre ambas.
Silvan ficou assustada,
Se sentiu retraída,
Porém, Silvania decidiu sair
Para comprar iogurte
Para ambas
E assim, ver o tempo
Passar mais depressa.
Havia computador
Para uso policial
E era desbloqueado,
Poderia ser utilizado
Para o quê desejassem,
Então, ela ficou ali
Entre os documentos
E o acesso irrestrito da internet.
Silvério a levou na viatura,
De uniforme,
Passou pela avenida
E cumprimentou a todos,
No entanto, ele desgostou
De não ganhar ao menos
Um beijo de Silvania.
Olhou para ela
Que estava no banco do carona
E pediu:
- eu lhe trouxe aqui,
Não te cobrei nada,
Agora quero um beijo!
Ele disse sorrindo,
Silvania de dezenove anos,
Não gostou da ideia
Ela tinha namorado,
Ele era casado
E era a autoridade do local,
Não podia lhe exigir isso.
- eu não posso,
Você é policial
Não pode me cobrar favores
Que você mesmo propôs!
Ela disse insegura,
E trêmula.
Contudo, ele lhe sorriu,
Pôs marcha no carro,
Aumentou a velocidade
E parou em frente ao cemitério.
Retirou o cinto de segurança
Rápido e feroz,
Depois abriu a porta dela
Com a indagação:
- então, você quer ficar aqui?
Ela se sentiu ainda pior,
Soltou o próprio cinto
E se jogou no pescoço dele
O beijando com ânsia e medo.
Fizeram sexo no banco
Da viatura,
Na propriedade do cemitério.
Depois voltaram
Para a delegacia,
No entanto, lá estava Silvan
Trancada e sentada na cadeira
Da sala de trabalho dele,
Mexendo em seus arquivos,
Tudo conforme ele mandou.
Ao abrir a porta,
Ele se pôs inteiro
Na entrada bloqueando Silvania
Com sua barriga grande,
O sorriso enorme brilhando
Nos dentes brancos,
Seus olhos azuis radiantes
Feito céu de inverno,
Exigiu:
- fica trancada
Ou me dá!
Sua irmã já me deu!
E pronto.
Soltou está ideia estapafúrdia,
E exigiu prazer.
Silvan olhou pela janela
Que havia na sala,
Uma espécie de abertura
De recepção
Pois não aparentava ter
Janela para fechar,
E o viu desde o início
Devido ao barulho intenso.
Então, se levantou
E foi até a porta da sala,
A sua direita,
Permaneceu atônita
Vendo-o sem entender
O que ele dizia,
Lhe pareceu piada.
Todavia, ele levou
A mão direto para a sua arma
Que estava na perna,
Ela estremeceu se agarrou
A parede da janela aberta,
E ele transou com ela
Ali mesmo
Em frente a irmã
Que permaneceu boquiaberta
Em pena entrada
Vendo tudo.
Terminado o ato,
Silvan exigiu que fossem
Levadas para suas casas,
Ele riu,
Olhou para fora,
E as levou.
Deixando ambas
Na porta de entrada
De sua casa,
Com a mãe esperando
Por ele ter buzinado
E chamado a atenção dela
Para a sua chegada.

