segunda-feira, 12 de maio de 2025

Nosso Bebê

O bebê chora no berço,
Eu tento amamentar,
Ele não sente fome,
Sente saudades do pai,
Papai está trabalhando
Para nos trazer comida
E conforto,
Eu digo a ele.
O bebê sorri,
Parece que vê a imagem dele
Em meus rosto,
A simples menção do pai
O deixa seguro.
O pai chega beija sua testa,
O retira dos meus braços,
Canta uma canção de ninar,
E o bebê dorme tão bem,
Como se fosse a mais feliz
Das criaturas.
Então, o papai vai ao trabalho,
Ele se afasta,
O bebê chora,
Eu sinto medo
De ver a criança chorar tanto,
Eu chamo papai,
Ele não volta,
E então, não me atende,
Oh, que há com o bebê?
Então, papai retorna,
Se demora mas volta,
O meu amigo atende a porta,
Ele faz cara de pouco caso,
Beija a criança,
Canta para ela no berço,
Eu me sinto segura,
O bebê está bem,
Eu digo amigo vai embora,
Meu amigo vai.
Mas, papai se irrita,
Ele me joga contra a janela
O vidro parte-se,
Me fratura o rosto,
Por quê papai eu quero dizer?
Ele olha na direção do bebê,
Grita com ele,
Isto me fere,
Ele pega seu terno
Abre a porta
E retorna ao trabalho,
Eu digo por quê papai,
Ele diz eu pago as contas,
Eu desligo o telefone
Acho que ele não se importa,
É assim quê é,
Mas, eu vejo no sorriso do bebê
Não deveria ser,
Ele me estende suas mãos
Tão pequeninas
O que houve com papai
Parece me dizer...

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