sexta-feira, 16 de maio de 2025

Amor de Cama

 O vovô aos setenta e oito anos
Marcou data de casamento,
Com uma moça de ventre e quatro.
O alvoroço restou na casa
De seus quatro filhos,
E de lá para os netos.
Ele não fez alarde,
Enviou os convites
Informando local, data e horário
E nome da pessoa.
Duduca não olhou a fotografia,
Sentiu-se irritado,
Amava muito o avô,
Isso o fazia temer
Que a moça não o amasse
Ou valorizasse.
Vinte e quatro anos
É muita pouca idade,
O velho era rico,
Por mais dinheiro
Que empregasse
No casamento
Não iria lhe fazer falta.
Porém, seu olhar triste
Seria irremediável,
De início,
Que ninguém entendeu
A separação entre ele e vovó.
Ela o encontrou em casa
Com a empregada doméstica,
Ele informou que não era amor,
Mas não iria deixá-la.
Então, vovó o mandou embora
E segurou a empregada.
As duas vão em todos
Os lugares juntas,
Inclusive vovó arrumou
Namorado,
Porém, ela aos setenta,
Namora um velho de sessenta,
Parece mais simples de entender.
Agora o vovô nunca se deixou
Abater,
Nas baladas,
E ele ousou levar Duduca
Pra baladinha,
Ele não ficou sozinho
Por tempo nenhum,
Era um insaciável,
No entanto, vinte e quatro anos?
Não dava pra entender,
Ele avô,
Ela nem divorciada
De casamento anterior...
Diga-se de passagem: linda.
Foi o comentário maior,
Linda e gentil
Da parte de quem a conheceu,
Duduca, todavia,
Não fez questão.
Cria no amor
Com toda alma,
Mas, casar o vovô, agora?
A data agendada chegou,
Ninguém pode impedir,
Só mesmo uma tempestade,
Ou alguma catástrofe,
O que devia fazer era rezar,
Rezar pela alma do vovô
E seu bem-estar.
O convite dizia que seria
Num resort,
A data marcada a tarde
Da sexta-feira,
Todos iriam para lá,
Onde iniciariam
As festividades,
Cada qual teria quartos separados.
No entanto, ao agendar vôo,
O pneu do carro furou,
Ele chamou o guincho,
Mas o trânsito estava intenso,
Perdeu o horário.
Devido ao atraso
Buscou vôo particular,
Conseguiu,
Mas, entre uma coisa e outra,
Não conseguiu abandonar
A garrafa de gim.
Chegando ao resort
Correu para o seu quarto,
Parecia que todos os convidados
Estavam ao redor da piscina,
Já caia a noite,
As estrelas iniciavam a brilhar.
No convite havia o número
Do quarto pré definido,
A chave estaria do lado de fora,
Cada um chegaria
E iria direto para seus aposentados,
O hotel era da família,
Bastante particular,
Geralmente abria para atendê-los,
Especificamente.
Ao chegar no seu quarto,
Dirigiu-se ao seu de costume,
Entrando lá,
Encontrou uma moça nua
Sobre a cama de lençóis vermelhos
E edredom amassado.
Ele era magnífica,
Estava de olhos fechados,
Pequenos lábios rosados,
Pele morena,
Cabelos negros
Solto sobre suas costas nuas,
Chegavam quase até suas nádegas volumosas.
Não resistiu ao convite,
Soltou a terceira garrafa de gim
Ao lado da porta,
Fechou a porta de volta,
E se aproximou dela.
Deveria ser alguma
De suas garotas,
Ele não soube qual o vovô
Convidou lá da balada,
Mas vovô nunca gostava
De vê-lo sozinho.
Com está ideia,
Se aproximou dela,
Tocou em seu ombro,
Sentado sobre a cama,
Depois, envolveu seu seios nu,
E deslizou sua mão
Por sua barriga,
Até encontrar suas partes íntimas,
Então, a beijou no ombro nu,
Percorreu com beijos
Seu pescoço,
Mordeu seu queixo,
E chegou aos seus lábios.
Ela sussurrava e gemia,
Abriu os olhos serena e doce,
Puxou-o pela camiseta,
E a retirou usando as duas mãos,
Passando os dedos por
Sua pele morena.
Rápido, ele tirou a calça,
Depois só baixou a cueca
Para baixo,
Mantendo ela no corpo,
Seu desejo estava muito intenso,
Ele não conseguiu resistir,
Jogou suas pernas para cima,
Dobradas, deixando elas soltas,
Se posicionou sobre suas cochas