Intimidade Violada

A manhã de 24 de junho
Do ano de 2025
Emergiu conturbada
Na cidade de Chapecó.
A pacata cidade
Sentiu certa espécie
De pânico,
Ao ter casa porta
Das residências
Do centro da cidade
Uma calcinha feminina
Pendurada no trinco.
Isto não ocorreu
Apenas com Otavira,
Mirela ou Melania.
Ocorreu também
Com João,
Carlos e Romeu,
Homens viúvos
E que viviam solitários
Há muito tempo.
Está surpresa inesperada
Separou Natália de Eduardo,
Pois a garota ao ver o objeto
E não reconhece-lo
O esbofeteou e fugiu com o carro.
Quanto a Leandra,
Simplesmente apagou
O número do telefone
De Jandira e a bloqueou.
Jurou nunca mais
Dormir na casa da amiga.
Já Jacira,
Pediu o divórcio,
Acordou chateada
Por ter dormido pouco,
Saiu para fora
Para buscar o jornal
E se deparou com tamanha
Estapafúrdia pendurada
Em sua porta,
Nem mexeu no objeto,
Ficou enojada,
Chutou o jornal para a rua,
E correu até o escritório
Do Doutor Mazorie,
Que foi pego desprevenido
Pela empregada:
Com a calcinha em mãos,
Cheirando e o sinal de um
Bofete no rosto.
Ainda assim,
Ele serviu para redigir
Os papéis que davam adeus
Ao casamento de 35 anos.
O esposo de Jacira,
Gilberto alegou desentendimento,
Porém, ao retornar para a casa,
A calcinha não estava
Mais pendurada no trinco,
Apenas o jornal estava amassado,
Parecia ter sido recolhido
E depois pisoteado e solto
No chão.
O telefone da cidade
Não parou de tocar,
As pessoas ligavam
Uma para as outras,
Falando a respeito
Do ocorrido,
Passou seis horas
Para que alguns passassem
A notar que tal fato
Não ocorreu em único local.
No final da rua,
Próximo a praça pública
Julcineia discutia sério
Com Josinei por tê-lo
Pegou desprevenido
Na garagem do carro
Vendo revistas pornôs
Masculinas
Com homens em todo tipo
De posição nudista,
E usando calcinhas
Para limpar o orgasmo
De sua masturbação:
-desculpa, Julcineia,
Não sou capaz de desejar mulher,
Eu gosto de homem
Para olhar e admirar.
Ele simplesmente respondeu,
Quando ela correu de encontro
A ele,
Juntou uma calcinha
Que não reconheceu
E tomou de suas mãos
Enquanto batia com aquela
E outras contra o rosto dele.
- pervertido,
Maldito!
Você está me traindo!
Ela gritou em pânico.
Ele riu.
Gozou outra vez
Contra a porta do carro
E saiu a passeio,
Ultimamente ele demorava
Mais para voltar
Do que em outras vezes.
O carro parecia ser
Seu objeto de masculinidade,
Seu apoio psicológico
Para sentir-se mais masculino.
Neste instante,
A porta da casa de Nadira
Foi arrombada por ela própria
Quando seu namorado
A jogou contra a porta fechada,
Indignado por ter encontrado
Uma calcinha em sua porta
Ao chegar em casa
Naquela manhã
E ter pedido a ela
Se era algum fetiche
Com relação a ele
E ela negou reconhecer o objeto.
Depois disso,
Ele saiu para fora
Esbofeteou várias vezes seu rosto,
Depois subiu na moto e partiu,
Deixando-a caída na calçada
Escorada na parede do prédio.
Com Josinei rindo da situação,
Que presenciava
Por ser vizinho de porta,
E estar vendo tudo
A partir do vidro de sua garagem.
Ela tinha dezoito anos,
Ele tinha seus cinquenta.
Depois disso,
Ele retirou o carro para fora,
Deixou a porra recém gozada
Na porta a mostra,
Fez pose próximo ao carro
E entrou porta adentro
Depois de claramente
Ser rejeitado.
Ao ver ela entrar amedrontada
Para dentro de casa,
Ele não perdeu tempo,
Invadiu a casa,
E o quarto,
Usou uma calcinha para asfixia-la
E a estuprou de todas as formas,
Antes de sair,
Uma hora e meia depois,
Ele roubou todas as suas calcinhas,
E espalhou-as nas ruas próximas.
Ela acordou zonza,
E amedrontada,
Estava sangrando e dolorida,
Mas sua mente estava enevoada,
Tudo vinha a cabeça
Feito um reflexo,
Seu namorado
Segurando uma calcinha,
Falando de fetiches,
Batendo muito forte nela...
Mas, ela não recordava
De ter transado,
Porém, suas partes íntimas
Denunciavam contato íntimo.
Ele se mudou de toda coragem,
Pegou o telefone e ligou para ele:
- Oi, Jacir. A gente transou?
Ela indagou.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Exploração Infantil

