sábado, 24 de maio de 2025

Dia 01 de Tutancâmon

Antes do invento
Do primeiro número
Não se contavam os anos,
Nem mesmo os dias,
Menos ainda as horas.
Trabalhoso para construir
Uma linda esfinge,
E deixar num patamar
Mais alto a sua primeira pirâmide,
Tutancâmon contou as areias,
Vendo nisto os números,
Passou a contar os dias.
E isto aconteceu
No dia 01 da humanidade:
Da esfinge,
Tutancâmon fez uma escada
Derrubando uma tamareira
Até a pirâmide,
Isto não lhe soou tão distante.
Chamou a isto metragem,
Após, de cima da pirâmide,
Seu olhar viu tão distante
Que definiu quilometragem...
Contudo, fez frio
Naquelas areias de tamareiras,
Ele não se acomodou,
Pois no contar dos dias
Somam-se a eles as semanas,
Todavia,
Não se junta a isto
A preguiça,
Não pra ele.
Fez-se o correr das horas,
Ele cortou algumas tamareiras,
Usando fios de ouro
Encostados no tronco
E puxando de um lado
Ao outro até derrubar,
Plantou outras.
Usou um diamante de fio
Para despedaçar a tamareira,
Pôs toda a lenha
Em seus braços,
E levou até o alto
Da pirâmide.
Não se fez de rogado,
Lá em cima,
Usou uma pedra turmalina
E alguns diamantes
E criou o fogo.
O alto da pirâmide ardeu
Em amarelo,
A chama cresceu até tocar
Os céus,
Feliz por sua criatividade
Tutancâmon foi até às tamareiras
E trouxe troncos
Cada vez mais grandes e grossos.
O fogo crepitou intenso,
E num brasido imenso
Um tronco de tamareira
Ardendo no fogo,
Já avermelhado,
Quase apenas brasa,
Se soltou daquele alto
E voou pelos céus.
Indo parar tão distante,
Tão distante,
Com fogo intenso
Que nunca apagou-se,
Lá do céu ele fez o calor,
Fez também a luz do dia,
Veio a chamar-se
Este tronco no céu: o sol.
Contudo, religiosos estudiosos
Do mundo celeste
Dizem que o sol é apenas
O brasido,
O tronco em si
Queimou antes de pegar amplitude.

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