quinta-feira, 15 de maio de 2025

Dívidas as Cartas

Ele foi a porta, baby,
Sem mais nem menos
Disse adeus,
Foi a gota d’água,
Nem a chuva que derramava
Foi capaz de impedi-lo.
Maldito,
Recebeu o salário do trabalho
Hoje,
Eu já sei a data,
As dívidas chegaram
Em cartas e aos montes,
Ele se irritou,
Não soube o que fazer
Foi para o bar beber.
Se isto é vida, Deus?
Me apaixonar
Para perder meu amor
Para as dívidas
E a maldita bebida?!
Me sinto fracassada, Deus,
Me envie um milagre
Algo em que eu possa acreditar,
Me agarrar,
Me amparar,
Eu preciso de um milagre
Só um milagre é capaz
De remove-lo daquele
Maldito bar.
Eu busco Trabalho, Senhor,
Eu juro,
Eu tento,
Mas sou uma incapaz,
Eu não consigo nada,
O salário que pagam é tão ameno,
Nós gastamos muito,
Estamos na corda bamba,
Estamos a vontade da bebida,
Deus, salva-nos,
Eu preciso de um milagre,
Só um milagre é capaz
De tirá-lo de lá.
Eu sei,
Ele precisa aliviar a pressão,
Sentir-se calmo,
Deixar de saturar-se,
Mas, Deus, estás malditas cartas
Irão nos afogar na bebida,
Por Deus,
Estou a ponto de deixar
Este pano de prato de lado,
Abandonar a louça suja
Sobre a pia,
E me entregar a uma cerveja,
Uma vodca e aos poucos
Eu aprofundo,
Que droga, Senhor,
Também sou capaz de beber muito,
Isto é tão simples,
Então, por quê ele é tão fraco,
Estou a esmorecer.
Já sei,
Vou deixar pronto o café,
Talvez, logo ele retorne,
Ou então, não.

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