No feriado da sexta-feira
Iniciou a comemoração
Na casa em frente a Rosália.
O som foi ligado
Através de uns caixa
Grande de pen drive
E músicas variadas soaram.
O uso de bebida
Tornou-se livre,
Churrasco fora de casa,
E uso de maconha.
A fumaça invadiu
A casa de Rosália
A afogando.
Ela saiu para fora
Amedrontada e solitária
E pediu aos vizinhos,
Composto por um casal
De adultos e a irmã da moça e
Duas filhas crianças,
Que baixassem a música.
Eles acenderam os cigarros
De maconha e fumaram
Em sua frente
Jogando a fumaça na direção
De Rosália,
Em frente aos próprios rostos
Como se quisessem ficar ocultos.
Rosália retornou
Para dentro amedrontada.
A diversão continuou,
Chegou o domingo e Rosália
Sentia-se exausta.
Com isso,
As duas filhas do casal
Pegaram varas de madeira
E batiam contra o próprio varal
Dizendo que iriam
“matar Rosália.
Bater em Rosália.”
Ela estava iniciando
Um processo de separação
Com o esposo.
Morava longe dos pais.
Sentiu-se insegura.
- não, crianças.
Vocês não irão me bater, não!”
Ela gritou.
Nisto, o pai delas saiu
De dentro da casa ameaçador,
Foi direto a porta de Rosália,
Juntou pedras na estrada
De terra e atirou contra ela.
Rosália correu
Para dentro de casa,
Fechou a porta de vidro,
E escondeu as chaves
Do portão de ferro,
Que possuía simples grades,
E era fácil de ser invadido.
Era noite,
As luzes da cidade
Começavam a acender,
Porém, havia iluminação
Apenas em um lado da rua,
Ou seja, apenas no poste
Da casa de Rosália,
Que assim era vista,
Mas não via.
As pedras arrancaram
Cimento da casa,
Fizeram buracos na parede,
Atingiram as grades
E deixaram sinais.
De repente, no escuro
Da noite,
Aproximadamente sete horas
Do horário de inverno,
Representou para ela
Que viu o vizinho invadir
O muro, pular na área de sua casa,
E tentar abrir a porta,
Que ela simplesmente
Manteve segura e chaveada.
Segurando com suas mãos,
Olhando incerta para fora.
Acometida de medo,
Ela gritou por socorro,
Trancada em sua própria casa,
Sem saber aonde seus vizinhos
Estavam ou o que faziam
Ou fariam.
Gritou de medo.
Gemeu, escondida no sofá,
Olhando incerta por todas
As janelas,
Com medo que eles tivessem
Invadido a casa
De algum modo
Através das janelas,
Do teto ou do que for.
O medo a fez ver
O culto deles e esconder-se.
Então, chorou.
Implorou por socorro.
Neste instante
O vizinho atirou pedras
Contra o vidro de sua porta.
Ela tremeu de medo,
Decidiu buscar ajuda policial.
Ao sair para fora
Para ligar o carro
E buscar uma delegacia
As duas vizinhas invadiram
Correndo a sua área,
Usando uma madeira
Em cada mão.
E agiram contra Rosália,
Batendo nela em duas,
Enquanto o marido
Sentava numa lata de tinta,
De calção largo,
Pernas abertas e ria
Fumando seu cigarro.
Rosália conseguiu
Se defender e fugir
De carro.
Foi a delegacia,
Pediu ajuda.
Os vizinhos foram conduzidos
Em flagrante para a delegacia.
Mas, nada houve contra eles.
Eles alegaram
Que a ameaça partiu dela
Que não tolerou a música ligada
E quis atentar contra as crianças.
Ela ficou aturdida,
Sentiu medo.
Tremia insegura naquele corredor
Fétido e sujo da delegacia.
Na saída,
Depois de três horas de espera
Para ser ouvida,
Ela foi buscar seu carro
Que estava no escuro,
Estacionado em frente
A uma empresa que ela
Não soube o que era
Próximo a delegacia
Uns dez metros.
Lá, o marido de suas vizinhas
A esperou.
Sozinho e de faca em punho.
Assim, que ela abriu a porta
Do carro para entrar,
Trêmula de medo e dor
Por ter levado as bordoadas,
Ele grudou a faca em sua cintura,
E a penetrou,
Depois disso,
Colocou um pano
Contra a sua boca
E a impediu de gritar.
Então, a estuprou ali mesmo,
Na porta do carro,
Apoiada no carro,
Tendo contra seu corpo
As investidas do vizinho
De seu pênis lhe socando
As partes íntimas
De maneira violenta
E batendo seu corpo
Contra o carro
Devido a força que usava
Para se impor nela.
Depois, ele a soltou,
Meia hora depois,
Lhe desferindo um tapa
No rosto,
E indo embora,
Estranhamente, tanto a esposa
Quanto a cunhada
E as crianças estavam ali
Ainda.
Ele não respeitou a nenhum.
Ela pode ver todos eles,
Quando passaram para ir
Para casa dentro do carro
Com as luzes ligadas.
Ela chorou no volante,
