quinta-feira, 15 de maio de 2025

Não me Deixa?

Ela desceu do carro,
Elegante e sexy
Em seu vestido vermelho,
De costas abertas,
Liso e solto até os pés,
Calçava sandálias vermelhas
De salto agulha.
Chegou ao bar
Onde marcou com a amiga
De encontrarem-se para beber algo
E jogar conversa fora.
No entanto,
Não havia ninguém lá
Que ela reconhecesse,
Contudo, havia um recado
Para que bebesse alguns drinks
Que estavam pagos,
Pois alguém já viria ao seu encontro.
Certa de que se tratava de sua amiga,
Ela bebeu,
Não teve medo de sentar-se
Para olhar a avenida
Através da parede de vidro.
O tempo passou,
Pessoas entraram
E saíram lá de dentro,
Contudo, sua amiga
Não apareceu.
Neste período,
Um rapaz vestido de camisa rosa,
E calça caqui
Surgiu na mesa,
Olhando sério para ela,
Parecia preocupado
E um tanto interessado:
- Olá? Posso lhe fazer companhia?
Ele indagou.
Num sobressalto
Ela respondeu que não.
- desculpa, estou aguardando alguém.
Ele sorriu e se retirou.
Do lado oposto
Um rapaz lhe dedicava
Maior atenção,
Olhando para ela
Hora com admiração,
Hora com carinho.
Ela cansou-se de esperar,
Juntou a bolsa,
E saiu,
A conta estava paga.
Três dias após isto,
Ela recebeu um buquê
De flores vermelhas
No trabalho
Com um perfume
De presente
E um ingresso
Para uma casa de shows
Com o bar liberado.
Não tinha assinatura,
Ela guardou o ingresso consigo,
Pegou as flores pôs
Num vaso sobre a sua mesa
De trabalho,
Usou o perfume
No mesmo instante e aprovou.
Dois dias depois
De ganhar a cortesia
Para a casa de shows,
Ela conversou com suas amigas
E decidiu ir a festa.
Usou vestido curtinho
Na cor preta,
Sandálias amarelas
De salto fino e comprido,
Não arrependeu-se em nada.
A balada foi agitada,
Suas seis amigas
Dançaram muito,
Ela também,
Com direito a vídeo
Na rede social,
E dancinha com amigos
Garotos,
E daí se não conhecia nenhum?!
Bebeu em demasia,
Perdeu as chaves do carro,
Foi obrigada
A voltar de carona
Com um garoto estranho,
Em frente a sua casa,
Rindo feito doida,
Puxou ele pela nuca
E lhe entregou um beijo.
Depois, abriu a porta
Do carro
E saiu às pressas,
Nem olhou para trás,
Só faltou correr.
Sentiu no último degrau
Da escada,
Olhando o carro partir,
E ficou trêmula
E insegura.
Beijou um rapaz
Depois de ter aceito
Seu chefe em namoro.
Olhou a hora no relógio,
Era tarde,
Ele não ligou,
Não tentou encontra-la,
Ou estava tudo bem,
Ou acabou sem nem
Ter valia.
Na segunda,
Portando dois cafés
Em suas mãos,
Ela colidiu na entrada
Do elevador com um rapaz.
- desculpa.
Disse tímida.
- eu que peço desculpas.
Respondeu,
Oferecendo a mão
Em cumprimento.
-Sou Casimiro.
Eu trabalho no quinto andar.
Ela sorriu para ele.
No impulso,
Ao andar o elevador
Ele comprimiu
O corpo de Rebeca
Contra a parede,
Roçando seu corpo
Sensualmente no dela.
Então, beijaram-se intensamente.
Depois apertaram o botão
De parar,
Estagnaram e transaram
Ali mesmo.
Suada, uma hora mais tarde,
Ela saiu do elevador,
Chegou a sala do chefe,
Tomou seu primeiro café,
No segundo foi até sua sala.
Se encostou na porta
Do lado de dentro,
Retirou o vestido branco
Comprido,
Foi até ele,
Empurrou sua cadeira
Para trás
E sentou-se em seu colo.
- vamos fazer gostoso,
Está é nossa última vez,
Eu beijei um rapaz na balada,
E transei com outro no elevador...
Ela disse,
A Adenilson entre beijos
E abraços apertados.
- está certo.
Eu iria lhe pedir em noivado,
Estava com as passagens pagas
Para irmos conhecer meus pais.
Ele disse sôfrego,
Como se tropeçasse
Nas palavras.
- então, vamos caprichar mais.
Transaram até o final da manhã.
A secretária entrou
Sem bater e viu os dois juntos,
Rebeca começou a chorar,
E o beijou ainda mais intensa.
- poxa, eu o amo.
Morro de ciúmes de você.
Terei de ir embora.
Ela disse soluçando.
Depois que a moça se foi,
Ao terminar de falar,
O empurrou para trás
E saiu.
Ao virar as costas
Ele a puxou para si,
Pondo ela de costas
Para ele sobre a mesa,
Continuaram a transar.
- eu a amo.
Não irei te perder.
Respondeu
Segurando suas costelas,
Beijando suas costas.
Embriagado de desejo.
- não me deixa, Adilson.
Ela pediu.
- não irei deixá-la.
Respondeu.

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