E penetrou sua vagina intenso
E forte.
A moça gemia e gritava,
Duduca ficou desta forma
Por horas,
Não conseguia parar.
Neste aspecto vovô
Sentiu sua falta,
E no momento exato
Em que o beijo estava ardente,
Ela percorria o corpo dele,
Ajoelhada sobre suas cochas
Também ajoelhadas,
Com beijos suaves,
Mordiscando cada parte sua,
Até não conseguir baixar-se mais.
Cavalgando sobre seu pênis,
Gemendo e uivando
Para o alto do céu.
- Duduca?
Disse vovô,
Ao abrir a porta
Estagnado de cueca de banho
Com a porta aberta.
- Uau, não quis incomodar.
Desculpas.
Ele respondeu,
- Duduca!
Ela gemeu ao olhar vovô
E retornar o olhar
Incontrolável para o rosto
De Duduca,
Com beijos sôfregos
E trêmulos,
Sedentos de desejo.
Duduca correspondeu
Com sofreguidão.
Depois, vovô saiu
Fechando a porta atrás de si,
Aos risos,
Como se tivesse
Um acordo com Duduca,
Coisa que ele não entendeu,
Mas, o avô água assim com ele,
Sempre que logo
Ele disse precisar de algo.
Ao parar de transar
Duduca pediu o nome da moça:
- qual é o seu nome,
Nosso amor foi tão intenso,
Não pude lembrar
Quem você é.
Ele disse,
Pegando a toalha do roupeiro,
E jogando a dela
Sobre seus seios nus,
Ela ainda estava ajoelhada
Sobre a cama.
Ele retornou até ela,
E sugou seu seios com doçura.
- vamos ao banho?
Ele convidou.
Ela saiu da cama,
E o seguiu até o banheiro,
Duduca preparou a banheira,
Com água morna e espuma,
Sentou-se e a trouxe para seu colo nu.
- Samanta.
Eu sou na verdade a noiva.
Ela disse beijando
Os lábios dele.
Duduca jogou a cabeça
Para trás num riso.
- a noiva?
E o vovô viu?
Ele indagou.
Ela ficou envergonhada,
Rosto vermelho e choroso,
Depois, baixou o rosto.
Duduca se elevou
E a recostou em seu peito
Compadecido por sua timidez.
- Gregório, me deixa
Eu transar com outros homens,
Em troca, ele transa quando
E com quem ele quiser,
O importante é ter prazer...
Nós conversamos longamente
Sobre isto,
É ele quem encontra os rapazes
Pra eu não me sentir tão sozinha...
Ela respondeu em prantos.
- ele trabalha muito,
E conhece muitas mulheres,
É um conquistador.
Ela disse,
Levantando o rosto
E sorrindo com orgulho.
Duduca a beijou
Sobre os cabelos tranquilo,
Mesmo ante a ideia
De dividi-lo com vovô,
Ela foi incapaz de separar-se dela.
- eu gosto de você, Samanta.
Se hoje não fosse seu casamento
Eu a roubaria para mim.
Ele disse,
Ficando em pé
Com ela no colo,
Sem deixar de fazer amor.
- caso eu não possa parar
De meter nesta sua vagina,
Eu juro que a levo!
Ele disse,
Encostando ela contra a parede
E metendo forte e intenso
Com movimentos demorados dentro dela.
- eu te amo, Duduca.
Ela disse, suave.
- ah.
Ele gemeu forte,
Sentindo-se um garanhão,
Depois desceu da banheira,
A enrolou na toalha,
Com ela ainda abrigada
Ao seu corpo,
A soltou sobre a cama,
E continuou por mais tempo.
Ao fim,
Ela adormeceu,
Ele lhe deu um beijo
E ligou para vovô.
- vovô, obrigado!
Ele disse,
Com todo o ímpeto
De coragem que encontrou.
- ela é boa, Dudu.
Eu amo ela,
E amo ver ela feliz,
Amo você, também,
Por isso escolhi tão bem.
Ele disse, sorrindo.
- fique com o quarto,
Eu pego o do lado
Que tem porta interna
Para este.
Eu trouxe a Bianca
E ela está sozinha.
O vovô falou,
O coração de Duduca acelerou.
- agora preciso atender os convidados.
Ele encerrou.
- tá bom, vovô.
Samanta está dormindo
E está bem.
Então, desligou o telefone,
Vestiu-se
E foi até os convidados.
Lá encontrou sua noiva,
Julia.
A abraçou,
Mas não quis beija-la em público.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caso: Assassinato da Balconista

Aos vinte e cinco anos Não se espera a chuva fria De julho Quando se sai para o trabalho, Na calada da noite, Até altas mad...