Ligou o carro e voltou
Para casa,
Não adiantava fazer denúncia
A polícia.
O órgão estava corrompido
Pela depreciação mental.
O casal tinha no poderio
De suas atitudes duas crianças
Para dar em libertação
De seus delitos,
Além de uma moça jovem
E de vida libertina
Para assumir responsabilidade
Do que, nem haveria.

Efeito Bumerangue

Divanir passeava
Pelo centro da cidade
Vendo as luzes,
Vagando pelas vitrines
As 1:30 horas da madrugada
De sexta-feira,
Quando duas garotas estranhas,
Mas aparentemente legais
Diminuíram a velocidade de
 Uma camionete branca
E passaram a acompanhá-la:
- Olá, garota.
Qual é o seu nome?
Indagou uma gordinha
De cabelos escuros e lisos
Pela janela aberta do carro.
- Divanir.
E o seu?
Indagou em resposta.
- Sou Thieni.
E está é nossa amiga
Jorye. Entra aqui com nós.
Vamos fumar droga
E beber cervejas,
Nós temos muitas
E gostaríamos de companhia
Diferente para conversar
E ver as horas passar.
Convidou Thieni.
Jorye mostrou o rosto
Gordinho e seus cabelos loiros
Lhe caíram na boca.
Ela então sorriu,
E acenou.
- vamos aqui perto.
Só pra se divertir.
Convidou Jorye.
- está certo.
Concordou Divanir.
Ela, então, parou de andar.
E foi até o carro
Abriu a porta de trás
E entrou.
Seguiram mais adiante,
Pararam próximo ao posto
De gasolina retirado
Do centro,
Sentaram-se fora do carro
Nas margens da calçada
E passaram a usar maconha
E beber.
De repente, chegou um rapaz
Estranho a elas,
O que elas não acharam esquisito,
Ele trazia gin,
Ofereceu a elas.
Todas beberam,
Logo depois, sentiram-se zonzas
E adormeceram.
Acordaram cinco horas da manhã.
Estavam nuas,
O seio de Thieni estava
Dentro da boca de Divanir,
Enquanto a bunda de Divanir
Estava na boca de Jorye.
Elas aparentavam estar transando,
O local era público,
Porém, estava escurecido
Desde o início,
E o movimento se localizava
Adiante até a entrada
E arredores do próprio
Posto de combustível.
Elas se desculparam
Amedrontadas.
- não é minha primeira vez!
Disse Jorye.
- sim. Eu e Jorye temos
Relações sexuais
Com mulheres sempre.
Falou Thieni.
Porém, Divanir não era adepta.
- eu nunca havia feito isto...
Aliás, e o garoto que estava
Com nós?
Indagou a todas.
Elas se organizaram,
Se recompuseram.
Jorye e Thieni se beijaram,
E se acariciaram,
Depois ficaram abraçadas
Uma a outra.
- não lembro de rapaz!
Disse Thieni.
- Ai!
Gritou Jorye
Ao ser tocada na vagina.
- está doendo minha vagina!
Respondeu para a amiga.
- engraçado, a minha também!
Responderam as outras duas.
Uma depois da outra.
Com certa dificuldade
Para falar,
Como se estivessem amortecidas.
- nós te levamos para casa!
Se ofereceram as garotas,
Levantaram-se da calçada
E foram.
Logo no outro dia,
As páginas de classificados
Dos jornais da manhã
Continha fotos das garotas
E seus nomes,
E ofereciam sexo por dinheiro.
Fotos de todas nuas,
Fazendo sexo explícito,
Inclusive com introdução
Peniana.
Nas redes sociais
Também surgiu marketing
De venda das três
Para fins sexuais,
Havia fotos de todas
Com porra nos rostos,
Nos seios,
E os dedos delas
Introduzidos entre uma
E outra.
Também, havia um homem,
Ao menos.
Notava-se a foto de seu pênis
Transando com a três
Em posições variadas.
- Oi Divanir,
Você deixou de ser enfermeira
Ou está fazendo bico?
Indagou uma amiga
De trabalho de Divanir
Na rede social.
- por quê?
Indagou em resposta.
Amedrontada.
- porquê você abriu um site erótico
Com fotos e valores!
A outra lhe respondeu.
Então, encaminhou o link.
Divanir desmaiou
Sobre o notebook,
Não pode acreditar no que via.
- Meu Deus,
Quem fez isso?
Ela lembrou de comentar
Em uma de suas próprias fotos.
- O que significa isto?
Indagou em outra
Em que estava com as duas
Recém conhecidas amigas.
O rosto do homem
Que estaria com elas
Não apareceu
Em nenhum instante,
Nem ao menos dado seu,
Ou algo que lhe permitisse
Reconhece-lo.
Tudo que ela tinha
Era dor no corpo,
E porra por seu rosto,
E região íntima.
Nada lhe parecia faltar,
Nem ao menos o brinco,
Ou o relógio.
Apenas a dignidade
Que foi parar no esgoto.
Um estuprador fantasma
A tocou,
Fez dela tudo que quis.
As duas garotas
Postaram fotos delas
Chorando abraçadas
Uma na outra
Em cada uma das fotos
Que havia.
- socorro!
Digitaram.

