Por fim, parou em frente a porta,
Quase no final do corredor,
E parou,
Encarou a porta ainda fechada,
Pensou em bater para abrir,
Mas ao invés disso,
Pegou a maçaneta e abriu,
Com um gesto frágil e decidido
Se colocou na sala
Sem avisar.
Parou de frente a ele,
Que estava em pé,
Não sabia se a esperava
Ou se desejava que estivesse ali,
O encarou decidida e firme,
Olhos cravados em seu rosto,
A barba desfeita e desleixada,
Num contraste perfeito
Com cada detalhe do seu rosto
Másculo, forte e seguro.
-Sr., vou pedir uma única vez
e como sabe,
Eu não gosto de ser repetitiva.
Seu coração ficou aos saltos,
A camisa branca colocou ao corpo,
Suada e fria,
Deixando em evidência o sutiã branco,
E o arfar de seu peito nervoso,
E ansioso pelo toque dele,
Seus olhos correram para sua mão,
Os dedos longos, grossos e bonitos,
Pelos escurecidos sobre eles,
Músculos salientes
E unhas roseadas e bonitas.
Só ela sabia o quão intenso
E difícil era manter-se distante.
-o senhor irá passar o dia todo fugindo?
Digo isso, porquê há um sol lindo
Lá fora,
E eu gostaria de passear a cavalo,
Contudo, o estábulo está trancado,
E sei que as chaves lhe pertencem.
Ele pareceu estremecer
Diante da altivez do convite,
Parecia a ele
Que era mais simples
Quando suas mulheres
Simplesmente,
Tiravam suas roupas
E ficavam desnudas para ele,
Porém, com está era tudo inesperado,
Com um sabor de desejo,
Conquista e dificuldades.
Ele tinha mais do que
Uma boa ideia sobre passeios a cavalo,
Aonde poderia levar,
Ou seja,
A árvore mais próxima,
O enroscar no cabelo,
Desmanchar o penteado
E ódio e horrores,
Porém, não isto não servia
Para ela,
Para seu feitio, roupa ou modos.
-e o que você fará
Quando se deparar com a primeira árvore?
Irá empacar e imitar o cavalo?
O olhar penetrante dela
Parecia desnuda-lo,
Era como se removesse cada peça,
E o tocasse de forma íntima,
Próxima e sedutora.
-Infelizmente,
Faz parte de mim ser
Um tanto quanto selvagem,
Quando se refere a sua companhia,
Não lhe garanto que não iria fugir,
Lhe dar uns coices,
Ou lhe enroscar com o rabo.
A sala foi preenchida por risos,
No mesmo instante
Ele a encarou profundo
E sedutor,
Parecia realmente interessado nela,
Abriu a escrivaninha
Retirou as chaves e reteve para si.
Depois abriu o zíper da calça
E a colocou dentro da cueca.
-Então, você usa as mãos ou outra coisa?
Ela correu até ele,
Atrevida, desolada e destrutiva,
Lhe desferiu um tapa no rosto,
Abriu o zíper
Retirou as chaves,
Que estavam bamboleando
Sobre seu pênis atrevido,
Então, o empurrou para trás.
-Idiota.
Disse ao se virar para sair.