segunda-feira, 19 de maio de 2025

Sim, Esposa e Dona

Chego na empresa
Do meu esposo
E todos viram para me olhar,
Começam a baixar
Seus rostos e comentar.
As vezes,
Sinto curiosidade,
Gostaria de saber
O que produz tanto assunto?
Meu cabelo,
Meu rosto,
Como eu me visto?
O pior de tudo isto,
É que sempre acham
Que são melhores que eu,
Se martirizam,
Se comparam entre si,
E imaginam que iriam seduzi-lo.
Tento buscar seus motivos,
Me irrita está maneira de agirem,
Não podem exercer
Seus trabalhos,
Desempenhar um bom serviço,
Se imaginar recebendo
Seus salários?
Não,
Não podem.
Sempre acreditam
Que precisam
Se tornar suas amantes,
Que possuem algum
Dom supremo,
Que irá conquista-lo
De qualquer forma que seja.
Eu nunca entendo isto,
Ele entende menos,
É um preenchimento de papel
Desnecessário,
Entram,
Parecem eficientes,
Então, me vêem,
E acreditam que irão transar
Com ele.
Por uma vez
Que seja,
Ou para sempre.
Uau,
Ele perdeu a calma,
Ele nunca me traiu,
É o querer dele,
Mas, isto vai além
Do desrespeito por ele
E por eu,
É um absurdo de pensamento.
Neste conceito,
São milhares na fila do desemprego,
E se imaginam que iremos
Nos importar?
Saibam, de antemão
Que não.
Quando irão procurar
Um trabalho,
Por quê não pensam
Em exercer o cargo
Com bom desempenho,
Ser igualitários
Em seus tratamentos.
Nunca foi necessário
Se referir a eu como “a dona”,
Mas ter respeito
E querer trabalhar
É imperativo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caso: Assassinato da Balconista

Aos vinte e cinco anos Não se espera a chuva fria De julho Quando se sai para o trabalho, Na calada da noite, Até altas mad...