Sabe-se Notícias...

Ganhou manchete
Da pequena cidade
Até a capital:
Um estuprador
Estava a solta,
Tinha preferência
Por mulheres jovens
E não tardava
Para assassina-las.
Todos os jornais
Amanheceram a segunda-feira
Do dia 02 de julho de 2026
Com a mesma notícia!
Não desejava-se espalhar pânico,
Mas, criar uma advertência
A todas as pessoas do sexo feminino:
Que andassem acompanhadas
De seus conhecidos,
Evitassem locais desconhecidos,
E tomassem o máximo
De medidas de precauções.
Fotos foram estampadas
Nos jornais sem medo
De mostrar os rostos das garotas
Vitimadas.
Moças deram seus depoimentos
Que seguiam diretriz:
“Ele me atacou na saída
Só supermercado!”
“Ele me atacou no metrô”.
“Eu iria a boate,
Ele me impediu”.
Os depoimentos foram inúmeros,
As características que conseguiram
Não definiram propriamente
Um alguém:
“ Sujeito corpulento,
Voz afeminada,
Punhos fortes,
Tem prazer em provocar dor.”
As vítimas tiveram em comum
Além de ser obrigadas a prática
De sexo não consensual,
Ganhar ferimentos profundos,
Em locais diversos do corpo:
Pernas, rosto, braços.
As garotas acordaram atônitas,
Todas buscaram amparo
De algum conhecido.
Moças lembraram de seus pais,
Algumas fugiram de maridos,
Outras odiaram namorados,
E todas optaram por andar em grupo.
A polícia passou a fazer
Passeios motorizados e a pé
Pela cidade,
Buscando o sujeito
Ou alguém similar a ele,
Queriam, a todos custo,
Buscar um suspeito.
As diretrizes embora apontassem
Para o criminoso,
Eram tímidas,
Ninguém viu
Ou recordava de algum rosto.
Dez mulheres foram encontradas
Pelos arredores da cidade
De 200 mil habitantes
Esquartejadas.
Algumas perderam braço,
E tiveram ferimentos graves
Na região do pescoço
Que as levou a morte.
Outras tiveram as pernas
Amputadas,
Junto a ferimentos
Sempre de natureza grave
Na região do tórax
Que causou suas mortes.
As línguas de todas
Foram amputadas.
Parecia que o sujeito
Sentia ódio de suas vozes.
Objetos foram encontrados
Próximos as vítimas
E em suas regiões íntimas
Como buchas de canhão,
Madeira em formato cilíndrico,
Garrafas pets
E garrafas de vidro.
Algumas foram queimadas,
Aparentava que estava
Havendo uma evolução
Em sua maneira de atacar:
Ele passou a usar garrafas
De bebida alcoólica no ato,
E nisto, ateou fogo na região
Com a própria garrafa.
No jardim,
Dentro do pátio
De uma boate requisitada
Na cidade,
Foram encontrado restos
Do que aparentava
Constituir várias garotas.
Em comum elas tinham
O fato de terem sido assassinadas,
E estupradas por uma garrafa
De vidro que continha
Pano dentro do gargalo,
E queimadas por meio do objeto
De dentro para fora,
E noutras vezes,
Uma queimadura
Que imitava orgasmos
Sobre seus corpos,
Em certas regiões
Feito ejaculação.
A polícia estava aturdida,
Os moradores se refugiaram
Dentro de suas residências.
Ninguém tinha pistas
Concretas sobre o respectivo
Criminoso.
Tal homem,
Parecia estar praticando
Seus atos há muito tempo,
Ele possuía requintes de crueldades
Em suas ações.
O rosto deformado
Por ter sido queimado
A partir de suas bocas
Impedia, muitas vezes,
De fazer reconhecimento
Da própria vítima.
Nas últimas páginas,
Algumas das garotas
Tiveram sua identidade
De falecidas violadas
Por terem suas fotos
Registradas ali
Em busca de suas identidades.
Tantos policiais passeando
Armados e preparados
Para protegerem as pessoas
Da cidade
Não foram suficientes para impedir
Que a senhora idosa da quadra dez,
Lote quinze,
Fugisse de seu apartamento
Rumo a rua da cidade
Até ser atropelada
Em frente a todos
Pelo próprio carro policial
Por ter vindo rápida demais
E parecer mais uma miragem
Que um ser humano:
Ela estava nua,
Em chamas,
Sua boca possuía
Uma garrafa de whisky
E queimava,
Também sua bunda
Que tinha uma garrafa
De cerveja.
Vestígios de fogo
Percorriam do seu ombro
Até as pernas.
Depois de atropelada,
Ela não resistiu.
Morreu no mesmo instante
Depois de coar
Sobre o para-brisa do carro,
Rodar batendo contra o carro,
E cair estirada atrás do próprio.
Em decorrência do acidente,
Um rapaz acometido
De coragem
Correu porta a dentro
Do apartamento
E pôde ver um sujeito corpulento,
Aparentemente loiro
Saindo pela janela
Do quarto da senhora idosa
De 89 anos.
Ele tinha numa das mãos
Um canivete prata,
E na outra o que aparentava
Ser uma língua humana.
O rapaz ficou em pânico,
Estagnou na entrada do apartamento
Que tinha vista reta
Para o quarto,
E a esguelha para a janela,
Depois, retornou para trás
E escondeu-se na parede
Do corredor do prédio.
O medo o impediu,
A rapidez do sujeito criminoso,
Também não o ajudaram.
Busca-se o indivíduo!

domingo, 22 de junho de 2025

Transporte Ilegal

Terceiro ano de trabalho
Na mesma empresa,
Cansada de ir ao serviço
No transporte público,
Vez que, no mês anterior,
Um rapaz que se sentou
Ao lado dela,
Ao levantar-se
Carregou com ele
A sua bolsa
E nela o salário mês,
Decidiu comprar um carro.
Havia, neste período
Economizado todo o possível
A pedido dos pais
Para a aquisição de uma
Nova residência.
Então, embora o salário
Tenha feito falta,
Tê-lo perdido
Não foi suficiente
Para ficar no vermelho.
Pagou suas contas,
Ajudou os pais,
Adquiriu um automóvel.
Na primeira semana
Foi simples dirigir,
No início da segunda,
Quando foi descer do carro
Para estacionar em frente
A empresa de seu trabalho,
Um rapaz chegou ao seu lado
Lhe apontando um revólver.
- dirige ou morre!
Ele foi obrigada a obedecer,
Estava sob a mira da arma.
O rapaz escondeu o rosto,
Entrou pela porta traseira
E se sentou atrás dela,
Segurando a arma apontada
Contra sua coluna.
Foi obrigada a seguir
Até uma rodovia desconhecida,
Lá havia um caminhão.
Algumas pessoas
Retiraram deste caminhão
Muita droga,
Pacotes e pacotes de droga.
Ela foi obrigada a transportar
Toda a mercadoria
Em conformidade
Com o que o rapaz encapuzado lhe mandava.
Foi até outra cidade,
Lá deixou tudo dentro de uma casa
Alta, de dois pisos,
Com azul e janelas brancas.
Ao término,
O rapaz passou
Para o banco ao seu lado,
Lhe mandou entrar em uma estrada diferente,
Ela foi,
Pois ele manteve a arma
Engatilhada contra ela.
A estrada era de terra
E pedregulho,
Levava a lugar algum.
Lá naquele lugar
Ela foi amarrada através
Do cinto de segurança,
E uma corda ao banco
Em que estava,
Forçada a fazer sexo oral.
Depois disso,
Ele buscou manda-la
Com o carro ainda mais adiante,
Em meio aquela espécie de estrada
Com pedroes enormes
No caminho,
Galhos pendentes 
E touceiras no meio da estrada.
Neste instante,
O carro atolou em uma
Poça de sujeira,
E quando mais acelerou,
Mais ficou preso,
Então, ele a mandou continuar,
Desceu novamente do carro,
Retirou dois galões
Contendo querosene
Que havia colocado no carro
Sem que ela visse
E ateou fogo.
O carro queimou,
Ela ardeu.
O corpo ficou quase irreconhecível,
Todavia, da estrada geral
Foi avistada a fumaça,
E indo averiguar do que se tratava
Depois de receber denúncias
A polícia da rodovia
Encontrou o carro queimado,
Um corpo no banco do motorista,
E um tablete de droga.
O carro foi puxado de lá 
Por três carros policiais,
Através de uma corrente grossa
De ferro,
Um puxava o outro,
Até mover o da garota
Até a estrada geral
E de lá,
Um apenas o levou 
Para o pátio do departamento policial.
Feito o reconhecimento
Do corpo,
Os pais choraram muito,
No instituto de médico legal,
No entanto, tanto os pais
Quanto os colegas de trabalho
Nenhum reconheceu na moça
O uso de droga,
Nem mesmo o tráfico
Por parte dela,
Este detalhe está sendo
Para a definição do crime
Contra a moça
O mais importante.
Por quê queimaram seu corpo,
Quem teria coragem
Para cometer ato tão grotesco,
O que ela fazia tão distante
De seu trabalho,
Por quê o tablete de droga
Estaria em seu poder?
Como meio de acalmar
A multidão que se juntou
Em frente a delegacia
E cobriu providências,
Seu namorado Deoclécio
Foi preso.
Foi extraído de depoimento
Pessoal que ele foi usuário
De drogas
E que havia parado
Porquê sua atual namorada
Lhe exigiu,
Porquê ela odiava o uso
E era intolerante com relação
Ao comércio do produto.
No entanto,
Soube -se por intermédio
De algumas pessoas
Que ele teria encerrado
O relacionamento com
Suelen.
Então, em razão de uma
Pequena quantia em dinheiro
Referente a uma pena de multa
Ele passou a responder
Em liberdade.
Porém, continua sendo
O principal suspeito do caso.

Tragédia no Céu

Zilu não suportou
O adeus,
Decidiu ser a primeira
A dar o passo em direção
A reconsideração.
Desde que iniciou
O namoro,
Há um ano
Comemorado naquele
Mesmo dia,
Duas vezes acabou,
Duas vezes eles reataram.
Na primeira oportunidade
Ela desmarcou encontro,
Decidiu ir às escondidas
A uma boate entre amigas,
Quis rememorar as lembranças,
Reviver bons momentos,
Afinal um instante
Em que se decide casar-se
E ficar com um só homem
Para sempre
É um momento
Que precisa de reflexão,
E de testes,
Por que não?
Ela decidiu saber
Se o deseja a tal ponto
Ou se era apenas comunhão
De opiniões e gostos.
Escolhido o camarote,
A bebida rolou solta,
Em cinco amigas
Beberam todas as cervejas
Que puderam.
Neste instante,
De risos, abraços
E brincadeiras,
Se aproximaram sete garotos
Que bebiam whisky,
Estava frio,
Eles se achegaram e ofereceram
Bebida.
De pouco a pouco,
Todas deixaram suas cervejas,
Umas abertas
Outras gelando no balde
De gelo
E aproximaram-se dos rapazes.
Porém, Zilu decidiu beija-lo,
Beijou um e gostou da ideia,
Então, beijou outro,
Quando gostou dos lábios
Deste garoto decidiu
Pedir seu nome:
Lauro.
Chamava-se Lauro.
O camarote ficava
Numa varanda interna
Que chegava-se até ela
Através de escada,
Na parte de baixo
Havia a pista normal
Onde todos dançavam,
Lá em cima
O compromisso era beber
E olhar.
No relance do beijo
Zilu deparou-se com seu olhar
Em cheio para Natan.
Natan estava dançando
Na pista com uma garota.
Ela soltou na hora Lauro
E prestou mais atenção
Na pista.
Sim, era seu namorado.
Não pairava dúvidas.
Num relance de loucura,
Decidiu ir carregada
Por um dos sete garotos
Enquanto os outros
A escondiam para não ser vista
Pelo namorado
E depois fingir chegar
E pegá-lo no flagrante.
Imediatamente, Lauro
Aceitou a proposta,
Levou-a até o carro,
Contudo lá,
Ela preferiu beija-lo
E depois o amigo,
Terminou transando
Apenas com um
No banco de trás.
Encerrado o ato,
Foi as avessas atrás
Do namorado
Decidida a fazer uma revolução
Naquele local
Por ter sido traída
De maneira tão óbvia
E nítida.
Ligou para a amiga,
Pediu fotos dele
Com a outra garota,
Então, soube que ele
Havia acabado de sair.
Que foi de carro
Para algum outro lugar
E a amiga não soube
Dizer qual era,
Mas o viu passar
Enquanto transava em pé
Em frente ao muro da boate.
Tudo foi por água abaixo,
Decidiu encerrar o namoro.
Lágrimas, sorvete e chocolates
Após, reatou.
Em um momento de precisar
Trocar o chuveiro queimado.
Ligou para Natan,
E ele foi ajudar com educação,
Foi prestativo,
E ficou para dormir.
Na segunda vez,
Ela comprou passagens
De viagem para outro país,
A viagem com acompanhante
Se tornava cara,
Decidiu ir sozinha.
Carregada de malas,
O chamou para ajudá-la
No aeroporto
E vir buscá-la.
Assim, se tornou noivado.
O motivo de tê-lo deixado?
Ela alegou que foi a traição
Na boate.
Da terceira vez,
Estava dando uma volta
De carro pela rua
Apenas para percorrer o trajeto,
Ver o movimento
Das pessoas,
Para onde iam,
O que faziam,
Como se divertiam
E outra vez achou Natan
Com uma garota,
Desta vez,
Estava de carro
Bebendo cerveja
Ao lado do muro,
Comendo pipoca.
Pareciam namorados.
Ah, Zilu enlouqueceu,
Dirigiu o carro com a maior
Rapidez que pode
E bateu em cheio
Na traseira do gol vermelho dele,
Fazendo entrar pra dentro
O porta malas.
Depois desceu de seu carro,
Pegou o macaco de erguer
O carro
E quebrou todos os vidros
Do gol de Natan
Que ficou irritado
E correu para conversar,
Então, ela bateu em Natan.
Depois foi embora,
Cuspindo na direção da garota,
Muito irritada
E lhe disse adeus,
Jogou a aliança contra o rosto
Dele,
Lhe desferiu um tapa
Em cheio e partiu.
Foi para o mecânico
Concertar o próprio carro,
E mandou que a conta
Lhe fosse enviada.
Chegada a conta paga,
Ela decidiu perdoa-lo,
Sabendo que nada data
Completariam um ano juntos,
E isto é uma vida,
Ter alguém com quem estar,
Ter carinho,
Um alguém pra pensar em você.
Decidiu alugar
Um balão e fazer uma viagem
Sobre o trabalho dele,
Que não ficava distante,
E então, declarar-se,
E conforme ele agisse
O perdoaria.
Assim feito,
Subiu no balão carregada
De flores,
No chão do balão,
Nos lados,
E ainda levou um grande buquê.
Lá dos céus
Soltou as flores,
Gritou de seu amor.
Natan saiu para fora da mecânica
Todo sujo de graxa,
Com ferramentas na mão
E lhe sorriu.
Ela lhe jogou mil flores,
Depois conseguiu descer até ele
E lhe chamou para andar com ela
Um pouquinho,
Decidiu, pela primeira vez,
Incluí-lo em algo
Que estivesse fazendo
E que gostasse,
Anteriormente, pensava
Apenas nas amigas,
As parceiras de festa,
Sentia mais medo
De perde-las de que
A qualquer outra pessoa.
Ele aceitou,
Subiu na escada de madeira
E corda,
A abraçou,
Juntou as flores do chão
E jogou-as para cima.
O balão subiu,
Ela sabia dirigir balões,
Fez um curso
Com a própria empresa
Que oferecia a Virgem.
Lá nos céus,
Perto das nuvens
Se beijaram
E trocaram juras eternas,
Um gritou o nome do outro,
Disse que amava
Que sentia medo de perder,
Queriam estar juntos
Para sempre.
Se beijaram,
O beijo se tornou mais exigente,
Fazia quinze dias
Que não se viam
Desde a briga por ciúmes,
Foram tirando a roupa
Um do outro,
Se beijando com mais intensidade,
Não perceberam quando
O balão começou a queimar,
Estavam alto demais para pular,
Optaram por morrer abraçados,
Quando o balão se tornou
Plástico em fogo,
Ganhou as cordas da base
De onde tinham os pés
E eles caíram das alturas,
Nem neste momento
Soltaram as mãos um do outro.
Caíram abraçados
No solo,
O balão caiu em chamas
Logo ao lado.
Caíram em frente a mecânica,
No asfalto duro,
Estatelados,
Felizmente o fogo do balão
Foi contido,
Por quê caiu sobre alguns
Carros que estavam estacionados
Na sua frente.
Os mecânicos correram
Com extintores,
E baldes de água
Para apagar.

sábado, 21 de junho de 2025

Estuprada e Quase Morta

Arlene conseguiu trabalho,
Agora era recepcionista
Num supermercado
Próximo a sua residência.
Por conveniência,
Decidiu ir para o trabalho
Todos os dias caminhando,
Isto lhe renderia boa saúde
E economia financeira.
Nas primeiras vezes,
Muitos motoristas
Passavam por ela
Vestida em seu uniforme
Andando na rua
A caminho do trabalho
E buzinavam.
Alguns lhe ofereciam carona,
Outros eram mulheres.
Muitos gritavam a ela elogios.
Ela baixava a cabeça
Para a calçada,
Seguia segura,
Não respondia aos elogios.
Sempre que podia
Se ofuscava de ser vista,
Escondendo o rosto
Atrás do cabelo comprido
E solto
Ou os olhos atrás de óculos escuros.
Ser elogiada em público,
As vezes, é ofensivo.
Quando se trata de ocorrer
Em meio a rua
Parece desrespeitoso,
Inconveniente e assustador.
Certo dia,
Acordou e notou que chovia.
Agora, chegaria tarde
Ao trabalho,
Vestiu-se rápida,
Tomou o café,
Fez tudo que pôde
Para se aligeirar.
No entanto, o ponto
De ônibus ficava distante,
A chuva caia em torrentes,
Iria se molhar,
Perder o horário,
Em consequência
Seria demitida,
Ainda estava em época
De experiência profissional,
Precisava ser responsável,
Respeitar horários
E tudo o mais.
Chamou um táxi.
Deu a ele o endereço,
E sentou-se no banco traseiro
Do automóvel escuro,
Calma e impassível.
Não se atrasaria,
Contudo a viagem lhe custaria
Caro.
Os dias indo trabalhar
Resultaram em negativo
No que se referia
Ao que economizaria,
Pois tudo iria para pagar
O taxista.
Entretida em desculpar
A si própria
Ela não percebeu quando
O taxista desviou da rua
Em que ela iria para o trabalho
E a levou para uma praia.
Logo, que ele parou o carro,
Ela ergueu o rosto
Já sentindo impaciência,
Pois, tardou a viagem.
Notou as ondas batendo
Na areia,
Algumas pessoas surfando
Próximo a praia,
Mexeu o rosto para próximo
A janela com um susto.
- senhor, o senhor errou
O caminho.
Preciso voltar ou
Perdi meu trabalho!
Ela gritou.
E começou a bater
No vidro fechado
Da janela com o punho
Fechado.
O taxista saiu,
Abriu a porta
Que ela tentou reter,
E abaixou-se até seus joelhos.
- ou você chupa meu pênis,
Ou você perdeu seu trabalho!
Ele respondeu
Em seco,
Sem cumprimento
Ou cortesia.
- como?
Você não irá me levar
Ao trabalho?
Eu tenho o dinheiro,
Eu pago!
Ela interveio trêmula
E insegura.
- não trata-se de dinheiro,
Eu gostei de você.
Ele respondeu
Olhando em seus olhos
De maneira faiscante
E selvagem.
Sorrindo, deixando a mostra
Seus grandes dentes brancos
Com hálito cheirando a café.
- tem pessoas aqui,
Elas irão vê-lo fazer isto...
Ele apertou os joelhos dela
Com ambas as mãos
Tão forte que eles estalaram.
Ela calou-se no meio da frase.
Mandou a cabeça
Em consentimento.
Não tinha escolha.
Ele retirou o pênis ereto
Da calça jeans azul
E o cheiro fétido invadiu o ar.
Então, ele apontou com o dedo
Enquanto a outra mão
Subiu para sua cocha
E apertou ainda mais.
Ela o chupou,
Na frente de todos.
Os garotos que surfavam
Pararam sobre suas pranchas,
Viraram-se e puderam
Vê-la.
Alguns assoviaram,
Outros bateram palmas.
Ele fez um sinal
Com a mão para pararem,
Levantando o braço
E apontando com os dedos
Para o chão.
E sorriu seguro do que fazia.
Todavia,
Se apiedou dela
E a levou para o trabalho,
Ela chegou quinze minutos atrasada,
Correu para o banheiro
Lavar o rosto
E chorou.
Não foi demitida,
Voltou normalmente para o trabalho,
Sempre indo por conta própria,
Lhe pareceu mais seguro
Confiar somente em si mesma.
Dois dias depois
Ele a encontrou,
Chegou próximo a ela
Na calçada e freou o carro
Deixando marcas sobre a pista.
- sobe me chupar.
Eu te levo de novo.
Ele falou alto
Sem pudor.
Ela olhou revoltada
Para ele,
Haviam pessoas
Próximo a calçada
Em suas casas
E empresas de trabalho.
Então, ela sentiu-se segura
Para defender-se.
Bateu contra o vidro
Da janela do carro,
Desta vez, com força
Para quebrar,
Para dar prejuízo.
Gritou e cuspiu no vidro.
- maldito, desgraçado.
Estuprador!
Algumas pessoas vieram
Até a calçada
E o viram,
Ele colocou marcha no carro
E fugiu rápido.
As pessoas perguntavam
A ela o que houve,
Ela se recusou a falar.
Contudo,
Mais adiante em frente
A uma empresa de montagem
De máquinas,
Parecia haver só homens
E todos ocupados.
O taxista a reencontrou,
Desta vez, freou de volta
O carro sem falar nada,
Deixou em alerta
E saiu para fora,
Abriu a porta
E a jogou para dentro
Com força.
Depois foi para a direção
E seguiu,
Ela tentou esbofeteá-lo,
Ele lhe deu um soco
No nariz que fez sangrar.
Ela sentiu muita dor,
Ele parou próximo
Ao local,
Lhe desferiu inúmeros
Tapas contra a sua cara
Até marcar de vermelho
E fazer verter sangue:
- eu o chupo,
Por favor,
Me deixe viva,
Eu o chupo!
Ela gritou.
Ele, então, abriu o zíper
E expor o pênis para ela
Dentro do carro.
Depois de ela
Tê-lo chupado,
Ele saiu para fora,
A retirou do carro,
Lhe escoiceou,
Deu socos,
Tapas até ver ela desmaiar.
Depois a deixou inconsciente
Largada sobre a calçada,
Próximo aquele local de montagem,
O barulho feito pelas máquinas
Dentro da empresa
Era tão alto
Que impediu qualquer um
De ouvi-la,
Ela também foi impedida
De gritar,
Ele a sufocou.
E simplesmente extravasou
Sua vontade selvagem
Sobre ela.
Horas mais tarde
Ela acordou
E se socorreu no próprio
Supermercado onde trabalhava,
Chorando muito,
Sangrando
E sentindo muito medo.
Seu corpo ficou cheio
De hematomas,
O braço lhe pareceu quebrado,
Sua bolsa foi roubada,
Seus documentos estavam
Todos perdidos,
Ela ainda não sabia
O nome do taxista,
E ao ser questionada
Sobre seus traços físicos,
O pânico lhe calou a memória,
Nem mesmo o carro
Soube definir sequer a cor,
Quanto menos modelo e ano,
Ela não soube dizer
Quem era o homem
Que lhe fez tanto mal
Em tão pouco tempo.

Depois do Fim

Marta piscou algumas vezes, Tentou entender O que houve, Se viu dentro do carro Esmagada contra o chão. Estava imprensada ...